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Ferrari 126 CX de 1981 testando o Comprex |
Provavelmente o menos
conhecido sistema de superalimentação
utilizado em veículos seja o Comprex.
Houve uma época em que
se falou um bocado dele no meio técnico-automobilístico, início dos anos 1980. A Fórmula 1 havia adotado em seu
regulamento, a partir de 1966, a possibilidade da comprimir o ar de admissão, mesma situação
que irá ocorrer esse ano com os motores V-6 turbo — só que obrigatório, enquanto que em 1966 os motores podiam ser até 1,5-litro superalimentado ou 3 litros de aspiração atmosférica. Levaria 11 anos para alguém se lançar na receita de motor menor: coube à Renault inaugurar a chamada Era Turbo na F-1, em 1977, com o RS 01. A regra da opção durou a até o final de temporada de 1988, embora nesta e na anterior os motores de aspiração atmosférica pudessem ser de até 3,5 litros.
O nome Comprex vem de
“compressão–expansão”, e tem o nome técnico de compressor de ondas de
pressão. Movido por uma correia, atua
desde a marcha-lenta, já mostrando aí a vantagem em relação aos
turbocompressores, a eliminação do atraso de resposta (turbo lag) presente em
praticamente todos os carros com esse conjunto mecânico, que a cada dia recebem
mais duendes eletrônicos para matar as características não-lineares, fazendo
até mesmo motores turbo muito potentes terem funcionamento sedado e pasteurizado,
sem vícios, manhas ou qualquer outra politicamente incorreta.
Mas até aí, ser atuado
por correia pode fazer imaginar que seja como os compressor mecânico, os
populares blowers (sopradores) e os mais raros compressores volumétricos. Mas o Comprex é outra coisa.