




Nesta segunda, 22 de março, a Saab retomou a produção, após sete semanas de recesso, tempo esse utilizado nos procedimentos necessários após a independência da GM.
É um ciclo que se encerra, iniciado em 1990 quando a marca americana, outrora a maior empresa do mundo, colocou seu capital para iniciar o controle da marca sueca.
O chefe da Spyker, nova proprietária da Saab, Victor Muller, está trabalhando de maneira séria para que o negócio não seja um furo n'água. Já declarou que a Saab precisa buscar novos mercados, e foi específico em dizer "Brasil", entre alguns outros países.
Muller participará com o presidente executivo sueco, Jan-Ake Jonsson, da Mille Miglia de 2010, de 5 a 7 de maio, com um modelo 93 (noventa e três) de 1957, um carro tornado clássico principalmente pelas atuações de Erik Carlsson no campeonato mundial de rali.
Muito entusiasmante saber que um executivo de topo consegue enxergar a importância que o cliente Saab dá à história da empresa, e essa participação é um eficiente símbolo desse conhecimento.
Nas fotos vemos o pessoal de produção da planta de Trollhattan, iniciando uma nova fase, como está bem marcado por escrito no carro e na placa. O modelo é o 9-5 (nove-cinco) novo, o carro grande da empresa, fundamental para trazer dinheiro para dentro de casa. A corrida-piloto do 9-5 havia sido iniciada em 2009, sendo interrompida no período dessas semanas da passagem de administração da GM para a Spyker.
Devemos ressaltar que esse carro foi desenvolvido a partir de componentes globais da GM, então, por muito tempo ainda as duas empresas estarão ligadas tecnicamente.
O anúncio da busca de novos mercados é animador, já que temos aqui no Brasil algumas marcas pouco tradicionais, e que vendem bem. Quem sabe uma parte do público com interesse em sair do lugar comum não resolva prestigiar a marca sueca?
Com marketing, rede de assistência técnica e propaganda eficiente e educativa, a Saab poderá aproveitar a boa fase brasileira, desde que seja rápida e séria.
Só esperamos que não venham com bordões irreais de propagandistas, como empregado por algumas que se dizem "melhores do mundo" e não passam de marcas na mais absoluta média do mercado.
Que seja uma real retomada da produção e vendas, com toda a equipe Saab trabalhando firme e evoluindo, em novos projetos que não mais dependerão da General Motors e suas "plataformas globais".
JJ


