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Não é possível como a cada dia que passa, a falta de capacidade e bom senso parecem ser cada vez menores por parte das pessoas que deveriam justamente solucionar os problemas da cidade, ou pelo menos não agravá-los.
Todo dia passo pela Rodovia Raposo Tavares, que desde o começo do ano está em obras próximo à saída que eu utilizo. As obras estão levantando o muro central da pista, praticamente dobrando sua altura.
A justificativa para tal serviço é que em pontos específicos, mais exatamente perto das passarelas, os muros estão sendo erguidos para coibir a travessia de pedestres pela rodovia. Até aí, nada de mais, até uma ação válida em termos de tentar reduzir os atropelamentos, uma vez que as pessoas ignoram as passarelas por preguiça de andar até elas.
Só não pensaram em um pequeno detalhe. Ergueram o muro no meio da curva. No começo da rodovia, próximo a São Paulo (não conheço do km 50 para frente), o muro central é da altura do retrovisor de um carro comum, ou seja, é possível olhar por sobre ele e ver o que acontece do outro lado, e numa curva, é possível ver bem mais adiante no seu sentido. A foto abaixo mostra isso. (desculpem a qualidade péssima das fotos, foram tiradas com o celular).
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A foto acima mostra exatamente o problema: não dá para ver nada a alguns metros à sua frente, em um local onde é muito comum o trânsito parar repentinamente em todas as faixas. A velocidade máxima local é de 90 km/h (regularmente o trânsito flui a 100 km/h, rápido o suficiente para não permitir uma manobra rápida e frenagem segura em caso de emergência para a maioria dos motoristas comuns.
Resumo da ópera: talvez vão salvar a vida de alguns desmiolados que atravessam a rodovia a pé, mas vão causar diversos acidentes em um trecho que já não é dos mais seguros, provavelmente com mais vítimas fatais que nos atropelamentos.
Gostaria de saber quem é o imbecil que pensa nessas coisas... deve ser alguém que nunca passou pela estrada e não faz a menor ideia do que Situação de Risco e Área de Visibilidade significam. Só podia estar atrás de uma mesa assinando papel... E viva o Brasil.