google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

O Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária, na foto) lança uma série de programas de tevê chamada "Circulando", resultado de parceria com a Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade de São Paulo e TV USP.
Os programas sobre segurança viária têm duração de dois minutos e serão veiculados pelo Canal Universitário (TV USP), bem como ficarão à disposição de todas as televisões universitárias pela Rede Nacional de Canais Universitários. Poderão também, e isso é muito importante como valor educativo, serem vistos pela internet, em página específica do site do Cesvi Brasil, a qualquer instante.
Fundado em 1994, o CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária) é o único centro de pesquisa brasileiro dedicado à reparação automotiva e à segurança viária, e foi o primeiro da América Latina. É membro do RCAR (Research Council for Automobile Repairs), um conselho internacional de centros de pesquisa com os mesmos objetivos.
Para conhecer as atividades do CESVI, acesse www.cesvibrasil.com.br
BS

Hoje acordei por volta das 4 e meia da manhã e não consegui mais pegar no sono. Liguei a TV no meu canal notívago favorito, o Canal Brasil (56), onde estava passando uma comédia de 1970 estrelada pelo ator Flávio Migliaccio.

Em determinado momento do filme, o protagonista participa de uma gincana motorizada, atuando como navegador de uma bela moça, que guia um Fiat 850 Spider azul claro. Acredito que seja o mesmo Fiat que aparece em outro filme de Migliaccio, também de 1970.

Em 1994, a Stock Car, então monomarca Chevrolet de fato e de direito - hoje é uma multimonomarca ou, se quiserem, uma monomultimarca - passou a utilizar o Omega no lugar do Opala. O motor já era o seis-cilindros nacional, o velho conhecido de 4,1 litros, que ocupara o lugar do Opel 3-litros para o ano-modelo 1995. Contudo, havia duas diferenças básicas. Uma, o combustível era etanol, inexistente para a versão de série. Outra, no lugar da injeção Bosch Motronic de série, a formação de mistura era por 1 carburador duplo.
Presenciei uma dessas provas (estava na revista Autoesporte na época) e fiquei pasmo ao ver uma categoria monomarca com a chancela da então maior fabricante do mundo apresentar um carro com aquele motor cujo funcionamento era a própria anti-tecnologia: uma baixa horrorosa, galopante, um bafo de álcool inadmissível.
Cheguei para o presidente de GM brasileira, Mark Hogan, e lhe disse que aquilo era inadmissível, vexaminoso até, um fabricante de automóveis, de alta tecnologia, fazer-se representar nas competições por um carro de corrida com carburador quando a série já trazia injeção, a excelente Bosch Motronic.Ele não tinha se tocado disso - mas também nada fez a respeito...
Assim, o carburador reinaria mais 15 anos, chegando aos dias atuais nos motores V-8 dos carros da Copa Nextel de Stock Car.
Mas eis que a Bosch noticiou ontem que a partir da temporada de 2010 os motores V-8 serão dotados de injeção eletrônica desenvolvida pela Bosch Motorsport, da Alemanha, juntamente com a adoção de etanol como combustível, num casamento perfeito.
Antes tarde do que nunca. Aleluia!

A notícia não é nova, mas gostei tanto dela quando a li recentemente no Tech Talk do JLV, que achei que valia a pena falar sobre ela aqui.


No Shell Eco-Marathon deste ano (uma competição de economia de combustível), em meio a aquelas naves espaciais com rodinhas de bicicleta, motor de cinco centímetros cúbicos de deslocamento e dirigidos por garotos de 10 anos de idade, e capazes de fazer, sei lá, um zilhão de km por litro, mas com nenhuma relevância no mundo real, algo inusitado apareceu. Um carro de rua levemente modificado.

E não só um carro, um Caterham Seven, aquele símbolo sagrado do credo entusiasta de desempenho acima de tudo, aquela ferramenta de subversão da ordem que humilha Lamborghinis e Porsches em pistas mundo afora. O que um carro esporte visceral como o Seven faria num lugar destes?

O fato de que o Seven atinge seu desempenho fantástico por meio de peso baixo obviamente faz esse exercício ter todo o sentido. Pensa-se de cara que apenas alongando a transmissão e cuidando melhor da aerodinâmica, o resultado realmente só pode ser ótimo.

O carro que a Caterham criou em parceria com a “Energy Efficient Motorsports” e a Axom Automotive (especialista em fibra de carbono), chamada de 2R, certamente cuidou da aerodinâmica, como se pode ver na foto, mas também fez algo lógico: diminuiu os pneus, usando unidades especiais de baixa resistência ao rolamento. Mas o alongamento da transmissão, pasmem, não ocorreu. Na verdade, segundo a empresa, o carro só recebeu de modificação o que se pode ver, ficando a mecânica (inclusive o motor K-series de 120 cv) totalmente inalterada!

A intenção era atingir 100 milhas por galão (42,5 km/l) mas acabou por chegar na incrível marca de 131 milhas por galão, ou nada menos que 55,688 km/l!!!

E melhor: se a mecânica é inalterada, ela deve ainda, se dirigida com fúria, fazer o 0-100 km/h em menos de seis segundos. E com a aerodinâmica melhorada, talvez até tenha uma velocidade máxima maior que o carro original. Na verdade, talvez até a aceleração tenha melhorado, graças à evidente redução de massa...

Este é meu tipo de carro ecológico!

MAO