google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Ao contrário da opinião pública, as station wagons são carros com grande potencial entusiástico. Não são apenas carros de mãe que vai buscar os filhos na escola depois de passar no supermercado. As estates, como são chamadas em outras regiões do mundo, podem unir o útil ao agradável.

A praticidade, capacidade de carga e o conforto são pontos importantes para a decisão de compra de um automóvel familiar, ou mesmo para uso individual, caso o comprador seja alguém que carregue muitas tranqueiras para cima e para baixo. Unindo tudo isso a um bom desempenho, fazem delas uma grande opção que possa agradar tanto os práticos como os malucos.

A grande maioria dos fabricantes, principalmente os germânicos, possuem modelos estate de alto desempenho. Podemos dizer que a atual era começou quando a Audi apresentou ao mundo a RS2, a versão Porsche-powered da estate do Audi 80. Com nada menos que 315 cv, tração integral e um câmbio de seis marchas, era um monstro disfarçado de carro familiar. Uma das minhas favoritas neste quesito, ainda mais se for na cor azul Bugatti -- ou azul "Ruffles", como também poderia ser chamada.

Atualmente, o mercado está com grande leque de opções, a Audi possui a RS4 e RS6, a Mercedes com a C63 Estate e a E63 Estate, a BMW com a M5 e logo mais com a M3 e até a americana Chrysler com a 300C Touring HEMI. Até mesmo em competições já tivemos wagons correndo, como aconteceu no Campeonato Inglês de Turismo, com a Volvo 850 T5 Estate da equipe de Tom Walkinshaw. Foi uma grande jogada de marketing da Volvo e um belo trabalho de engenharia para modificar a 850 e deixá-la competitiva.

Estates esportivas são, sim, carros para entusiastas, o que poderia ser mais prático do que ir com o carro cheio de equipamentos até um circuito, andar na frente de Lotus e Porsche, ou uma pista de arrancada, descarregar tudo, fazer o quarto de milha em menos de 13 segundos, carregar tudo de novo e ainda passar no supermercado e fazer umas comprinhas? Way cool.


Rio de janeiro, 1984. Era do Loy Damásio e eu vi esse carro acelerando. Muito bacana. Motor GM 350, de Corvette, com direito a angle plug heads e tudo mais, caixa automática, eixo Dana 44 de Maverick. Na época era um carro novo, normal, devidamente preparado para arrancadas. Muito legal, muito bacana. Bons tempos.


Tem um cara que eu admiro muito chamado Steve Magnante. Moparzeiro de carteirinha, um cara que tem entusiasmo por um slant six e o mesmo tempo por um Hemi.

Ele tem um Dart 67, vermelho com teto preto, e eu amo esse carro. É um sedã 2-portas, não um cupê hardtop como os que tivemos aqui. Tem um motor Wedge normal com cabeçotes stage V, que são uma forma de montar um Hemi num bloco Wedge comum. Uma das muitas coisas bacanas que ele fez, e de quebra escreveu uma longa história em algumas revistas automobilísticas contando essa e outras fanfarras sobre automóveis, como um tutorial do buzzin' half dozen, um completíssimo guia de como fazer um muito bacana /6 com 232 polegadas cúbidas usando tanto um bloco de alumínio do início dos anos 60, quanto um regular de produção de ferro fundido.

Um cara muito gente boa.


Em tempos de comunicação instantânea e online, cada vez mais rápido e de maneira uniforme, muda o comportamento humano. As tendências se espalham e um garoto roqueiro do Itaim Bibi mais rapidamente se parece com um garoto roqueiro de Londres. Ambos se vestem igual, ouvem as mesmas músicas, freqüentam o mesmo tipo de festa etc. O mesmo acontece com os carros.


Uma prova disso foi a recente adoção do branco como padrão de beleza para os carros. A maioria dos grandes lançamentos de 2008 foram apresentados primeiro na cor branca. Foi assim com o novo M3, o Nissan GT-R, entre outros. As versões especiais dos hot hatches europeus saíram somente em branco e até no Brasil o antes execrado branco hoje é visto com bons olhos nos fóruns automobilísticos, pelo menos pelos usuários de fora de São Paulo.


Num exercício de futurologia, afirmo que a próxima onda, ou melhor, uma das próximas ondas, será o que batizei de detuning. Todo mundo que trabalha com estética e estilo tem por obrigação manter um olho nas ruas, saber o que acontece, qual é a música que tanto o jovem do Itaim quanto o de Londres estão ouvindo. O mesmo acontece com as áreas de estilo das fábricas automobilísticas, a grande maioria bebe na fonte da customização dos carros.


Com esse olho clínico nos comportamento dos donos de carro, algumas fábricas exageram no “estilo inspirado nas ruas” e aí entra o detuning. Empresas de peças aftermarket vão produzir acessórios que tenham por objetivo tirar um pouco do aspecto customizado dos carros. Um exemplo de detuning já acontece nas lanternas dos novos Subaru WRX e WRX STI. Essa “desmodificação” tem tudo para virar um best-seller.


O próximo produto que urge a ser criado é aparelho para desligar os “leds que não desligam” da nova linha Audi, que a Porsche vai adotar e que certamente vai ser seguidas por outras fábricas.