google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Lendo a Road & Track vi que a GM divulgou os dados de consumo do novo Camaro, que por sinal é bem melhor que o consumo do Mustang e do Challenger, ambos com motores menos potentes. Como sempre, lendo as revistas americanas, esses dados vem em mpg (milhas por galão) e nos dizem muito pouco. Quase ninguém tem paciência de fazer a conversão para tornar o número comparável com o nosso mundo.

Para termos uma ideia do que estou falando, vamos aos números do Camaro.

V-6 3,6 l com 304 cv
Consumo urbano: 18 mpg
Consumo em estrada: 29 mpg

V-8 6,2 l com 426 cv
Consumo urbano: 16 mpg
Consumo em estrada: 25 mpg

Traduzindo para o nosso mundo:

V-6 3,6 l com 304 cv
Consumo urbano: 7,6 km/l
Consumo em estrada: 12,3 km/l

V-8 6,2 l com 426 cv
Consumo urbano: 6,8 km/l
Consumo em estrada: 10,6 km/l

nota: todos com transmissão automática

Aí vem a pergunta: como pode um V-8 que deveria ser beberrão com seus impressionantes 426 cv fazer apenas 10,6 km/l?

A resposta vem do fato de esses números serem obtidos em testes em dinamômetro obedecendo a um padrão. E é claro que se o pé direito trabalhar pesado e essa cavalaria se soltar, o consumo será proporcionalmante assustador.

Nos Estados Unidos os fabricantes são obrigados a testar e fornecer os resultados ao governo para todos os modelos de peso bruto abaixo de 3.800 kg. Todos os testes são feitos de acordo com um padrão e assim o consumidor pode facilmente comparar o consumo entre veículos.

Lá todos os modelos têm que sair de fábrica com um etiqueta colada no vidro. Nessa etiqueta estão as informações sobre o consumo e uma clara observação de que esse consumo depende da maneira como cada consumidor dirige e faz a manutenção do seu veículo. Além do dado específico consta a últil informação sobre um intervalo aceitável para mais ou para menos.

Ainda é possível ver na etiqueta como o consumo do veículo em questão se compara com a média do seu segmento.


Testes

O resultado dos testes é uma combinação de diferentes ciclos de testes feitos em dinamômetro de rolo pelos fabricantes e informados à EPA (Agência de Proteção Ambiental).

Ciclo urbano - simula o uso em trânsito anda-para iniciando com o motor frio, num percurso de aproximadamente 17,5 km com duração de 30 minutos e 23 paradas.

Ciclo em estrada - simula o uso em estradas secundárias e autopistas, num percurso de aproximadamente 17 km com duração de 13 minutos e sem paradas, com uma velocidade média pouco inferior a 80 km/h.

Veja os outros ciclos na tabela abaixo.

Veja a descrição dos ciclos de teste: fueleconomy

No Brasil

Em abril de 2009 está-se iniciando um programa similar ao americano, no qual os fabricantes vão apresentar o consumo de combustível de seus modelos de acordo com a norma ABNT NBR 7024.

Numa primeira etapa, uma etiqueta com o consumo de cada modelo será introduzida de forma voluntária pelos fabricantes que assim optarem. Até o momento os que aderiram ao programa são: Chevrolet, Fiat, Honda, Kia e Volkswagen. No entanto, ainda não pude ver nenhuma etiqueta. Nos Estados Unidos os valores de consumo de todos os modelos a venda estão disponíveis e a comparação é facílima.

Conforme explicado com mais detalhes pelo Bob Sharp numa de suas colunas na Quatro Rodas, existe um grande receio por parte dos fabricantes em divulgar o consumo de combustível. São muitas as variáveis que influenciam no resultado quando estamos no mundo real. Isso leva alguns consumidores, principalmente os que tem o pé direito mais pesado, e os que adoram abastecer só em postos com preços muito abaixo da média, a ficarem indignados com o consumo obtido por eles.

