
Pesquisando fotos para o meu post de ontem, achei este dragster com dois slant 4 Pontiac:


Não seria mais fácil usar o V8 389 duma vez? Eu, ein... esses americanos...
MAO
Em 1992, um professor muito bacana que tive na FEI, o Rui Blanco, deu a dica de que todo bom engenheiro deve ter sempre a mão uma pastinha com fórmulas, tabelas de conversões, gráficos, curvas e materiais de consulta mais utilizados(naquela época não havia a facilidade da Internet. As provas do Rui Blanco eram sempre com consulta.
Dica meio óbvia, mas até então eu não tinha a minha pastinha. A partir dalí juntei dezenas de pastinhas por todo lado. Passei a guardar também artigos, fotos, propagandas e tudo que achava interessante. Cheguei a ter um arquivo inteiro "para consulta" em um dos meus empregos. Tudo separado por assunto.
Ao longo dos anos, depois de muitas limpezas, e também devido a falta de espaço, sobraram algumas poucas. Hoje procurando por um material em uma delas, encontrei muita coisa antiga e bacana. É uma delícia fazer isso de tempos em tempos e refrescar a memória.
Entre os achados de hoje estava uma página que arranquei de uma revista (Caras!) em 1999. Guardei a página pois a foto, e o fato que ela retrata, são simplesmente espetaculares. Acho que todo mundo lembra do incidente, mas essa foto sempre vai nos chocar.
Nas 24 Horas de Le Mans de 1999 dois do 3 Mercedes CLR inscritos foram protagonistas de 3 vôos. Nos treinos o carro de número 4 pilotado pelo Mark Webber descolou do solo e levantou vôo. O piloto não se machucou. O carro foi reconstruido e ajustado para ter maior pressão aerodinâmica na dianteira para voltar ao grid.
No entanto, no warm-up da manhã de sábado o mesmo carro saiu pelos ares novamente. Esse é o acidente da foto abaixo (que tirei da revista). A Mercedes julgou que era um problema específico desse carro e manteve os outros dois na corrida.
Dica meio óbvia, mas até então eu não tinha a minha pastinha. A partir dalí juntei dezenas de pastinhas por todo lado. Passei a guardar também artigos, fotos, propagandas e tudo que achava interessante. Cheguei a ter um arquivo inteiro "para consulta" em um dos meus empregos. Tudo separado por assunto.
Ao longo dos anos, depois de muitas limpezas, e também devido a falta de espaço, sobraram algumas poucas. Hoje procurando por um material em uma delas, encontrei muita coisa antiga e bacana. É uma delícia fazer isso de tempos em tempos e refrescar a memória.
Entre os achados de hoje estava uma página que arranquei de uma revista (Caras!) em 1999. Guardei a página pois a foto, e o fato que ela retrata, são simplesmente espetaculares. Acho que todo mundo lembra do incidente, mas essa foto sempre vai nos chocar.
Nas 24 Horas de Le Mans de 1999 dois do 3 Mercedes CLR inscritos foram protagonistas de 3 vôos. Nos treinos o carro de número 4 pilotado pelo Mark Webber descolou do solo e levantou vôo. O piloto não se machucou. O carro foi reconstruido e ajustado para ter maior pressão aerodinâmica na dianteira para voltar ao grid.
No entanto, no warm-up da manhã de sábado o mesmo carro saiu pelos ares novamente. Esse é o acidente da foto abaixo (que tirei da revista). A Mercedes julgou que era um problema específico desse carro e manteve os outros dois na corrida.

Durante a corrida aconteceu mais um acidente na volta 74. Desta vez com o carro de número 5, pilotado por Peter Dumbreck, que aterrissou fora da pista. Este foi filmado.
Somente depois do terceiro acidente a Mercedes abandonou a prova retirando o carro número 6 da corrida que, para piorar a situação da marca, foi vencida por um BMW. O programa CLR foi cancelado apesar de inicialmente os acidentes terem sido atribuídos as irregularidades da pista. Porém, mais tarde a Mercedes admitiu problemas com a aerodinâmica do CLR.
Esses acidentes, ocorridos dois anos depois do fiasco sofrido pelo Classe A ao capotar no teste do alce, deixaram manchas na excelência técnica da Mercedes. Felizmente essas manchas agora são passado.
setembro 03, 2009
Na última terça-feira o Chevrolet Clube do Brasil de Carros Antigos esteve presente no Sambódromo para comemorar seus 24 anos de atividade. O Mestre Mahar esteve lá e clicou de tudo um pouco, da década de 30 até o Camaro 2010, passando por alguns Cadillacs e Buicks:
Deve ter sido mesmo sensacional. Até ouço a Dinah Shore cantando em minha cabeça:
"On a highway, or a road along the levee
Performance is sweeter
Nothing can beat her
Life is completer in a Chevy"
FB
setembro 03, 2009

O primeiro carro de meu pai foi um DKW perua, de cor bege, ano 1964, a querida Vemaguet. Pequeno que era, eu adorava viajar no porta-malas. Claro que cinto de segurança era algo não utilizado, e eu ficava todo feliz, solto lá atrás. O espaço era enorme para mim.

Meu pai gostava muito do carro, pela agilidade e espaço interno, além de ter sido comprado usado, bem barato.
Certa vez, em viagem ao Guarujá para uma pescaria com um amigo, o motor subitamente perdeu potência após escutarem um barulho metálico forte, que parecia ser proveniente do escapamento.
Por sorte, havia uma oficina mecânica bem próximo, e para lá ele foi. O mecânico, após rápida avaliação, informou que o problema era anel de pistão quebrado. Meu pai teve a certeza que voltaria para casa em um guincho, mas o profissional rapidamente retirou as três velas de ignição, uma de cada cilindro, e munido de uma pinça comprida, foi retirando os pedaços de anéis. Explicou que o mais comum seria os pedaços saírem pelo escapamento, o que deve ter ocorrido com alguns fragmentos, daí o barulho que ele ouvira.
Após concluído o trabalho, uma volta rápida para constar se ainda havia problema, e o carro até parecia mais rápido em rotações altas.
Motores dois tempos não possuem anel raspador de óleo, já que o óleo misturado ao combustível é o responsável pela lubrificação, e se houver anel que raspe esse óleo, o motor irá se desgastar muito rápido. Há uma menor vedação, que favorece a potência em altas rotações, apesar de perder em baixa.
O Bob Sharp me explicou que os DKW de corrida utilizavam pistões especiais, com canaletas para apenas dois anéis. Nos carros de rua eram três.
Dessa forma, meu pai ficou com um Vemaguet "preparado" por acaso, e utilizou o carro por mais de um ano, até que o vendeu para um amigo. Este, notório por abastecer o carro com gasolina e a si próprio com combustíveis destilados do malte e da cana-de-açúcar, utilizou o carro por um certo tempo, até que numa noite fez uma incursão a uma obra do Metrô paulista, no bairro de Vila Mariana, onde hoje é a estação Ana Rosa.
Após esse fora-de-estrada involuntário, não ouvimos mais falar de nosso ex-primeiro carro.
Mas aquele porta-malas e o ruído ardido são inesquecíveis.
JJ
JJ
setembro 03, 2009