google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Punto
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Foto: Divulgação Hyundai



No final de 2010 fiz uma lista comparando os hatches compactos que podiam ser comprados com 40 mil reais. Não testei nenhum deles, a intenção foi comparar do mesmo jeito que fazemos quando começamos o processo de escolha de um carro novo, olhando modelo por modelo e comparando a dotação de equipamentos, além do preço de cada um. De lá para cá, tivemos novidades, e não foram poucas. Além disso, os fabricantes, já de olho em 2014, se anteciparam e começaram a equipar modelos dessa faixa de valor com bolsas infláveis duplas e freios ABS como itens de série.

VOLKSWAGEN

O Gol 1,6 4 portas, na versão Power, custa a partir de R$ 39.150, já com bolsas infláveis e freios ABS, porém, a VW deu com uma mão e tirou com a outra, pois o modelo não conta com ar-condicionado como item de série. Adicionando o desejável equipamento, a conta sobe para R$ 41.871 e mostra que o preço subiu junto com os itens adicionados. Um carro bom de guiar, com bom acabamento, mas que fica devendo em arrojo. Se você quer o mesmo carro, mas com pé direito mais alto, esse carro é o Fox, a R$ 43.350 com os mesmos equipamentos do Gol, ou seja, sem vidros com acionamento elétrico. Mais espaço, menos esportividade, bancos mais altos, a mulherada gosta. E o mais antigo do grupo, o Polo, ainda está na área, custando a partir de R$ 46.060 com os equipamentos dos irmãos e com acionamento elétrico dos vidros. Os três modelos podem ser equipados com a caixa de marchas robotizada ASG por aproximadamente R$ 2.600. Num alemão macarrônico, eu diria: Volkswagen é Das Teuer, Volkswagen é o caro !

CHEVROLET


Subimos de patamar, e dessa vez vamos comparar os hatches pequenos 0-km que encontramos nessa faixa de preço. Uma coisa que chama a atenção é a sobreposição de modelos dentro da gama de um mesmo fabricante, a VW chega a oferecer 3 modelos com preços semelhantes.

Não fui detalhista a ponto de comparar item por item, nem tive a oportunidade de analisá-los com mais calma no Salão do Automóvel a ponto de perceber diferenças de acabamento e qualidade dos materiais empregados nos veículos aqui listados. Todos são equipados com direção assistida e ar-condicionado.



Já que nosso amigo Bob Sharp comentou sobre os novos motores FPT para o Fiat Punto, podemos fazer uma avaliação do modelo antigo, equipado com motor GM 1,8-litro.

No caso em específico, falamos do modelo HLX, intermediário entre o ELX 1,4-litro e o Sporting 1,8-litro. Acima deles ainda há o T-Jet 1,4-litro turboalimentado, já na tendência do downsizing, a de motores menores e sobrealimentados.

O Punto foi um dos últimos grandes lançamentos da Fiat no Brasil de um modelo inteiramente novo no mercado, em 2007. Desenhado por Giugiaro, foi um sucesso de público no quesito design e interesse geral, e com as duas opções de motorização aspiradas, especialmente a ELX de menor valor, fez suas vendas irem muito bem, obrigado.

Fora o design da carroceria, o interior é muito bem-resolvido, com um painel muito agradável e funcional. Os detalhes como molduras cromadas e acabamento em piano black (preto brilhante) no console central mostram boa qualidade e preocupação com a aparência. Os bancos são confortáveis, mas poderiam prover um pouco mais de apoio lateral para reter melhor o corpo nas curvas um pouco mais rápidas. O espaço interno na frente é muito bom, mas se os ocupantes da frente forem altos, o pessoal do fundão vai ficar um pouco apertado, mas nada crítico. O espaço prático do porta-malas é um pouco melhor que de um Palio.

A posição de dirigir é um dos pontos altos do carro. O volante, equipado opcionalmente com os comandos do rádio e com regulagem de altura e disttância, tem bom desenho e é confortável para longas viagens, sempre achamos uma boa posição que não cansa. O grande curso do movimento de ajuste de distância e a regulagem de altura do banco permite que qualquer pessoa dirija o carro em ótima posição. Curiosamente, a logomarca do carro sugere uma pessoa sentada dirigindo, mas com os braços totalmente esticados, posição completamente errada de se dirigir.

O motor 1,8-litro é o mesmo da linha GM, como da Montana e do Corsa, com 114 cv no álcool, suficientes para o tamanho do carro. O motor não é tão liso como no Palio 1.8R, mesmo sendo (teoricamente) da mesma geração, mas no Punto ele está um pouco mais áspero. O torque em baixa rotação é bom para o trânsito de grandes cidades, para manobrar rápidas de mudança de faixa. Na estrada ainda falta um pouco, pois o carro em velocidade de cruzeiro, ao redor dos 120 km/h não fica tão responsivo quanto em velocidades menores, mas não chega a incomodar.

Em cidade, o consumo utilizando o álcool como combustível varia entre 7 e 8 km/l e na estrada chega aos 11 km/l. Na gasolina, faz respectivamente 9 e 14 km/l, em condição normal com um pouco de carga.

No geral, o Punto agrada bastante, por ser um carro com desenho atual, interior muito agradável e de bom gosto, e desempenho normal sem pretensões. É uma boa opção para quem procura um hatch um pouco mais refinado e de preço mediano.

MB