google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Como já disse esta semana no post sobre o CTS-V Sport Wagon, design bonito ou feio é relativo e vai do gosto de cada pessoa. Mas independentemente de ser bonito ou feio, geralmente é senso comum ser interessante e arrojado.

Quem diria, vendo este Kia Sephia dos anos 90 aí em cima, que hoje a marca coreana poderia apresentar carros tão interessantes quanto o novo Optima, apresentado em Nova York recentemente. Palmas para Peter Schreyer, o responsável pelo desenho.

Kia Optima
Não somente a Kia, mas a Hyundai andou mexendo seus pauzinhos para criar carros arrojados e que não deixam nada a desejar frente aos modelos europeus, sempre tidos como os mais elaborados em termos de design. Mostrando ao mundo o novo Sonata, nas versões Turbo e Híbrido, com toques de design diferenciados entre eles. As linhas são muito interessantes, não há como não concordar que bem trabalhado o carro foi.

Hyundai Sonata
A questão é que de alguns anos para agora os coreanos investiram muito neste aspecto, pois um dos principais argumentos de venda hoje é o design do carro. Pouca gente "fora da curva" vai entrar na loja para comprar um carro feio. E os coreanos agora viram isso, e entraram forte no meio dos designs arrojados.

Hyundai Sonata
Sem entrar em méritos de qualidade dos carros ou de valor de venda, apenas vendo a estética, podemos dizer que os coreanos demoraram um pouco para entrar nas tendências, mas quando entraram foi para valer. E o resultados são estes belos carros.

É, amigos, a concorrência faz milagres. Se os fabricantes não seguirem as tendências dos líderes de mercado, serão colocados para escanteio e desaparecerão. É a necessidade de atualizações e constante aprimoramento, e nisso os orientais não são bobos.














