google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Eu acredito que a AMG começou a morrer quando foi incorporada à Daimler-Benz (ou DaimlerChrysler, Daimler-something, ou qualquer outro nome que a empresa tenha hoje). Morreu de vez quando deixou de pegar motores Mercedes e prepará-los, passando a fazer motores próprios recentemente, com o V8 de 6,3 litros.
Ela agora quer ser M-Power. Ninguém mais se contenta em ser o que é hoje em dia? Meu Deus...


E imagino se os pedantes donos de AMG's modernos sabem que no fundo são iguais aos donos desse Galant velhinho...


(fotos tiradas do blog Jalopnik.com)


MAO
Há algum tempo escrevi umas linhas para uma colega jornalista, resultado de bate-papo durante o jantar num lançamento. A conversa versava sobre os repetidos e inadmissíveis erros dos jornalistas brasileiros quanto a alguns termos e conceitos. que informavam mal e, pior, deseducavam. A essas linhas dei o nome de "Os quatro cavaleiros do apocalipse editorial brasileiro". Vamos a eles:

Cilindradas


Nunca se deve escrever ou dizer "1.600 cilindradas", pois cilindrada não é unidade de volume, mas uma medida, uma grandeza. Cilindrada é o volume total deslocado pelos pistões e as unidades de volume no nosso sistema de medidas são o centímetro cúbico (cm³) e o litro (l ou L).

No exemplo acima só se pode escrever "1.600 cm³". Como 1.000 cm³ é igual a 1 litro, quem não quiser usar centímetro cúbico pode usar litro. No caso, 1,6 litro. Mas nunca 1.6 litro: a parte inteira da fracionária se separa por vírgula, não por ponto.

A revista Road & Track de janeiro de 2009 tem estampada na capa o novíssimo Nissan 370Z, sucessor do 350Z. A chamada diz: Menor, mais leve, mais rápido.

Ao contrário da maioria das marcas e modelos, esse carro não está mais pesado, nem maior na sua atualização. Graças ao céus da Engenharia isso aconteceu e tenho mesmo esperança que se alastre por todas as marcas do mundo.

Muito se fala em mais economia de combustível e as soluções mais mirabolantes são mostradas e tentadas, deixando-se como pouco importante a menor massa para diminuir consumo e/ou melhorar acelerações.

Sabemos que é uma tarefa dificílima diminuir a quantidade de material que se coloca em cada peça de um carro, mas essa é uma das tarefas nobres dos engenheiros, que deve ser estimulada sempre.

Há ferramentas e materiais para se triunfar sobre a gordura automobilística. Basta trabalhar de verdade.

Escrevi isso pensando sobre a crise das fábricas americanas e achei digno de colocar aqui.

O pessoal da América acredita na Disneylândia!

Acho que a GM precisa de um (Carlos) Ghosn para tomar as ações necessárias com o devido sangue frio e sem restrições emocionais. Exatamente o tipo de pessoa que eu detesto, mas reconheço ser necessária em algumas circunstâncias.

Já passou do limite do pessoal da GM continuar acreditando no Mickey.

O bom é que o roll-out de produtos da GM é competitivo.

Além de passar a faca em pelo menos umas quatro marcas, esse samurai deve derrubar a gestão da Opel também e colocar lá alguém que se comunique com os EUA. Na verdade eu colocaria um alemâo nos EUA e um americano na Alemanha, para cada um sentir o drama do outro. Acima deles um japa impiedoso e insensível.

Reduziria drasticamente o número de modelos e opções e faria poucas pesquisas de mercado, ou nenhuma. Todo mundo sabe o que o cliente quer é bem simples: "paz de espírito". Comprar algo que não lhe traga problemas em nenhuma área, desde a compra em si ao uso do produto, no pós-venda, até à troca por um novo. Ter o melhor motor, o mais econômico, o mais confortável, o mais bonito, o mais rápido, é bom pra dar assunto aos publicitários e jornalistas menos experientes. Mas para o consumidor comum, a grande massa, nada disso importa mais do que a "paz de espírito".

Me fale qual produto da Toyota ou Honda é o melhor da categoria em design, conforto, equipamentos, desempenho etc. Todos os modelos são muito bons em tudo e excelentes em qualidade desde o atendimento na hora da compra, passando por todo o ciclo de vida na mão o do cliente, mas nunca melhores em tudo. Ou seja, são conjuntos impecáveis que entregam "paz de espírito" a seus proprietários. E se o cara tem paz de espírito ele compra outro.

Às vezes o cara se seduz por algum outro modelo concorrente e se arrisca. Mas assim que sua paz é perturbada ele volta para os japas arrependido e completamente convencido.

Eu vejo isso acontecendo direto.

Continuo achando que o melhor dos mundos seria aliar a assepsia oriental com a emoção ocidental. Quem sabe com esse esquema de culturas cruzadas na gestão isso não daria certo?

Desculpem por esse post nada entusiasta e dirigido à massa. Porém, ao fazer carros que a grande massa compre, sobra grana pra fazer carros para entusiastas.