google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Chamada de forma meio óbvia de "overseas highway", a US1 ou FL5 liga os arredores de Miami a Key West, uma ilha a cerca de 90 milhas de Cuba. Sinceramente, sem grandes atrações para quem não esteja interessado em passeios de barco e mergulho, vale pelo inusitado do visual e a impressão que só os Estados Unidos gastariam tanto dinheiro em uma obra como esta pra ligar essas pequenas ilhotas ao extremo sul de seu território.

A história é mais extensa, claro, essa via elevada começou como via férrea até ser abalada por um furacão em 1935. A reconstrução converteu-a em estrada. E depois um novo furacão levou à construção das porções novas dessa via em 1982. Em vários trechos a estrada velha continua lá, paralela à nova, servindo de pier de pesca. Partes foram usadas em filmes e é fácil se recordar do blockbuster "True Lies", onde mísseis destroem espetacularmente partes da rodovia desativada. Curiosidade: em Portugal, esse filme teve o título traduzido para "A Verdade de Mentira".



Bom, o que tem de interessante para o entusiasta por automóveis? O mais puro "American way of life", sair de Miami de carro conversível (pode até ser um new Beetle, mas existem opções bem mais interessantes), passar por parte do Parque Everglades (cuidado com piqueniques, é aquele dos jacarés) e seguir pela Overseas Highway até Key West. Sempre de capota aberta, cabelos ao vento, usando todos os cup holders que quiser, sem pressa.

Definitivamente NÃO é o meu estilo de viagem. Mas é preciso fazê-la, experimentar, nem que seja para ter o direito de criticar...

MM

...conta-giros, o grande instrumento à esquerda, de grafismo tipicamente Volkswagen. O que se vê é, na verdade, o quadro de instrumentos do VW Tiguan HyMotion, um estudo de carro elétrico da fábrica alemã com geração de energia elétrica por célula, ou pilha, a hidrogênio. O "mula" utilizado é o utilitário esporte compacto da marca e o "conta-giros" é a leitura de potência desenvolvida pelo motor elétrico de 100 kW, ou 136 cv.

O objetivo final da pesquisa é viabilizar o carro que não emite nenhum poluente. Tudo o que sai do escapamento deste VW é a água resultante do processo de geração de energia elétrica pela pilha.

A VW brasileira convidou a imprensa para conhecer e dirigir o Tiguan HyMotion – "Hy" de hydrogen – sexta-feira última no kartódromo de Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. Diante dos olhos está um veículo de passageiros de interior absolutamente normal, inclusive com o compartimento de bagagem de 505 litros totalmente desimpedido. Nada leva a crer que não seja um modelo de produção, a julgar pelo bom aspecto de todos os sistemas instalados no veículo.

O HyMotion pesa 1.870 kg, apenas 248 kg mais que o Tiguan 2.0 TSI. Acelera de 0 a 100 km/h em 14 segundos e atinge 140 km/h. Consome 1,4 kg de hidrogênio a cada 100 quilômetros e com o reservatório cheio a uma pressão de 700 bars, que resulta em 3,2 kg do gás, pode rodar 230 km. O hidrogênio utilizado é o H5, 99,999% puro.

O conjunto de 420 pilhas – que produz corrente elétrica a uma tensão de 350 volts – e motor elétrico ficam no cofre dianteiro e uma bateria de íons de lítio (o mesmo tipo das usadas nos computadores portáteis) está localizada sob o assoalho do compartimento de bagagem. A bateria serve para tirar o veículo da imobilidade nos momentos iniciais enquanto as pilhas não produzem energia e é constantemente recarregada quando o veículo está rodando sem aceleração, num processo de regeneração de energia.

Embora elétrico, o HyMotion produz ruídos ao rodar, como o da bomba de ar para alimentar as células para a reação com o hidrogênio, e a bomba hidráulica para prover pressão para os sistemas hidráulicos dos freios e da assistência direção. Chega a ser mais ruído mais forte do que o de um carro potente quando os ventiladores elétricos do sistema de arrefecimento do motor estão funcionando. Há também um nítido som de engrenagem, que proveniente da caixa de redução do motor elétrico. Mas é bom lembrar que é um modelo de estudo, não um carro de produção vendido no mercado.

Dirigi-lo é como estar num carro de motor a combustão, o comportamento de rodagem é igual. Ao acelerar, o ponteiro do dinamômetro vai indicando a potência desenvolvida. Foi mesmo uma experiência interessante.

O Tiguan HyMotion foi construído no Centro Tecnológico da Volkswagen em Isenbuttel, uma pequena cidade a apenas 15 quilômetros da fábrica de Wolfsburg. O centro ocupa área de 38.000 m² e foi criado em 2001, com investimentos ultrapassam a marca de 20 milhões de euros.

Quanto custaria um Tiguan HyMotion para venda ao público? "Não temos a menor ideia, isso fica para depois", disse o engenheiro Kai Homman, da VW do Brasil, durante a apresentação do interessante modelo de pilha a combustível. Daqui a 10 anos talvez ele possa dizer o preço.
(Atualizado pelo autor em 30.03.09 às 17h00. Alteração do termo "célula" para "pilha", o correto.)

