google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Para quem não conhece a lenda: Mr. V8 e DEZ CARROS
Lá vou eu falar de van de novo. Vai ver é por que a família cresceu recentemente e agora olho as minivans com outros olhos. Mas vou falar sobre a mãe delas todas, a incomparável Dodge Caravan e suas irmãs gêmeas. Lembrando que mini é um conceito relativo, pois aqui no Brasil um veículo de mais de 5 metros de comprimento é considerado uma banheira enorme.

Mas em sua terra natal, a história é outra. Ela nasceu de uma idéia de Lee Iacocca ainda nos tempos da Ford, e que foi colocada em prática quando de sua mudança para Chrysler. A marca da pentastar andava mal das pernas e lançou uma família de carros, chamada de K car (Dodge Aries e Plymouth Reliant). Pequenos por fora e espaçosos por dentro, com tração dianteira e motores de 4 e 6 cilindros, venderam bem e ajudaram a Chrysler a sair da lama.

Logo após, derivam a plataforma, criando a plataforma S e um produto que veio a ser um campeão de vendas, as minivans Dodge Caravan e Plymouth Voyager. Três fileiras de bancos e cabiam em vagas para carros. Na primeira geração foram equipadas com motores 4-cilindros e V6, Dodge e Mitsubishi, entre eles uma rara opção de 2,5 litros e turbo com caixa manual de cinco marchas. Em 1987 foi oferecida com entreeixos maior, como a da foto aí embaixo.

A segunda geração é uma variação da primeira, já a terceira chegou totalmente remodelada e continuou o sucesso das gerações anteriores. Mais espaço e visual bem mais moderno lhe renderam prêmios de Carro do Ano em 1996, ano de seu lançamento. Em 1999 surgiu a versão EPIC, elétrica, capaz de 80 milhas com uma única carga. Só era vendida para frotas de leasing, apenas algumas centenas foram fabricadas e, findo os contratos de leasing, foram recolhidas e destruídas.

Andei com uma 2006 (quarta geração, praticamente igual à terceira) por quase 1.000 km em viagem nos EUA. É impressionante a docilidade dela mantendo médias de 130 km/h. O V6 3,3-litros, agora com 180 cv, move a van de 5 metros sem esforço. Mas tirando algumas frescurinhas a mais, como acionamento elétrico para o vidro basculante lá de trás, é o mesmo carro que aluguei em 1997 (na ocasião uma Plymouth Voyager com o mesmo V6). Em time que está ganhando, convém não mexer.

Por último, a quinta geração, que deve ter o dedo da DaimlerChrysler. Disponível agora um V6 4-litros de 254 cv, caixa automática de seis marchas e entretenimento a bordo digno de um home-theather. Existe um clone VW, nada mais que uma Caravan 'rebadged', exclusiva para o mercado americano. Agora só fazem a versão longa, a curta morreu dando lugar ao crossover Dodge Journey, que tem o mesmo entreeixos da curta.

Pena que em nosso país, por culpa de impostos abusivos, essa excelente minivan chegue com preços pra lá dos 100 mil reais, sendo inacessível para maior parte dos consumidores, que têm que se contentar com uma Zafira se a família for grande.

Mais detalhes em: http://en.wikipedia.org/wiki/Dodge_Caravan



Os adventos da evolução tecnológica no mundo automotivo trouxeram muitas novidades. O controle de tração, air bags múltiplos, sistemas de cruise control por radar, as transmissões automatizadas seqüenciais e com elas, as "borboletas". Muitos vão dizer que meus comentários serão antiquados, que sou reativo, e de fato estou sendo um pouco.

Com o uso das transmissões automatizadas (automatizadas não são as caixas automáticas) no mundo das competições em busca de maior velocidade de troca e alguns centésimos de segundo em uma volta, não iria demorar para que esta tecnologia fosse aplicada nos carros de rua. Creio que o grande impacto no mercado veio com com o modelo F355 F1.

Tecnicamente, é genial. O piloto/motorista não precisa tirar as mãos do volante para trocar de marcha, o que é excelente, muito mais seguro. As trocas já são bem mais rápidas do que seriam com um piloto profissional e uma transmissão manual de engates curtos. Exemplo: Ferrari 430 Scuderia, com troca de marcha em 60 milissegundos, inegavelmente impressionante.

Mas, ainda falta alguma coisa. A tecnologia roubou a diversão de dirigir, trocar de marcha com uma simples alavanca e um pedal de embreagem. Certa vez fiz uma viagem de aproximadamente 350 km, passando por algumas boas estradas secundárias, com um carro equipado com uma transmissão seqüencial de seis marchas, inclusive com ajuste de tempo de troca de marcha, bem interessante tecnicamente. Mas poderia ter sido melhor, ficou faltando a sensação do controle maior sobre o carro. Foi um pouco "sem sal". Havia a possibilidade de troca pelas borboletas atrás do volante, bem como toques para frente ou para trás na alavanca do painel central. Pensei que com a alavanca seria um pouco mais interessante, de fato foi, mas ainda não o suficiente.

Se eu fosse escolher um carro para uma competição séria em pista, visando apenas resultados, com certeza seria uma transmissão seqüencial, mesmo porque não sou piloto profissional e um seqüencial de trocas rápidas seria muito bem-vindo. Agora, para uma viagem, ou mesmo um evento tipo track-day, voto na manual.


Corria o ano de 2000. Eu era um dos dois gerentes de relações com a imprensa da GM. Naturalmente, eu era mais focado em produto do que o outro.

Estávamos com um sério problema: o Corsa sedã 1-litro recebia críticas da imprensa especializada pela falta de força para arrancar em subidas. Tomou um enorme cacete do Boris Feldman, do Estado de Minas, que saiu com essa manchete no Caderno de Veículos do jornal, referindo-se ao modelo: "A marcha à ré do ano".

Decidi que os carros de teste 1-litro seriam cedidos à imprensa sem os tapetes de borracha que normalmente eram colocados. Primeiro, era um erro, pois os carros não são produzidos com tais tapetes. Segundo, eram 8 kg a mais nos carros (2 kg cada tapete). Numa arrancada em subida, faz diferença. Quem lidou anos com carro de corrida sabe o que peso significa.

Os Porsches 917 tinham a manopla da alavanca de câmbio feita de madeira balsa...