Outra coisa para suas wish lists: viagens de despedida. Sim, essa viagem foi a última do Jeep, pelo menos durante sua estada em nossa posse. Acredito que alguns carros (aqueles que nos tocam de algum jeito, e provavelmente são tocados por nossas atitudes com relação a eles) sabem quando estão para serem vendidos, ou entregues; e nesses momentos se comportam de forma ainda mais surpreendente do que possível. Dirigir pela última vez algo tão "zero", novo, e impecável, em uma bela estrada, levando-o para sua nova morada, é algo realmente especial.
Viagens de despedida devem SEMPRE ser feitas. Quando nosso amigo PH vendeu seu Opala, fui junto na viagem de despedida, quando tirei a foto dele no mesmo local em que a foto de seu avô havia sido tirada 30 anos antes. Essas viagens coroam a estada do carro em nossa posse, tornando a sua memória ainda mais agradável.
Chegando em Curitiba, fomos direto à casa do amigo; amigo de longa data e que hoje tem em sua posse um carro que já esteve em nossas mãos. Um belo, raro, e incomum, por essas bandas, Plymouth Barracuda 1968, conversível. O colega de blog Alexandre Garcia, coisa de 4 ou 5 anos atrás cunhou um apelido para o Barracuda, que nunca abandonou nossas memórias: "Cudavéia", que deixou saudades entre nós, se pelo seu design clean, "fuselage look", classicamente Mopar do final dos anos 60, ou por sua suave combinação do silk-smooth slant 6 e sua transmissão Torque-Flite. Fato é que, ao chegar lá na casa do amigo, me deparo com o velho e saudoso Mopar completamente transformado.


Até que ponto pode chegar a "esperteza" do brasileiro? Até que ponto pode chegar a cara de pau do cidadão, que comete uma infração desse tipo e ainda debocha dos poderes constituídos e de todos os outros contribuintes?
Será que as concessionárias ainda não perceberam os riscos que as cancelas representam para o engavetamento nas praças de pedágio? Não seria mais simples criar um mecanismo (que existe no mundo todo) para multar o infrator?
Cabe lembrar que este assunto já foi discutido pelo amigo Bob Sharp. E agora? Vamos esperar morrer mais um motorista?

Fujo do meu tema habitual pra externar minha indignação com um acidente que aconteceu anteontem e sua banalização pela imprensa.
Já tinha ouvido falar do acidente durante o dia, mas, assistindo ao telejornal da Globo na manhã do dia seguinte, foi como se relatassem que um vaso caiu no chão e quebrou... E a cena do carro, irreconhecível, sendo retirado , foi inacreditável.
Parece "normal" uma pessoa morrer esmagada entre dois caminhões em um cabine do Sem Parar!!!! Não são poucos os casos que conhecemos de espertinhos que colam na traseira de carros equipados com o tag do Sem Parar pra economizar uns trocados no pedágio. E também não são poucos os que passam acima do limite de 40 km/h imposto para a passagem nessa faixa de cobrança espressa. Respeitada essa velocidade, QUALQUER veículo conseguiria parar sem colidir. Mesmo com a chuva que caía no momento (7h da manhã).
Gente, uma pessoa MORREU!! Na autobahn brasileira, talvez a melhor estrada do Brasil, no Estado mais rico da União, na praça de pedágio!
Dizem que as notícias chocam pela proximidade. Um local habitual, uma situação pela qual você já passou, qualquer indício que coloque VOCÊ ou algum parente/conhecido no local do acidente. Pode ser, minha noiva fez uso dessa estrada frequentemente ano passado e não precisei de muita criatividade pra imaginar uma situação dessas envolvendo mais alguém querido.
Que Deus nos proteja!
MM