google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)




Em 1926, Ettore Bugatti vai até Paris e compra um magnífico, novíssimo e recém-lançado Packard Super 8 seven-passenger Tourer, no maior dos entreeixos disponíveis, de 143 polegadas (3,6 metros!).

Este carro serviria para balizar o desenvolvimento do novo Bugatti, o famoso Tipo 41 “La Royale”. Então, quando Ettore Bugatti chegou ao Grande Prêmio da Alemanha daquele ano com um magnífico leviatã de 4,3 metros de ENTREEIXOS e quase 13 litros de cilindrada, a carroceria dele era um tourer de 7 lugares. E com as plaquinhas “Body by Packard – East Gran Boulevard, Detroit, MI” removidas, obviamente.

Algum tempo depois, em 1929, Leon Duray levava seu Miller “91” de tração dianteira para o recém-acabado “Packard proving grounds”, em Utica, MI. Lá, Duray bateu vários recordes de velocidade para carros de 1,5 litro em circuito, a mais de 250 km/h.



 No ano de 1957, Ed Cole finalizava os protótipos de seu novíssimo flat-6 arrefecido ar de 2,3 litros, todo de alumínio e com dupla carburação. O carro que levaria este motor era a menina dos olhos de Cole, o Corvair. Cole sonhava com este avançadíssimo compacto desde seus anos de Cadillac e agora, como engenheiro-chefe da Chevrolet, podia empurrar o revolucionário conceito. (Cole viria a ser o "presidente" da Chevrolet, e depois executivo-chefe da General Motors, até 1975).

Mas como o carro ainda estava anos à frente em 1957 e Cole queria muito experimentar o motor, fez o inusitado: comprou alguns Porsches 356 e montou o motor, câmbio e suspensão traseira do futuro Corvair nos carros... Efetivamente, criou o que se tornaria o 911, sete anos antes da própria Porsche....

Cole levou um deles a Pikes Peak, se divertiu horrores com o "911", e o resto é história.
Continuando nossa viagem, vamos ainda manter em mente a imagem do motor como uma orquestra.

Mas o que é mesmo que uma orquestra produz? Ah, sim!!! Música!!! Um motor também produz o seu próprio tipo de música. Fora o óbvio ronco do escapamento, a música que o motor cria é a potência que ele entrega à transmissão.

A potência do motor é um fator importante na compra de qualquer carro. Afinal, ninguém quer comprar um carro fraco, certo? E como é que costumamos escolher o carro mais forte, ou o menos fraco, dentro daquilo que podemos pagar? Isto é obvio! Basta olharmos para a potência máxima! Um motor com maior potência máxima que outro certamente é mais forte, não é mesmo? Acontece que a coisa não é bem assim...

A potência máxima ocorre numa condição muito específica do motor. Ela acontece quando comandamos que o motor suporte o máximo que ele pode agüentar, e isto numa determinada rotação. Mas esta condição ocorre muito raramente na prática. Nenhum motorista anda absolutamente o tempo todo com o acelerador totalmente aberto e exatamente na rotação de potência máxima. A maior parte do tempo que o motor de um automóvel trabalha, ele o faz com aceleração parcial e rotação abaixo daquela de potência máxima. Em outras palavras, o motor é usado na maior parte do seu tempo com potência parcial.