Já está virando rotina para a Audi vencer as corridas de estreia de seus novos carros. Foi assim com o R8 e o R10 também.

O novo R15, agora equipado com um novo V10 TDI diesel de 5,5 litros, mais potente, econômico e menos poluente que o V12 do R10, não deu chance para a equipe Peugeot na primeira corrida do ano da American Le Mans Series.

Além do novo motor, o R15 estreia outras novas tecnologias, como o sistema elétrico alimentado por bateria de íons de lítio, mais leve e eficiente, e a utilização de faróis de LEDs, tecnologia que os carros de produção logo receberão. Sem falar nas inovações de aerodinâmica, como a asa traseira suspensa.


Com a vitória, o R15 já começa o ano como o favorito à vitória em Le Mans no meio do ano, mantendo a tradição da Audi.


Video onboard no R15 nas 12 Horas de Sebring 2009
A nova Série E da Mercedes tem algumas versões com a designação BlueEFFICIENCY, um pacote de medidas para reduzir o consumo de combustível e a emissão de dióxido de carbono.

Entre os avanços empregados no BlueEFFICIENCY a aerodinâmica mereceu destaque. O arrasto aerodinâmico é a maior resistência a ser vencida quando o carro está em movimento, e assim sendo o maior responsável pelo consumo de combustível. Basta lembrar da forma do GM EV1, otimizada para tem um coeficiente de arrasto, Cx, de apenas 0,19. Isso também ajuda a explicar a semelhança entre os formatos do Toyota Prius e do novo Honda Insight, ambos com Cx de 0,25.



O novo Série E da Mercedes tem Cx de 0,25 para o sedã e 0,24 para o cupê. Números bem baixos para carros de passeio. Para termos uma comparação, os Cx de carros do mesmo segmento são: BMW M5 - 0,31, Audi A6 - 0,29 e Lexus GS - 0,27. Sendo o BMW o mais antigo dos concorrentes, podemos esperar uma melhora significativa na próxima geração considerando a atual busca frenética por carros mais eficentes.


O arrasto, ou drag em inglês, é a pressão aerodinâmica medida no sentido do movimento do carro (no eixo X, daí o Cx, criado pelos franceses). Ou seja, é a pressão exercida no carro quando este atravessa o ar à sua frente. Podemos dizer também que é a dificuldade que o carro tem em vencer o ar adiante. Essa dificuldade é proporcional à área frontal do veículo e à velocidade. Quanto maior a área frontal e a velocidade, maior será o arrasto. A densidade do ar também afeta o arrasto.


E o Cx? Bem, o Cx é um coeficiente resultante a equação do arrasto e nos dá uma idéia da dificuldade de determinado carro vencer o arrasto considerando sua área frontal. Portanto um Cx de 0,25 significa que o consumo de energia por arrasto é 25% do máximo teórico para um perfil plano de mesma área frontal do carro em questão. Desse modo, dois veículos com o mesmo Cx podem ter eficiência aerodinâmica diferentes se as áreas frontais forem diferentes. O veículo com menor área frontal será mais eficiente. Por esse motivo, numa comparação entre dois modelos o produto do Cx pela área frontal, que resulta na áreal frontal corrigida, nos dá uma melhor noção de qual modelo tem um desempenho aerodinâmico melhor.

Como já mencionei acima, o arrasto é a dificuldade do carro em vencer o ar à sua frente. A superfície ou contorno da carroceria define o caminho do ar ao redor do carro. No entanto, as tomadas de ar e o fluxo por baixo do carro também desviam o ar. Quanto maior a turbulência gerada no ar ao ser cortado pelo carro, maior é a resitência causada. O ar que passa pelo radiador e acaba no cofre do motor é responsável por uma boa porção do arrasto.

Justamente por isso o novo Série E tem um defletor ajustável na frente do radiador. Um controle eletropneumático ajusta a abertura do defletor de acordo com a quantidade de ar necessária para a refrigeração do motor. Assim, em baixas cargas, quando o motor necessita de menos refrigeração, o defletor se fecha diminuindo a turbulência desnecessária no ar e melhorando o Cx do carro. Com o defletor completamente fechado o Cx cai 0,013, o que equivale a uma economia de combustível de 0,2 L a cada 100 km a uma velocidade de 130 km/h. Parece pouco. Mas fiz uma conta rápida considerando 100.000 carros (um ano de produção do Série E) rodando 50.000 km e cheguei a uma economia de 10.000.000 de litros de gasolina.


Notas:

O Opel Calibra, lançado em 1989, ficou conhecido por ter o Cx mais baixo dos modelos em produção com apenas 0,26.

Em 2000, o Lexus LS430 já tinha um Cx de 0,25.

Também podemos ver o Cx usado com a notação Cd, do inglês drag coefficient e, em alemão, Cw, de Luftwiderstandsbeiwert, coeficiente de arrasto aerodinâmico.