google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Relendo o penúltimo post do CZ, lembrei dessa antiga propaganda da Caterpillar (acho que de 1962), que discorria sobre os problemas logísticos do país e o custo por km rodado em uma estrada de terra e em uma estrada asfaltada (respectivamente, Cr$ 4,50 e Cr$ 2,60).

Hoje o foco não está apenas no consumo, mas também nas emissões de poluentes: de nada adiantarão os pesados investimentos em novas tecnologias se a estrutura viária brasileira não for atualizada.

FB



Em um Corvette C4?


Em um Cadillac Eldorado Brougham 57?



Na frente de um Blue Thunder Mustang (réplica 3/4 do P-51), tal qual um Rolls-Royce Merlin em escala?


Ryan Falconer pôs um em sua Suburban. O Belli queria pôr em um Ford Highboy. A gente pode imaginar uma dúzia de utilidades para um motor que pesa quase o mesmo que um Chevrolet V-8 de ferro fundido,e é  apenas um pouco maior. Até os pontos de montagem são os mesmos do Chevy small block. Mas eu sei onde eu colocaria um. Vejam a foto abaixo, do carro de um amigo:



Opala. Pois é, se o V-8 cabe tão bem, e o seis em linha original também cabe, o V-12 caberia perfeitamente também. Já sei o que EU faria...Na verdade, quem faria para mim é um certo Ogro do cerrado, mas isto é um mero detalhe.

E você, o que faria?

MAO

Quando estive em Monterey para os “Historics”, encontrei em Carmel um Dodge La Femme ano 1955 ou 1956 (não notei qual ano, pois os dois são muito parecidos). Carro estranho esse!




A intenção, a ideia, era simples e, em princípio, relativamente boa. A Divisão Dodge queria vender mais carros e, se já haviam fabricado carros feitos especificamente para homens, como o D-500 Sport, por que não fazer um carro dirigido especificamente às mulheres? Cor de rosa? Não, vamos fazer em roxo. Ah, melhor que isso, vamos fazer cor “orquídea”! Uma bolsa de couro macio? Por que não? Maquilagem? Claro que sim! Guarda-chuva? Boa ideia! E botinhas de salto alto para andar na chuva? Of course!


























Dá para ver o resultado de toda essa criatividade. Começando com um Crown Royal 2-portas Hardtop, já o modelo mais luxuoso da linha Dodge, o La Femme tem mais duas bolsas atrás do banco dianteiro para levar a tralha a mais – o guarda-chuva, a maquilagem etc. Tapetes em orquídea. Estofamento em cores de orquídea e ouro. Fórmula certa de sucesso.




Ou não. A produção para o ano de 1955 chegou a várias centenas de unidades, e ficou menor ainda no ano seguinte. A decisão de não continuar em 1957 foi talvez a única no programa inteiro que representou bom senso. E com isso o carro passou para a história, felizmente, tão esquecido como sem sentido.

RP





Jay Leno me irrita. Profundamente.

Tenho inveja dele, pelo que realiza no mundo do carro antigo. Inveja com respeito, com admiração. Não o conheço, mas gostaria. Se tiver chance, peço até um autógrafo.
O cara tem talento no trabalho que faz, como entrevistador e comediante, e na coleção de carros que não para de crescer. Já são 107, e esse número poderá estar errado já amanhã, pois há mais um chegando.
Sua garagem é grande, e mais do que isso, abriga uma equipe de profissionais para restaurar, consertar e manter seus carros.
Usa-os em eventos, aparece em encontros de carros antigos, em lançamentos de carros novos importantes, no SEMA show, uma atividade atrás da outra. A garagem se chama Big Dog, e o site é muito bem-feito, daqueles de esquecer das obrigações da vida quando se navega.

Muitas fotos de todos os carros, história, matérias de revista e outros meios de imprensa, entrevistas com autores de livros, fotos dos carros de leitores, em suma, maravilhoso.

Através desse site, compartilha como pode suas preciosidades, já que não é um museu aberto ao público. O ponto que mais me apraz em Leno é a variedade de seu acervo. Ele tem carros de todos os lugares, de todas as épocas, de todos os tipos, e sempre adicionando mais algum. Debaixo do teto de seus galpões, conta uma boa parte da história do automóvel, e não só junta coisas caras para mostrar que é milionário, já que todos já sabem disso.


Ele conhece o que tem, sabe muito de cada um deles, tem carros de milhões de dólares e carros de poucas dezenas. O que importa é o carro com alma, com história. Um entusiasta.
Lembro-me de um programa de televisão onde vi pela primeira vez essa garagem. Ele disse que escolheu o local bem perto da emissora de televisão onde trabalha, para poder fugir no horário de trabalho e ir lá dar uma olhada, uma mexida em alguma coisa. Meu tipo de entusiasmo, misturar trabalho e prazer. Bacana!
Com as montanhas de dinheiro que tem, poderia ser mais um reles consumidor de supercarros modernos, desses que os americanos chamam de "posers", só para aparecer. Mas não precisa, todo mundo o conhece. Ele escolheu um caminho mais difícil, dispendioso e transpirante, esse de formar uma coleção importantíssima por sua variedade.


Mesmo tendo uma equipe trabalhando para ele, também atua nos carros quando pode. Tem ideias de projetos, como o Oldsmobile Toronado com motor experimental da GM, e o Ecojet, com a mesma fábrica. Para isso tem a ajuda de Bob Lutz, amigo pessoal e também um entusiasta.

Se houvessem outras pessoas com a capacidade de comunicação que ele possui, e que se dispusessem a gastar uma boa parte de suas fortunas com um motivo tão nobre, a história do automóvel seria ainda mais preservada.

O interessante é que ele poderia muito bem pensar uma organização para expor seus carros e motos de uma forma onde pudesse faturar algum dinheiro com a exibição, como em um museu. Mas prefere que a garagem seja mesmo um lugar de trabalho e diversão, mantendo a tranquilidade da equipe.

Não sei em que ritmo a coleção cresce, mas apenas essa semana já chegou um carro novo nessa segunda,e vem outro na quarta.

Nada como gostar de carros e ter MUITO dinheiro.



JJ