google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

O ser humano tem motivos dos mais inusitados pra realizar suas vontades. Dentre elas, claramente estão os "desafios" de "enfrentar" os "mais" e os "maiores". Existe cultura mais inútil que o Guinness book? E existe há décadas e sempre aparece algum incauto querendo ser o melhor ou escalar o mais alto, ou ser o mais rápido...

A foto acima é da estrada que leva ao mais alto "passo de montanha" (mountain pass) da Itália, o temido Passo dello Stelvio (clique pra ver melhor). Passei por essa estrada na minha primeira longa viagem de moto pela Europa. Alguns desistiram pelo caminho. Apesar de ser setembro, e uma frente fria inesperada nos fez passear de moto a -4 graus Celsius dias antes e tornou a visão dessa estrada bem sombria, com um nevoeiro intenso e muitas curvas molhadas. Imaginem que o vento vem lambendo essa montanha e cada curva fica com alguns palmos de neve que demoram a derreter. Quando derretem, fazem as curvas (apenas as curvas) ficarem com um filete de água constante. De moto, não é a melhor das experiências.

Chegando lá em cima, o ponto mais frio tem ainda mais neve. Pra limpar a estrada da neve, sal, muito sal. Os primeiros 500 metros do outro lado da montanha foram off-road puro... de moto esportiva!!

Então, recapitulando. A estrada não tem asfalto perfeito, 95% das curvas são de 180 graus (um saco pra se fazer de moto), muitas estão sempre molhadas e chamando pra um tombo besta, o nevoeiro não permitia apreciar a paisagem, estava muito frio, o guard-rail é perigosíssimo pra motos, havia sal no asfalto pra "receber os corajosos"... por que, então, percorrê-la? Porque ela está lá! Porque ela inspirou um monte de gente a botar a moto na estrada, nem que seja pelos adjetivos "mais" e "maior" espalhados por Stelvio. Bons tempos em que não haviam os chatíssimos túneis de 20 km por baixo dessas montanhas!!!

Não, não foi a estrada mais legal, nem a mais emocionante, não deu pra acelerar nem frear como se deve, mas está aí, me inspirou, rendeu boas histórias e espero que inspire outros viajantes a cair na estrada pra encontrar a sua estrada perfeita.

Boa viagem!

MM



Se vamos falar de Green Cars, vamos falar também de híbridos, que como todos sabem são os carros europeus com motor americano!

Só valem com motores efetivamente fabricados nos EUA e o carro, na Europa. Isso exclui Simca Chambord (carro francês com motor Ford flathead, mas tudo feito na França), Morgan e outros com o V-8 Rover (que é na verdade Buick).

Exclui também várias gerações de Holdens V-8, porque era feito na Austrália, apesar de ser um dos melhores híbridos.

Comecei esta lista achando que ia terminar ela com o ACE-Harley, mas apesar de toda a pinta de inglês, o carro é feito nos EUA!

1) Iso Grifo A3L:
Capolavoro de Bertone por fora, De Dion com freios inboard atrás e um V-8 de Corvette. Eu gosto de todos os Iso, mas este...Só não consigo me decidir entre o leve small-block e o violento (mas menos equilibrado) sete litri (big block 427 pol³), que chegava a 300 km/h.

2) Monteverdi Hai:
Hemi 426 no meio do bicho. Na verdade, debaixo do cotovelo do motorista, praticamente. As vibrações devem causar efeito afrodisíaco...Fabricado na Suíça, por parentes do Belli.

3) Jensen Interceptor/FF:
Debaixo do capô, Chrysler big block. Esse inglês tem talvez o nome mais legal já colocado um carro. E o FF era um carro antes de seu tempo, com ABS mecânico (Dunlop Maxaret) e tração total permanente, sistema Ferguson, em 1966.

4) AC Shelby Cobra:
O mais famoso híbrido. Carrinho esporte inglês que costumava ter 2 litros, mas que acabou com sete.

5) De Tomaso Mangusta:
Para os fãs de motor Ford. Dizem que o Pantera é melhor, mas o Mangusta é mais bonito e 30 vezes mais cool.

6) Facel Vega Excellence:
Escolhi o 4-portas entre os Facel por mostrar que não só de carro esporte vivem os híbridos. E vive la France!!!

7) Opel Diplomat:
Carro de luxo alemão com 327 de Corvette. How COOL is that?

8) Bristol 412:
Feio pacas, mas um carro único e de personalidade forte, na lista em homenagem ao meu ídolo LJK Setright. E com o small-block Mopar turbinado, rápido como poucos.

9) Iso Grifo A3C/Bizzarrini GT Strada:
O motor está tão recuado em sua posição central-dianteira que para se trocar velas se abre uma janela no PAINEL DE INSTRUMENTOS. Giotto Bizzarrini, pai do Ferrari 250 GTO, considera esse sua obra-prima.

10) Jensen Tourer, 1930's:
Tão baixo e belo como um Alvis Speed 20 contemporâneo, mas graças ao V-8 Ford flathead, mais veloz e mais barato.

Monteverdi Hai
MAO

Não bastasse a Honda abandonar a F-1, como citado pelo Bob Sharp, agora a Audi também vai deixar de ter equipe oficial na American Le Mans Series.

O R10 será aposentado e aparentemente não será vendido para equipes particulares, como foi o seu antecessor, o R8. Para o próximo ano, a Audi apenas participará da prova de abertura da ALMS para estrear (com vitória?) o novo modelo, o R15, e depois apenas correrá na 24 Horas de Le Mans.

Com isso, a Audi apenas terá equipe oficial no DTM, com o A4, e no GT3 Europeu, com o novo R8 LMS.
O MAO foi falar logo do Buick Grand National, um carro que está entre meus preferidos. Mas conseguir um não é tarefa fácil, aqui nunca vi um rodando e mesmo no ebay não se acha esses carros a preços baixos. Nesse caso, quando me ofereceram um carro nacional que, guardadas as devidas proporções, tem um pouco a ver com o Buick turbo, não pensei duas vezes. Arrumei um carnezinho e coloquei mais um carrinho na garagem.

O Uno Turbo foi em sua época o protótipo do baixinho abusado, que não leva desaforo pra casa. Não era o mais veloz nem o mais rápido, mas se você estivesse num Omega 3.0, num Tempra Stile ou mesmo num BMW 325i e provocasse um, ia se assustar com o carrinho, irmão mais forte e bom de briga do popular mais barato. O valente motorzinho 1,4-litro com turbocompressor rendia 118 cv e, num carro de pouco mais de 900 kg, era a certeza de poder andar junto de carros maiores e mais potentes.

Durou pouco, três anos-modelos, mas não três anos inteiros de produção. Restam poucos em bom estado, pois a maioria foi usado e abusado. E ainda que carros mais rápidos e melhores de "handling" tenham surgido depois dele, acho que nenhum (nacional, pelo menos) representa o que ele representou em sua época.