google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Outro dia, folhando revistas antigas, dei de cara com um concept car da GM muito legal mas que não vingou, a perua compacta Chevrolet Nomad, de 2004, que poderia ser feita na mesma plataforma do Pontiac Solstice. Ao ver a foto, pensei no quanto as peruas sempre me atraíram, e muito.


Quando mais jovem, minha prefererência era por hatches esportivos, como o Gol GT, por razões óbvias. Mas nos tempos de surfe a Parati era o meu carro ideal. Casei e tive um filho e fui circunstancialmente obrigado a andar de sedã por uns tempos. Logo que pude mudei para uma perua.

Peruas são mais esportivas, jovens, muito mais versáteis e multiuso. Talvez seja a melhor configuração de automóvel em comparação aos outros modelos de massa.

Numa análise rápida vemos que as peruas apresentam várias características que, somadas, levam-nas a um equilíbrio não encontrado em nenhum outro modelo.

Pontos a favor das peruas:
perua vs sedã -- mais versatitildade, flexibilidade de uso
perua vs hatch -- mais espaço, porta-malas maior
perua vs minivan -- melhor comportamento dinâmico, não tem imagem de "mom-mobile"
peruas vs utilitário esportivo -- mais economia de combustível e melhor comportamento dinâmico

É claro que, dependendo da relação custo-benefício de cada modelo ou necessidade específica de um determinado consumidor, essas vantagens podem não ter tanto peso. E, no final, o que vale é a questão emocional, ou o gosto do freguês!

Resolvi dar uma "googlada" para achar uma foto da Nomad e acabei encontrando muitas peruas "entusiastas" e algumas bizarras, de gosto bem duvidoso. Mas para resolver o dilema carro pessoal/carro para família, a GM bem que poderia fazer um Camaro Wagon. Se bem que uma Dodge Magnum SR-T já serviria bem (uma pena que já não é mais fabricada).



O Milton Belli também é entusiasta por peruas: veja AQUI.

A coluna "Alta Roda" do Fernando Calmon é uma excelente fonte de informação sobre os principais acontecimentos do mercado e da indústria automobilística brasileira. Objetiva e concisa, é uma leitura quase que obrigatória.

O link para a página com todas as colunas foi acrescentado no box LINKS RECOMENDADOS na coluna à direita dos posts.

Veja a coluna dessa semana AQUI.
A notícia mais interessante dessa semana chegou a mim a partir da revista eletrônica oldcarsweekly.com. A história é mais ou menos a seguinte:

Um colecionador americano de Seattle, Charles Morse, compra em 2005 o Turcat-Mery 1919 da foto acima de um dealer de carros clássicos holandês. Morse mostrou o carro em vários concursos de elegância desde então (Pebble Beach inclusive), ganhando prêmios em vários deles. Dirige o carro regularmente e diz adorá-lo profundamente.

Agora, no início deste ano, recebeu notificação do governo de seu país de que o governo da França quer o carro de volta!!

O carro é classificado como “Tesouro Nacional Francês” e não poderia ter deixado o país.

Explica-se: o carro pertenceu originalmente ao Duque de Montpensier. O duque, que era dono do castelo de Randan (em Puy-de-dome), pertencia ao ramo Orleans da família Bourbon, que reinou na França entre 1589 e 1848 e, pasmem, era um dos herdeiros diretos do trono francês!

O bom duque nunca teve filhos e, portanto, na ocasião de sua morte em 1924, sua esposa herdou o Turcat-Mery. O carro trocou de mão algumas vezes, até que em 1991 o governo francês decretou que o castelo de Randan e todos os bens do Duque nele contidos eram tesouros nacionais, pertencentes ao povo francês. Este decreto incluía, desse modo, o carro em questão.

Não está claro para mim, porém, o por que esperar até 2009 (18 anos!) para tentar reaver o carro. Realmente uma história que se complica: Morse diz que pagou US$ 927.518,00 pelo carro. Está em negociações com o Ministério da Cultura daquele país e, segundo ele, parece que será ressarcido pelo povo francês. Mas o promotor público de Seattle designado para o caso parece não ter tanta certeza de que o caso se resolverá fácil: nos documentos de importação consta valor diferente, US$ 400.000,00.

Agora o leitor deve estar se perguntando: que carro é esse que vale tanto dinheiro e é capaz de criar um incidente internacional? Será que ele vale todo esse barulho?

Em uma palavra: vale.

Em 1919 a empresa fundada por León Turcat e Simon Mery, em Marselha, na virada do século, estava praticamente acabada. Um amigo dos dois, Henri Rougier, conhecido piloto e ciclista, toma conta da empresa e tenta reerguê-la, sem muito sucesso.