fotos: GM Media e particular.
O Heritage Center da General Motors, localizado em Sterling Heights, próximo a Detroit, é algo de espetacular, porém inacessível para a maioria dos entusiastas das marcas da GM.
Foi inaugurado em junho de 2004, mostrando não apenas carros, mas também o que os americanos chamam muito apropriadamente de memorabilia, que entende-se como tudo que lembra o assunto em questão.
Temos alguns amigos que visitaram a coleção restrita a funcionários GM, escolares, pesquisadores e convidados.
Infelizmente, ainda não há notícias de tornar essa coleção de acesso público, o que, sem dúvida, reforçaria a imagem da empresa e lhe permitiria ganhar algum dinheiro.
Após a crise de setembro de 2008, que atingiu a GM na pior fase possível de sua história, o Heritage Center continuou sendo mantido, mas cerca de 300 veículos foram leiloados em janeiro e abril de 2009, arrecadando cerca de US$ 5 milhões. Não eram todos raridades de valor inestimável, como os conceitos únicos e históricos Firebird I, II e III, por exemplo, mas apenas carros já existentes nas mãos de colecionadores particulares e alguns conceitos "leves", como séries especiais, que entraram em produção ou foram apenas propostas.
Mesmo assim, foi triste constatar que uma empresa desta importância pode tomar a decisão de se desfazer de carros que contam parte de sua história, apenas para incrementar o caixa.
Voltando à melhor parte do assunto, um lugar como esse é um sonho tornado realidade, para usar um bordão tipicamente americano, muito bem empregado, pois não vejo outra forma de descrever um ajuntamento de carros como estes.
As palavras da maior patente do Design da GM, o vice-presidente Ed Welburn, quando da inauguração, explicam de forma simples o que esse acervo representa.
Great ideas are timeless, and that is nowhere more apparent than at the General Motors Heritage Center. The remarkable vehicles and artifacts showcased there provide vivid reminders of a passion for creativity and design that mirror the Corporation's strength. As GM prepares for its Centennial in 2008, these milestones serve as the inspiration for future accomplishments."
Ed Welburn, GM Vice President, Global Design.
Traduzindo:
"Grandes idéias são atemporais, e em nenhum outro lugar isso é mais aparente do que no Heritage Center da General Motors. Os importantes veículos e artefatos mostrados aqui proporcionam um lembrete vivo da paixão pela criatividade e desenho que espelham a força da corporação. Com a GM se preparando para o centenário em 2008, esses marcos servem como inspiração para futuras realizações."
Um acervo que não é de brincadeira. Dos cerca de 1.000 carros de antes da crise, baixou-se para 700, podendo ser expostos dentro do grande galpão mais ou menos 175 por vez. Deste total, 350 são considerados fundamentais para entender a evolução da General Motors.
Os leilões, comandados pela festejada empresa Barrett-Jackson, venderam modelos interessantes da GM. Segundo o diretor do Heritage Center na época, muitos deles eram exemplares em duplicata dentro da coleção, como um Corvette 1978 Pace Car de Indianápolis e um Pontiac GTO 1967, utilizado no filme "XXX." (Triple X).
Para muita gente, como nós, é muito mais importante e agradável possuir uma parte da história da GM ou de qualquer outra marca importante, do que um belo quadro na parede, ou uma escultura. Por isso esses leilões foram muito concorridos, mesmo sendo de conhecimento público que muitos carros não poderiam ser dirigidos nas ruas, já que por serem conceituais, não possuem nem ao menos registro do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. Mesmo assim, nada impede de serem usados dentro de propriedades privadas, ou levados a exposições em carretas.
Isso gerou uma certa confusão com o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), o órgão que zela pela segurança de tráfego nos Estados Unidos, que não queria liberar vários modelos para a venda, pois não haviam documentos de registro oficiais. Após alguns dias de diálogo, tudo foi explicado, e as condições de não-circulação em vias públicas de carros sem homologação governamental foram aplicadas aos carros conceituais. Sem decisões autoritárias. Prova que os americanos são extremamente evoluídos no que se refere a preservação da sua história, e com a sapiência de colocar os automóveis dentro dessa ótica.
Com a recuperação das vendas de veículos novos agora em 2010, esperamos que a GM não se desfaça de mais nenhum item desse acervo maravilhoso, digno de ser visitado por todo entusiasta dos automóveis ou da história americana.
Esperamos conseguir passar por lá, com a coleção aberta ao público, em um futuro próximo.
JJ
Em 20 de março passado eu, BS, MAO, JJ e JLV tivemos a grande felicidade de visitar a coleção do Og. O convite e a organização do grupo veio do JLV.
Que Og? - alguém me perguntou.
Tem outro? - respondi.
Og Pozzoli!
Bom, como dá pra perceber, o Og é uma figura carimbada no meio dos automóveis antigos. Na verdade ele é um dos pioneiros em colecionar carros antigos no país e um dos fundadores dos primeiros clubes de antigos, em 1968. Por isso, no meio, ele é chamado de patriarca do antigomobilismo.
Eu ainda não o conhecia pessoalmente. Tive a grata surpresa de encontrar uma pessoa simples, acessível e prestativa. Ele mesmo nos recebeu no portão de sua propriedade e nos guiou por toda a coleção de mais de 170 carros.
É claro que eu me autoincumbi de fazer as fotos. MAO e JJ guardaram sua câmeras rapidinho! E qual o problema disso? O Og contou a história, curiosidades e passagens importantes dos principais carros. Enquanto ele contava isso, o BS e o JLV ainda acresentavam mais alguns detalhes. O JJ e o MAO só absorvendo tudo como duas esponjas sorridentes. E eu tentando fazer milagre para fotografar praticamente no escuro em alguns ambientes e achar ângulos minimamente interessantes no aperto geral entre os carros. Os carros estão divididos em vários salões. Resultado disso: um post visual. O que de fato não é tão ruim para um feriado.
Fiz uma seleção das melhores fotos dos carros que mais gostei.
Pelo que eu pude ver acho que o carro mais novo da coleção é um Cadillac azul 1959 e o mais antigo um Hupmobile 1925. Talvez exista algum Ford T mais antigo, mas não registrei.
No post do JJ sobre a Motor 3 está a capa da edição número 1 com um Chrysler Imperial 1928, da coleção do Og.
De longe escutei o Og dizer que a Graham Paige foi comprada pela Mitsubishi dando origem aos primeiros carros da marca japonesa.
O Mestre Mahar, vendo as fotos, de todos os carros da coleção disse que levaria pra casa o Buick Sedanette 1941 dourado e preto, "um sonho de veículo" segundo ele. Os 160 hp são produzidos por um motor oito em linha de dois carburadores, em que o de trás só funciona com o pé no fundo. Imaginem a mistura do pobrezinho do cilindro oito normalmente...claro que isso nunca deu certo, mas é Harley Earl em seu melhor momento.
Um dos que mais gostei foi um Lincoln Continental 1938. Sua frente/grade é simplesmente espetacular e muito diferente do que existia na época.
Havia poucos europeus, mas o Mercedes 1939 se destacava no meio do salão entre tantos americanos.
Na próxima vez tenho que agendar duas visitas. Uma de reconhecimento, ou enriquecimento, e a outra só para as fotos.
PK
























