google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Em 20 de março passado eu, BS, MAO, JJ e JLV tivemos a grande felicidade de visitar a coleção do Og. O convite e a organização do grupo veio do JLV.
Que Og? - alguém me perguntou.
Tem outro? - respondi.
Og Pozzoli!
Bom, como dá pra perceber, o Og é uma figura carimbada no meio dos automóveis antigos. Na verdade ele é um dos pioneiros em colecionar carros antigos no país e um dos fundadores dos primeiros clubes de antigos, em 1968. Por isso, no meio, ele é chamado de patriarca do antigomobilismo.
Eu ainda não o conhecia pessoalmente. Tive a grata surpresa de encontrar uma pessoa simples, acessível e prestativa. Ele mesmo nos recebeu no portão de sua propriedade e nos guiou por toda a coleção de mais de 170 carros.
É claro que eu me autoincumbi de fazer as fotos. MAO e JJ guardaram sua câmeras rapidinho! E qual o problema disso? O Og contou a história, curiosidades e passagens importantes dos principais carros. Enquanto ele contava isso, o BS e o JLV ainda acresentavam mais alguns detalhes. O JJ e o MAO só absorvendo tudo como duas esponjas sorridentes. E eu tentando fazer milagre para fotografar praticamente no escuro em alguns ambientes e achar ângulos minimamente interessantes no aperto geral entre os carros. Os carros estão divididos em vários salões. Resultado disso: um post visual. O que de fato não é tão ruim para um feriado.
Fiz uma seleção das melhores fotos dos carros que mais gostei.
Pelo que eu pude ver acho que o carro mais novo da coleção é um Cadillac azul 1959 e o mais antigo um Hupmobile 1925. Talvez exista algum Ford T mais antigo, mas não registrei.
No post do JJ sobre a Motor 3 está a capa da edição número 1 com um Chrysler Imperial 1928, da coleção do Og.
De longe escutei o Og dizer que a Graham Paige foi comprada pela Mitsubishi dando origem aos primeiros carros da marca japonesa.
O Mestre Mahar, vendo as fotos, de todos os carros da coleção disse que levaria pra casa o Buick Sedanette 1941 dourado e preto, "um sonho de veículo" segundo ele. Os 160 hp são produzidos por um motor oito em linha de dois carburadores, em que o de trás só funciona com o pé no fundo. Imaginem a mistura do pobrezinho do cilindro oito normalmente...claro que isso nunca deu certo, mas é Harley Earl em seu melhor momento.
Um dos que mais gostei foi um Lincoln Continental 1938. Sua frente/grade é simplesmente espetacular e muito diferente do que existia na época.
Havia poucos europeus, mas o Mercedes 1939 se destacava no meio do salão entre tantos americanos.
Na próxima vez tenho que agendar duas visitas. Uma de reconhecimento, ou enriquecimento, e a outra só para as fotos.
PK
























