google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Andar com pessoas como o BS, o AK, o MAO e outros colunistas do AE é muito bom. Mas também aumenta muito minha responsabilidade. Estar entre eles nos eleva, nos faz querer fazer as coisas de um jeito melhor, principalmente com relação aos posts. Ultimamente, a rotina mais agitada que o normal tem me impedido de fazer algo mais elaborado ou que eu julgue à altura do que essa responsabilidade pede.

Mas hoje, ao ver algumas fotos minhas, o MAO me estimulou a fazer esse post. Confesso que até agora não tenho nenhuma ideia de como ele será feito. Então, como eu mesmo já disse várias vezes para outros colunistas, sentei aqui na frente do teclado e estou começando.

Sábado passado a VW comemorou os 30 anos do Gol num grande evento lá no Sambódromo de São Paulo. Peguei minha Nikon e fui lá simplesmente para refrescar a cabeça fazendo fotos casuais e sem nenhum compromisso. Nem com esse post.

Queria simplesmente distrair a cabeça de outros pensamentos. Certa vez li algo sobre um grande fotógrafos, Henri Cartier Bresson, que me marcou muito. Ele disse: “minha paixão nunca foi a fotografia em si”. E descreveu essa paixão como “a possibilidade de esquecer de si mesmo capturando a emoção de um objeto e a beleza de sua forma numa fração de segundo”.

Então fui sozinho, sem horário, sem compromissos, sem expectativas... não é sempre que conseguimos isso.
Mas essa introdução foi apenas um exercício inspirado pela introdução de um post feito pelo MAO, Quando os mamutes andavam sobre a terra.

Bem, agora vamos ao Gol. Não vou ficar aqui descrevendo o evento em detalhes, muito menos falar sobre a história do Gol e sua evolução. Acho que o Gol ganhou um status muito maior que isso e falar de sua história seria uma chata repetição.

Primeiro pensamento: Gol 30 anos, eu vi o primeiro Gol, logo tenho mais que 30 anos, 40, então já tenho histórias pra contar.

Segundo pensamento: o Gol teve alguma importância na minha vida, boas passagens por ela, e ajudou a formar uma parcela do meu entusiasmo.

Com esses dois pensamentos já dá pra começar.

Aprendi a dirigir em um Chevette 81, com 11 anos de idade. Até os meus 16 anos meu pai era só GM. Primeiro Opalas, depois Chevettes para minha mãe e em 1986 um Monza. Esse Monza foi o primeiro carro que um pai “liberou”. Mas não era meu. Mais tarde com o falecimento de meu avô, passei a usar um Fusca 1500 1971. Foi um período maravilhoso. Eu nunca tive o menor problema em andar com ele, e inclusive comecei a namorar minha mulher nessa fase.

Junto com o Monza tivemos uma Parati 84, preta, que nas férias na praia eu podia usar. Sucesso total com as garotas! Quando por aí a VW lançou o Gol GT, com aqueles faróis de longo alcance e neblina, as rodas em estrela, cromadas e pintadas, os bancos Recaro, a suspensão mais firme, e aquele escapamento com duas saídas que fazia um som bem encorpado, eu achei que aquele seria o meu carro. Até hoje tenho uma grande paixão por pocket rockets. Acredito que o GT tenha contribuído muito para a solidificação do meu autoentusiasmo.

Nessa época meu pai mudou de emprego e tinha um carro bacana da firma. Um Passat GTS Pointer, branco. Nem posso contar tudo que fiz com o Passatinho. Mas foi com ele que descobri o real prazer de dirigir. Até que em 92 meu paizão me deu um carro.

Ele disse:
- Esse aí é seu. Cuide bem dele que é o primeiro e único que vou te dar.

E então ganhei um Gol GL 1.8 1991! Nessa época eu estava bem comportado, querendo me formar logo e juntar dinheiro para casar, enquanto alguns colegas trocavam o comando e equipavam seus Gols com rodas e pneus maiores. Usava o Gol para ir para a faculdade e viajar nos finais de semana. Aprendi boas lições de direção após algumas batidas leves. Em 94, depois do carro ter sido roubado e recuperado, vendi o Gol para comprar um apartamento. Perdi uma grande chance de fazer muitas experiências mecânicas com esse carro.