À medida que esse programa decolar e os consumidores entenderem que a informação do fabricante serve para podermos comparar dois modelos numa mesma condição e não para lhe dar um dado preciso sobre o seu consumo, esse temor dos fabricantes e a sensação de alguns consumidores estarem sendo enganados vai diminuir. Na minha mão, por exemplo, qualquer carro gasta muito mais que o normal.

Se tiver interesse veja a coluna do Bob Sharp: Segredo Industrial

Dodge Challenger SRT8

Na matéria que o Arnaldo fez para a Car and Driver eu tive a chance de fotografar um Challenger SRT8 preto. Foi numa manhã de domingo de céu encoberto. Andamos por avenidas largas e quase sem trânsito. Além do novo Challenger estavam mais um Challenger 74 e dois Mustangs, 1967 e 2008.

A exctitação pela importante reunião de muscles, a concentração para fazer o meu trabalho bem feito e a dispersão entre 4 modelos que aguçavam meu desejo não me permitiram reparar muito em cada carro individualmente. Como o Arnaldo é o escritor e sei que ele vai relatar tudo de importante, eu realmente fico despreocupado em raciocinar e foco apenas na emoção. Na grande maioria das vezes uma emoção dispersa e sem a pretensão de ser entendida, e sim apenas compartilhada através de imagens.

Tá bom. Que bela enrolação até aqui.

É que no último domingo, voltando para São Paulo pela Raposo me deparei com um Challenger SRT8 laranja, mais precisamente Hemi orange. Então pude agora reparar um pouco mais. O porte do carro com mais de 5 m de comprimento, quase 3 m de entre-eixos e 1,9 m de largura é muito grande para nosso padrão. Junte-se a isso o formato da carroceria, apenas duas portas, alguns detalhes como as lanternas traseiras, as rodas gigantes (20") e o laranjão radiante.
Agora imagine essa espécie no trânsito intenso e no meio dos paus-velhos que trafegam pela Raposo. O V-8 Hemi 6.1 com seus 425 cv praticamente engaiolado entre os carrinhos 1.0. Esse carro, ou sonho, custa no Brasil mais de 300 mil reais!

É impressionante como essa cena foi contrastante e até meio insólita. Minha cabeça de engenheiro dizia que algo estava errado. Pensei mais um pouco e percebi que o principal erro era eu não estar ao volante do Challenger.
Caros leitores,

Desde que iniciamos o AUTOentusiastas o seu visual tem sido motivo de elogios e algumas reclamações.

O texto em branco com fundo preto era um elemento de diferenciação do blog. Porém alguns leitores se queixavam de desconforto visual ao ler o blog.

Testamos todos os formatos disponíveis no blogger e também muitas variações de cores sempre tentando manter o equilíbrio, a sobriedade e a simplicidade do visual original, e ao mesmo tempo melhorar bem o conforto visual.

Dessa maneira fizemos 3 melhorias importantes:

> texto em cinza escuro em fundo branco;
> página mais larga;
> aumento do tamanho da fonte.

Esperamos que as mudanças sejam agradáveis e contribuam para continuarmos a receber suas visitas.

Gostaríamos de receber seus comentários.

Atenciosamente,

AUTOentusiastas

Lançado em 2007 como o modelo top de linha do Palio, o 1.8R é uma boa opção de compra para quem quer um carro pequeno com personalidade. O preço de lançamento era R$ 41.850,00, mas era fácil encontrar mais barato pelas concessionárias, podendo economizar até R$ 4.000,00. Agora, com a mudança da linha 2010, o preço pode cair ainda mais.

Como um carro de caráter esportivo, dando continuidade ao sucesso de época que foi o Uno 1.5R, o Palio é um carro honesto. Muita gente critica o R, alegando ser uma enganação do marketing para vender mais. Não é. Era o único modelo do Palio equipado com motor 1,8-litro (da geração de 2007, ou Mk4, agora a linha 2010 possui o ELX 1,8), levemente revisto em relação ao mesmo motor utilizado no Idea e na versão anterior do próprio Palio. A transmissão também foi revista, com redução final 4% mais longa.

