Foto estadao.com.br
Acabou de dar no "Jornal Hoje", da TV Globo, duas matérias sobre assuntos de trânsito. Um, acidente com vítima, passageiro foi atirado para fora do carro que capotara, com imagem de uma câmera de segurança. Os âncoras Evaristo Costa e Sandra Annenberg só falaram no motorista bêbado, sem se darem conta de que o infeliz só morreu por estar solto dentro do carro.
O bêbado nesse caso significava alcoolemia, medida pelo etilômetro, de 0,7 ml por litro de ar expelido. Sabem o que isso significa? Que pelo Código de Trânsito Brasileiro, antes dessa idiota "lei seca", o sujeito estava com 133,3% mais de álcool na bufunfa que o limite de 0,3 ml/L.
Em outra reportagem na sequência, um cara no Paraná ziguezagueva adoidado na pista e, parado pela polícia, estava com 1 ml/L, ou seja, 233,3% mais que os 0,3 ml/L do Código.
Como eu venho dizendo, a lei apenas coincidiu com o início de uma fiscalização jamais exercida. Bastaria que existisse desde 22 de janeiro de 1998, dia em que o novo código entrou em vigor, e possivelmente dezenas de milhares de vidas teriam sido salvas.
E, de novo: até 0,3 ml/L de ar alveolar todos podem dirigir com segurança. Na Alemanha, onde se pode andar a 300 km/h numa Autobahn, o limite é marginalmente inferior, 0,25 ml/L. Nos Estados Unidos e Canadá o limite é ainda mais alto, 0,4 ml/L.
Quem diz que a lei seca salvou vidas não sabe o que está dizendo. Portanto, é burro.
BS
(Atualizado em 8/2/10 às 16h50)
(Atualizado em 8/2/10 às 16h50)