Depois disso nunca mais tive um VW. Mas a percepção de que o Gol é um carro durável e robusto, confiável e de manutenção extremamente fácil e barata, e de fácil revenda, sempre me acompanhou. Mas junto com essa percepção também vem a ideia de preço mais alto que os concorrentes, seguro caro e grande possibilidade de roubo ou assalto. Por esses motivos e por facilidades em adquirir carros de outras marcas o Gol não voltou a habitar minha garagem.

Agora alguns breves comentários gerais sobre minhas impressões sobre o Gol G5.

Sem dúvida a evolução dessa nova plataforma, com motor transversal, é mais do que bem-vinda e muito tardia. Mas entendo o dilema da VW em fazer uma grande alteração como essa no modelo mais vendido do país. Enquanto o povo compra, ou nenhum concorrente faz algo muito melhor, qual o argumento para mexer? De qualquer modo, para mim, esse Gol G5 na verdade é um G2.

O G5 para mim é o carro mais bonito entre os concorrentes. Tem uma esportividade natural dos hatches ressaltada pela frente mais em cunha e faróis afilados. Nada de mega-faróis como os do Agile ou desse novo Fiesta que está para sair. E justamente essa esportividade clama para que a VW lance um GTi! Bem que poderíamos fazer um abaixo-assinado para isso.

Mas acho que a VW perdeu a chance de fazer um carro um pouco maior, para atender a família moderna. O espaço interno do Gol continua crítico. Algo mais na direção do Sandero seria bem interessante.

Como já estiquei demais, vamos às fotos. Selecionei algumas onde realmente consegui esquecer de mim, e outras mais ilustrativas.

O primeiro pocket rocket (foguete de bolso) nacional e que com certeza despertou o autoentusiasmo em muitos garotos.

O G1 a ar, primeiro Gol placa preta do país, e seu tataraneto G5, um pouco tímido.


O Gol Vintage - com 30 anos já pode ser considerado antigo - feito pelo departamento de design da VW para comemorar o aniversário. Ficou muito bonito.


Carro do povo; do povão! Não acho demérito e sim que a VW sabe o que faz.


Criando autoentusiastinhas. Esses garotos nunca esquecerão do Gol!


Vermelho. Combina com esportividade. Combina com o Gol.

Pão e circo: é disso que o povo gosta. Os entusiastas querem algo mais...

Deficientes?

Vários GTS 1.8 e um GTi 2000 no canto direito. Nunca entendi esse GTS. Ser mais barato por ser 1.8?


Testando o ABS com uma das poucas unidades que devem sair da fábrica com esse equipamento. Afinal uma tunadinha é mais importante!


Tanta gente para ver um "simples" Gol 1.6. Sinal de sucesso!


Parabéns ao Gol por esse aniversário especial!

Tem mais algumas fotos disponíveis no álbum VW GOL 30 ANOS.

PK
A eletrônica é algo amedrontador para uma boa parte das pessoas, principalmente quando o assunto é automóvel. Não podemos imaginar que os problemas que temos hoje nos carros seriam menores se tivéssemos continuado a desenvolver os carburadores ou os distribuidores. Não seriam.

A eletrônica, principalmente pela gradual eliminação de partes móveis, trouxe uma maior confiabilidade a carros de todo nível de preço. O que acontece então, que continuamos a ver carros parados nas ruas e estradas? 