O 1.8R é um ótimo carro urbano, por ser compacto e ágil. Como todo Palio, ele é confortável para nossas vias que parecem o Oriente Médio após um ataque aéreo. E como é um Palio, a carroceria rola um pouco mais do que deveria, para não sacrificar o conforto. Minha crítica é que o carro poderia ser um pouco mais baixo, o espaço entre o pneu e a caixa de roda não é agradável aos olhos, mas isso pode ser facilmente resolvido sem prejuízos. A suspensão também foi revista.
A grande novidade da segunda geração do 1.8R é a opção da carroceria duas portas, muito bem vinda e bem resolvida. O design do carro é do tipo "ame-o ou deixe-o", como foi com o Marea, pois não agradou a todos, tanto que a Fiat já mudou a dianteira do carro. Eu ainda prefiro os faróis da versão 2007, que deixam o carro com uma frente mais invocada. As opções de cores também são diversas: vermelho Modena e amarelo Indianápolis (iguais ao Stilo Schumacher), verde Twist, azul Vitality, preto Vesúvio e prata Bari.

Sob o capô temos um small-block Chevy, simples e robusto. O motor oito válvulas é tipicamente urbano, com boa faixa de torque, sendo a maior parte disponível a baixas rotações (máximo de 18,5 mkgf a 2.800 rpm com álcool). Retomadas são boas, pois o torque ajuda sempre. Reduzir para ultrapassar? Nem pensar, basta acelerar. Na estrada, idem, mas falta desempenho em altas rotações, que na verdade não chega a ser um problema, pois não prejudica em nada seu uso diário, fato comprovado pela potência máxima de 115 cv a 5.500 rpm (álcool). O carro chega aos 100 km/h em perto dos nove segundos (mais rápido que o Punto 1,8, por ser mais leve) e a velocidade máxima oficial é de 191 km/h. O consumo é compatível com um motor 1,8-litro, fazendo entre 8 e 8,5 km/l em percurso misto de cidade e estrada utilizando unicamente álcool. Em estrada, faz 12 km/l, com álcool também. Na cidade, no trânsito pesado com ar-condicionado ligado, a média despenca para entre 5,5 e 6 km/l.

O interior agrada, os detalhes da versão são bem nítidos, como os cintos de segurança vermelhos, o volante revestido em couro, com costura vermelha, assim como as costuras dos bancos e coifas de freio de estacionamento e alavanca de mudança de marcha. O painel possui grafismo exclusivo e um bom design, com iluminação vermelha. Ponto positivo para a Fiat. Os bancos são confortáveis e não cansam em viagens longas. As únicas reclamações ficam para o barulho gerado pelo tampão traseiro em ruas esburacadas, que poderia ter sido melhor resolvido, e o acabamento dos apoios de braço em plástico injetado, com marcas de junção de molde mais aparentes do que deveriam. O espaço no banco traseiro é um pouco menor do que se espera, principalmente se os passageiros da frente forem altos. O porta-malas não faz milagre, mas cabem cinco malas médias.

Volto a dizer, o 1.8R é um carro honesto, pois ele cumpre o que foi designado a fazer. Quem o critica por ser "apenas um Palio adesivado e colorido", me desculpe, pois ele não é e nunca foi vendido como sendo um carro de desempenho para andar em autódromo. Quem quer isso, que compre um Porsche. O 1.8R é um carro comum que quer agradar o motorista com uma aparência mais esportiva. Também sempre falam que "o Ka XR é melhor". O Ka é mais leve e mais rápido de curva, mas acelera menos que o Palio, e por dentro, continua sendo um Ka. No mais, o Palio R é o que se destina a ser, um bom carro urbano para quem gosta dos detalhes.