O Carlos Mauricio Farjoun publicou aqui dia 11 de abril passado um precioso texto sobre as faixas exclusivas para ônibus da cidade de São Paulo, e isso me estimulou a aproveitar o gancho para acrescentar mais um ponto de vista, o de quem anda de moto quase todo santo dia numa cidade grande como a capital paulista, que é meu caso. Apesar de se tratar de assunto 100% paulistano, que poderá pouco ou nada interessar a quem não mora nesta metrópole, peço paciência aos forasteiros: no mínimo a leitura lhes servirá para reflexão sobre a loucura da civilização e as conseqüências ruins do excesso de aglomeração.
As polêmicas faixas exclusivas de ônibus são uma espécie de menina dos olhos da
administração petista da capital paulista chefiada por Fernando Haddad. Na teoria o prefeito está coberto de razão, já que estimular o transporte público é o certo. Mas mesmo fazendo "o certo" ele errou, e irá para inferno por conta disso pois, como bem exposto por Farjoun e tantas outras mentes que
realmente pensam, fez a coisa certa do jeito errado. Resumindo, não é apenas com um pincel e uma
lata de tinta branca que promoverá justiça, quebrando o paradigma do transporte individual encampado pelas administrações anteriores com fé e determinação.