O meu amigo RT (dono do Bimmer deste post aqui) deixou comigo e com o JJ uma revista sensacional, cheia de nostalgia para os quarentões como nós, e muito cheiro de naftalina. Trata-se de uma velha revista americana de hot rods, velhinha, sem capa ou contracapa, que conseguimos identificar como sendo publicada em algum ponto de 1982. O RT encontrou ela na casa da mãe, e não resistiu em compartilhá-la conosco.
A revista mostra apenas uma foto de uma página de cada carro, acompanhado de uma modelo. Tudo tem um ar de fim dos anos 70, irresistível aos quarentões, muita coisa cafona e antiga, mas ainda assim deliciosa. As roupas e penteados das modelos, a pintura e as rodas dos carros (2 modelos: ou é raiada, ou é Cragar), tudo é tão específico daquele momento no tempo que nos faz imediatamente voltar à infância, o que sempre é muito bom. O JJ está em processo de escanear tudo, e, portanto, como são mais de 100 páginas, esse é apenas o primeiro dos posts neste tema. Pouca coisa que falar aqui, a festa é quase somente visual.
Primeiro, um carro ainda interessante hoje. O Dodge amarelo abaixo se chama "Dart Game" (jogo de dardos), e além de ser belíssimo, tem um motor interessante: um V-8 340 (small block Mopar, como nosso 318/5,2 litros) com dois turbocompressores! Somente nos últimos 3-4 anos os americanos realmente descobriram o turbocompressor, e o adotaram em larga escala em vez do compressor que tanto adoram. Em 1982, dois turbos era uma coisa rara de verdade.
Este Camaro 1967 com o V-8 de bloco grande Chevrolet de 427 pol³ (7 litros) chama a atenção de várias formas diferentes, da incrível pintura verde profundo ao interior felpudo de veludo verde com volante tulipa com furos nos aros. Mas anos 70 impossível...
Este Opel Manta, coitado, teve que engolir um Chevrolet V-8 de Corvette com um gigantesco blower (compressor tipo Roots de acionamento mecânico) vindo de um caminhão GMC Diesel 2-tempos. Mas confesso que coloquei esta foto porque adorei a garota...
Os dois Chevrolet 1955 abaixo são exemplos clássicos do melhor hot rod americano em minha opinião: o Chevrolet tri-five (55, 56 e 57) levemente modificado. Algo que nunca sai de moda. Minha admiração por isso aí embaixo é imensurável.
Agora para rir um pouco. VANS. Para quem não sabe, os anos 70 foram a década das vans modificadas nos EUA, e aqui vão três exemplos desta cafoníssima moda. Interiores que são uma explosão de veludo, fones de ouvido enormes plugados na TV com videocassete, cadeiras de capitão giratórias, murais psicodélicos do lado de fora, embalos de sábado à noite, e muito cheiro de erva ilegal. Ah, os anos 70...
MAO