Nesta época é que foi criado o carro em questão. Na verdade, é um modelo único (designado como PJ), um verdadeiro supercarro dos anos 10 criado sob encomenda do riquíssimo Duque de Montpensier. Usou-se o chassi do modelo MJ de 4 cilindros (abaixo) extensamente modificado e nele montou-se um motor aeronáutico Lorraine-Dietrich de seis cilindros em linha e nove litros (pelas fotos e deslocamento, provavelmente um AM6 de 110 hp). A carroceria foi criada, também sob encomenda, na Million-Guiet de Paris (num endereço chiquérrimo: 55 Champs Elysées).

Como se não bastasse, o carro chega aos 90 anos em um estado invejável. Existem vários carros dessa época por aí, mas a vasta maioria deles já foi reformado pelo menos 2 vezes. Não este. É completamente original, unrestored. Mantém uma patina de época irresistível, coisa raríssima e deliciosa. O motor e a parte mecânica foi recuperada, para poder fazê-lo andar novamente, mas somente onde necessário. Vejam as fotos abaixo, tiradas do ótimo site http://www.turcat-mery.com/ (infelizmente, todo redigido somente em francês) e chorem. A mais interessante é a plaquinha do fabricante: Henri Rougier. Único carro da empresa que se tem notícia carregar este nome no lugar de “Ateliers Turcat-Mery”.

Não sei como este imbroglio vai acabar mas, se fosse minha a decisão o carro permaneceria com o dono atual, com a ressalva dele ter que enviá-lo para exposição na França (Louvre, perhaps?) de vez em quando. Não consigo imaginar um governo tomando conta de uma máquina tão fantástica como esta...
MAO

O post "Mosca Branca" do Alexandre Cruvinel foi o mais comentado do blog até hoje. Muitas lembranças de tempos em que as novidades eram mais escassas e de séries especiais, apelo "esportivo" e detalhes diferentes eram motivos para muitos comentários.

Fiz uma compilação de todas as "moscas brancas" mencionadas pelos leitores Marlos, Enrico, Douglas, Juliano, Giovanni, Fábio, Carlos, Lucas Antônio e Keila. Confesso que não me recordo de todos esses modelos

Mas essa lista não precisa parar aí. Se alguém lembrar de mais "moscas brancas" faremos uma outra lista!

Escort Laser, branco com as rodas em liga na mesma cor do carro
Escort XR3 75 Anos preto com detalhes dourados e, no conversível, capota vermelha (!?)
Escort XR3 com rodas de aço (calota cheia de furinhos)
Escort CHT 1,3, com 4 marchas apenas
Escort XR3 Formula
Maverick perua com 4 portas, uma transformação da Souza Ramos na época
Corcel II Série Campeões, preto com faixas laterais e rodas douradas
Corcel II GT 1,4-litro, com capô e capota na cor preta e o restante na cor laranja
F-1000 Turbo
F75 dupla de fábrica
Del Rey conversível (eram na verdade Corcel II modificados)
Del Rey automático
Pampa Engerauto Spartakus 4x4 1995 (não confundir com a "Duo").
Pampa "Topazzio"
Belina "Futura"
Belina 4x4
Chevette Jeans 1979, bancos e as laterais em tecido jeans
Chevette 4 portas
Chevette Ouro Preto
Chevette GP e GPII
Chevette S/R
Chevy 500 automático
Monza Hi-tech, com acabamento interno e externo de Monza SL (bem simples) mas com os acessórios do Monza Classic SE que havia saído de linha no ano anterior em 93, disco nas 4 rodas ABS e painel digital
Monza EF
Monza 650
Monza SR 2.0
Kadett automático
Kadett GL 2.0 álcool
Kadett Sport
Vectra GSI "camaleão"(?)
Omega sem vidro elétrico
Caravan 4 portas (em verdade uma transformação)
Fusca Itamar preto
Passat Plus 1.8
Passat Flash
Passat Paddock
Passat TS
Passat GTS Pointer
Passat 4 portas
Voyage e Parati plus
Parati GLS
Polo 1,0 16V
Kombi diesel
Quantum Sport (a branca tinha até as rodas com detalhes da cor)
Santana Executive vinho
Santana Sport 93 2p
VW SP1
Gol "C" (é, mais básico que o CL. Tinha "quebra-ventos" fixos, banco baixo na dianteira e 4 marchas)
Gol GT cor champanhe
Gol GTI 16V com interior vermelho
Golf GTI com interior creme, 2 portas
PAG/Nick, Dacon
Duna
Uno com computador de bordo
Tempra 16V 2p
Palio com teto solar (manual)
Palio com airbag e ABS
Siena e Weekend série MTV


Vejam abaixo algumas "moscas brancas" tiradas de edições da Quatro Rodas.

Chevette GP 1,4 (68 cv), o Corcel II GT 1,4 (76 cv) e o Passat TS 1,6 (96 cv) que tinham velocidades máximas de 138, 147 e 166 quilômetros por hora, respectivamente.


Passat alongado pela Dacon com 2,72 metros de entre-eixos (25 cm a mais).


Maverick Station Wagon feita pela Souza Ramos que poderia ter motores 4 ou 8 cil. dependendo do carro-base e ficava entre a Caravan 2 portas e a Veraneio.