O meu amigo RT (dono do Bimmer deste post aqui) deixou comigo e com o JJ uma revista sensacional, cheia de nostalgia para os quarentões como nós, e muito cheiro de naftalina. Trata-se de uma velha revista americana de hot rods, velhinha, sem capa ou contracapa, que conseguimos identificar como sendo publicada em algum ponto de 1982. O RT encontrou ela na casa da mãe, e não resistiu em compartilhá-la conosco.
A revista mostra apenas uma foto de uma página de cada carro, acompanhado de uma modelo. Tudo tem um ar de fim dos anos 70, irresistível aos quarentões, muita coisa cafona e antiga, mas ainda assim deliciosa. As roupas e penteados das modelos, a pintura e as rodas dos carros (2 modelos: ou é raiada, ou é Cragar), tudo é tão específico daquele momento no tempo que nos faz imediatamente voltar à infância, o que sempre é muito bom. O JJ está em processo de escanear tudo, e, portanto, como são mais de 100 páginas, esse é apenas o primeiro dos posts neste tema. Pouca coisa que falar aqui, a festa é quase somente visual.
Primeiro, um carro ainda interessante hoje. O Dodge amarelo abaixo se chama "Dart Game" (jogo de dardos), e além de ser belíssimo, tem um motor interessante: um V-8 340 (small block Mopar, como nosso 318/5,2 litros) com dois turbocompressores! Somente nos últimos 3-4 anos os americanos realmente descobriram o turbocompressor, e o adotaram em larga escala em vez do compressor que tanto adoram. Em 1982, dois turbos era uma coisa rara de verdade.
Este Camaro 1967 com o V-8 de bloco grande Chevrolet de 427 pol³ (7 litros) chama a atenção de várias formas diferentes, da incrível pintura verde profundo ao interior felpudo de veludo verde com volante tulipa com furos nos aros. Mas anos 70 impossível...
Este Opel Manta, coitado, teve que engolir um Chevrolet V-8 de Corvette com um gigantesco blower (compressor tipo Roots de acionamento mecânico) vindo de um caminhão GMC Diesel 2-tempos. Mas confesso que coloquei esta foto porque adorei a garota...
Os dois Chevrolet 1955 abaixo são exemplos clássicos do melhor hot rod americano em minha opinião: o Chevrolet tri-five (55, 56 e 57) levemente modificado. Algo que nunca sai de moda. Minha admiração por isso aí embaixo é imensurável.
Agora para rir um pouco. VANS. Para quem não sabe, os anos 70 foram a década das vans modificadas nos EUA, e aqui vão três exemplos desta cafoníssima moda. Interiores que são uma explosão de veludo, fones de ouvido enormes plugados na TV com videocassete, cadeiras de capitão giratórias, murais psicodélicos do lado de fora, embalos de sábado à noite, e muito cheiro de erva ilegal. Ah, os anos 70...
MAO