Este ano começará a ser vendido nos EUA e Japão o modelo Leaf da Nissan. Ele é somente elétrico. Puro, nada de híbrido, nada de motor a combustão para ajudar a tracionar ou trabalhar como gerador de energia elétrica. É só bateria e motor elétrico. Simples.
Não sou engenheiro, mas estou tentando entender o que vem por aí, mesmo que muitos queiram ou não queiram, gostem ou não gostem.
Segundo a Nissan:
A bateria de íon de lítio dá autonomia de 160 km. Ela tem a capacidade de armazenar 24 kW.h. Uma tomada 220 V caseira carrega essa bateria do zero a 100% em 4 a 8 horas.
Estações de carga rápida – que serão instaladas nos Estados americanos onde o Leaf primeiramente será vendido – carregarão do zero a 80% em 25 minutos. Os últimos 20% de carga demoram mais, pois a bateria tem mais trabalho para organizar a carga dentro de si (os engenheiros que desculpem esta explicação simplista). Resumindo: quanto mais carregada, mais demora para socar energia lá dentro.
O Leaf terá ar-condicionado, ar-quente, som bom, vidros elétricos, etc – todas as amenidades de conforto atuais.
Sua aceleração será forte, tal qual um carro com motor V-6, e a velocidade máxima será de 145 km/h. Motor elétrico é assim: 100% de torque logo de cara, e torque mais alto que o motor a combustão quando o relacionamos às suas potências máximas.
Ao frear, o motor vira gerador e aproveita essa energia carregando a bateria.
Parado no trânsito ele não gasta nada – o motor está desligado –, a não ser que o ar-condicionado esteja ligado, o som, luzes, faróis etc.
Preço de venda: US$ 25.280, isso porque lá o governo dará um subsídio de U$ 7.500, senão seria de US$ 32.780.
Mais de 80% dos americanos rodam diariamente bem menos que esses 160 km, que é a autonomia do Leaf.
Bom, à primeira vista o Leaf parece viável, ao menos para o uso urbano diário, ir pro trabalho durante a semana etc. Já viajar para longe a coisa complica e dá margem para muitas discussões de soluções de carga rápida e futuras melhorias na tecnologia das baterias, que são muito promissoras. Para uso urbano acho ótimo. Silencioso, econômico, pouquíssima manutenção.
Nos EUA, com a tarifa da energia elétrica de lá, que em média é de R$ 0,19/kW.h (segundo a Nissan), custará R$ 4,50 carregar os 24 kw.h, ou seja, do zero à carga total. Então, lá nos EUA, com R$ 4,50 o sujeito vai rodar 160 km, o que é baratíssimo.
Já aqui, por incrível que pareça, nossa energia elétrica custa mais que o dobro dos EUA. Em São Paulo, por exemplo, ela custa R$ 0,45/kW.h!!! É revoltante, ainda mais quando sabemos que 85% de nossa geração de energia elétrica provém de hidrelétricas, o modo mais barato de produzi-la, quando nos EUA a base é carvão, óleo e nuclear. Mas brasileiro é mais rico ou mais trouxa que americano – um dos dois (segundo eu, um trouxa, porque mais rico que americano sei que não sou). Então pagamos mais que o dobro do que eles pagam.
Então, aqui esses 24 kWh nos custariam R$ 11,00. Com isso o Leaf roda 160 km. Então, comparando-o a um carro a gasolina que faça 11 km/l – o que é bom para um carro médio com todos os confortos, e em uso misto –, o a gasolina precisaria de 14,5 litros a um custo de pelo menos R$ 36,00.
Já um a álcool, hoje, com o álcool “barato”, R$ 1,30/l, ele gastaria ao redor de R$ 25,00.
Bom, aí estão alguns números para serem estudados e discutidos, porque os elétricos estão chegando e darão o que falar.
Como digo entre meus amigos, pra mim, tudo bem andar com carro elétrico neste trânsito estúpido, desde que eu possa acelerar um bom a combustão, alavanca de câmbio na mão, pedal de embreagem, nos fins de semana.
Este é o site oficial do Leaf: www.nissanusa.com/leaf-electric-car/
AK
Como sabem, sou fã de carteirinha de performance wagons. São práticas, rápidas e civilizadas para o uso comum. E agora há uma nova opção vinda das terras do norte da América. Finalmente a Cadillac apresentou o CTS-V Sport Wagon.

Obviamente, por ter a designação V no nome, embaixo do capô não está um diesel econômico e sem graça. Lá encontramos um dos melhores motores de todos os tempos já feitos, o LS9 small block da Chevrolet. Sim, o mesmo do Corvette ZR-1 e do CTS-V sedã.
Assim como o sedã, o LS9 foi restringido a "apenas" 563 cv, aproximadamente 80 cv a menos que a versão usada no ZR-1. A tecnologia do resfriador de ar com circulação de água ajuda a elevar a capacidade de admissão de ar do motor, por meio do compressor de dois rotores de quatro lóbulos, tecnologia desenvolvida para o ZR-1.

A GM anuncia que disponibilizará o carro com a opção de câmbio manual de seis marchas. Os números de desempenho não foram divulgados, mas devem fazer inveja a muito 911. A suspensão recebeu os amortecedores com tecnologia de controle eletrônico, com a ação magneto-reológica, onde um campo magnético interage com o fluido dentro do amortecedor, deixando o amortecedor mais ou menos firme, de acordo com a condição de exigência instantânea.
Logo mais algum desmiolado vai colocar esse carro em Nürburgring, e não acho difícil que seja mais rápido que os concorrentes, assim como o sedã foi, para o espanto de todos que viram uma barca americana cravar tempo nos europeus locais. How cool is that?

O design é claramente Cadillac moderno, com linhas retas e bem vincadas. Como é de cada um o gosto nesta parte, apenas digo que eu gosto e acho bonito. Agradecemos a Bob Lutz por ser um entusiasta maluco e concordar em fabricar esse carro, que vai trazer problemas à concorrência europeia neste mercado, dominado pela BMW e Mercedes-Benz.
MB