Toda pessoa com alguma noção sobre máquinas sabe a resposta: manutenção, é claro. A falta dela, para ser preciso. Ou, mais ainda,: falta de manutenção de boa qualidade.O maior problema da eletrônica não é ela existir. É ela proporcionar um funcionamento tão regular e constante que os donos ou os responsáveis pela manutenção simplesmente se esquecem que é necessário verificar a fundo se algo está errado.
Começou a temporada 2010 da PickUp Racing da Stock-Car, agora chamada Copa Chevrolet Montana, e junto com ela, uma nova parceria para nós do AUTOentusiastas.
Os carros são basicamente os mesmos do ano passado, uma vez que uniram a antiga Stock Light (Copa Vicar) com a PickUp Racing, que são um chassi tubular de aço, carroceria de fibra tipo silhouette da Montana, motor Chevy SBC 350 pol³ e câmbio sequencial Saenz (5 marchas) dos antigos Light-Vicar. Como sabemos, de "stock" estes carros não têm nada, assim como a Nascar (National Association for Stock Car Auto Racing) americana, que usa o nome apenas por tradição.
Com o patrocínio da General Motors, a carroceria da Montana foi a escolhida para substituir a S10 do ano passado e, devo dizer, ficou bem simpática.
Neste ano, o AUTOentusiastas vai acompanhar de perto um dos pilotos da categoria, o vice-campeão do ano passado, Thiago Riberi, representante paulista pela equipe J Star Racing. Ao longo da temporada, teremos a oportunidade de mostrar diversos pontos interessantes da categoria, desde análise técnica do carro até como é a rotina da equipe em um fim de semana de corrida.
A primeira etapa, realizada em Curitiba no dia 11, começou com um grid cheio. No total, 34 carros largaram, e Júlio Campos (atual campeão) venceu a prova. Nelsinho Piquet, convidado da organização da prova, correu e terminou em segundo.
Desde os treinos, Thiago Riberi teve problemas mecânicos no carro, o que o fez largar no final do grid. Na corrida, mais dificuldades e após um acidente, foi forçado a abandonar quando estava na 16ª posição.
Calendário 2010
11 de abril - Curitiba
02 de maio - Porto Alegre (Velopark)
23 de maio - Rio de Janeiro
06 de junho - Ribeirão Preto (circuito de rua)
05 de setembro - São Paulo
19 de setembro - Campo Grande
24 de outubro - Santa Cruz do Sul
21 de novembro - Brasília
05 de dezembro - Curitiba
A Copa Montana tem transmissão ao vivo pela Rede TV!, Speed Channel e cobertura também pelo site RaceTV.
MB
Ontem à tarde, trafegando pelo bairro Paraíso, em Santo André, SP, me deparei com quatro carcaças largadas na rua, provavelmente próximas de uma oficina mecânica ou alguma coisa do gênero.
Acompanhado de um não entusiasta, perguntei a ele o que ele achava daqueles escombros que (provavelmente) estiveram rodando por aí. A resposta foi a esperada: "Levaria para casa os dois Mavericks, mas não gosto de Corcel, ainda mais nessas cores..."
Mal sabia o não entusiasta que ao lado dos dois carros compactos americanos estava o primeiro projeto de um carro 100% nacional: o IBAP Democrata.

Empreendimento de Nélson Fernandes, a IBAP (Indústria Brasileira de Automóveis Presidente) foi instalada em São Bernardo do Campo em meados dos anos 1960, entre a Via Anchieta e a Estrada Velha de Santos. É difícil acreditar que onde hoje só há mato existiu um dia uma fábrica de aproximadamente 300.000 m² de área construída.
Vi o Democrata ao vivo (e inteiro) há cerca de 8 anos, quando fui a uma exposição de veículos antigos em São Bernardo do Campo, cidade que se diz a "capital do automóvel", mas que pouco faz de concreto para merecer tal título. O carro provavelmente pertencia aos irmãos Finardi, proprietários da tradicional oficina homônima da cidade.
Poucos anos depois visitei os Finardi e vi um monte de carcaças de Democratas empilhadas nos fundos da oficina. Perguntei ao José Carlos Finardi o que ele faria com aquilo e ele disse com aquele riso bonachão característico: "Sei lá o que vou fazer com elas. Por enquanto vão ficar aí".
 Talvez alguns desses Democratas tenham ido parar em Santo André, outros tenham ido parar sabe-se lá onde. O engraçado foi encontrar essas carcaças uma semana depois do assunto ter sido amplamente discutido pelo grupo.
Muito se falou da Tucker, IBAP e Gurgel, da pressão que os grandes fabricantes supostamente fizeram para liquidar com estas iniciativas etc. Mas infelizmente pouco ou nada poderemos falar sobre o Democrata, o produto final.
Até onde sei, pouquíssimos tiveram a oportunidade de guiar o automóvel. José Luiz Vieira e Roberto Nasser estariam entre esses felizardos e parece que, para a época, estavam diante de um bom produto, de desempenho notável e comportamento dinâmico agradável.
FB