Alguém aí consegue imaginar o que a Nissan vendia no Japão evocando as bucólicas paisagens alemãs e a famosa " Romantische Strasse" ?
Uma dica: um cara grandão que escreve para este blog é fanático pelo carro...
Pois é, o VW Santana, muito parecido com o nosso. De diferenças, apenas a direção do lado direito e o motor Audi de 5 cilindros em linha e dois litros, com injeção eletrônica. O carro era distribuido no Japão pela Nissan. O carro era fabricado na Alemanha mesmo.
A Nissan hoje pertence a Renault, mas em 1985, isso era um futuro inimaginável...
A Nissan hoje pertence a Renault, mas em 1985, isso era um futuro inimaginável...
MAO
Este primeiro modelo da Santana era um belo carro, sem dúvida um dos melhores nacionais da época. Pena que aqui não teve esse belo 5 cilindros.
ResponderExcluirÉ interessante que quase não temos informações de carro estrangeiros vendodidos no Japão. A impressão é que eles só comprar carros fabricados por empresas de lá.
ResponderExcluirSantana e China é coisa já bem conhecida...mas Santana, Nissan e Japão? Acho que é novidade para muita gente.
ResponderExcluirEsse motorzinho seria a glória se lançado desde o ínicio aqui no Brasil hein? Desde a apresentação do carro - com motor 1.8 de 94 hp's - a imprensa especializada já pedia algo melhor e maior devido a modernidade da plataforma.
Muito legal MAO!
Mister Fórmula Finesse
Eles realmente compram muito pouco carro importado "comum", que não das tradicionais marcas de luxo e superesportivos. Esse Santana por exemplo, não me lembro de ter visto algum por lá, em 1990, quando estive no Japão por um bom tempo. Já o Golf, o Peugeot 205 e o Mini Cooper eram vistos com certa frequência.
ResponderExcluirOlha esses bancos! Que saudade disso! E este APzão!!! Magina a história de preparação no Brasil com este 5 cil por aqui??? Hehehe Uma .70 neste APzão! aiaiaiaiaiai How many HPs? Chutae!
ResponderExcluirAbs
Nós sempre fomos sacaneados por aqui... Que M!
ResponderExcluirA GM que se diferenciava na época para os entusiastas.
MAO
ResponderExcluirObrigado pela citação, fiquei realmente surpreso!
:)
FB
Eis aí outra coisa que eu nem imaginava ter existido. Uma observação: Certamente, lá no Japão, o Santana vinha com direção hidráulica, certo? Digo isto, pois, aqui, quando equipado com esse volante mostrado na foto, nenhum dos que vi - pelas minhas mãos, à época, passaram três - possuía tal equipamento. Aqui, Santana com DH, vinha com o famoso volante "quatro bolas", o dos quatro botões circulares para acionar a buzina. Esse motor bem que poderia ter equipado o nosso. Merecia.
ResponderExcluirWhathafuck is that, sucka?
ResponderExcluirPor mais que eu tente ver de forma imparcial, já que tive um desse por 19 anos (85-04), mas como acho essas linhas são harmonicas! Ultrapassado, sim, mas muito bonito!
ResponderExcluirMais uma vez, perdemos a oportunidade de ter um carro lendário, que elevaria ainda mais a aura de VW nos anos 80 e 90. Já imaginaram em plenos 85-90 um santana CG ou GL, aqueles que vinham com as rodas do Gol GT, berrando os 5 cilindros, tal como os Mareas o fazem, com aquele enebriante ronco? Apaixonite aguda!
É, Volks, nessa voce dormiu no ponto... Não é todo dia que se tem a oportunidade de povoar as cabeças dos entusiastas.
Bitu, achei uma velha Oficina Mecanica em que voce aparece instalando o motor de sua Quantum. Detalhe: na mão, sem usar a girafa! Haja braço e coluna!
Abraço
Lucas crf
MAO, seria bom dar uma corrigida na informação de que o Santana era importado da Alemanha e distribuído pela Nissan. Pelo que li a respeito, ele era produzido localmente pela Nissan, a ponto de isso ser mencionado no site do fabricante (http://www.nissan-global.com/EN/COMPANY/PROFILE/HERITAGE/1980/):
ResponderExcluir1984 # Feb In line with its agreement with Volkswagen AG, Nissan begins production and sales of the Santana.
A vantagem da produção local foi a de baixar o preço do carro para o público japonês, ainda mais pensando que importados sempre foram caros por aquelas bandas. Em comparação aos Santanas de outros lugares, ele teve uma redução de 5 mm na largura para se encaixar em faixa de taxação mais barata (lembremos que no Japão carro mais largo do que 1,70 m paga mais imposto), bem como recebu motores que jamais os feitos fora do Japão receberam, como um 2.0 16v de 140 cv.
A exemplo da Alemanha, o Santana não vendeu muito bem e em 1990 foi substituído pelo Passat III, lançado em 1988 na Alemanha. Esse Passat era apenas vendido pela rede Nissan e, em 1991, passou a ser vendido pela rede Toyota por causa do acordo que gerou a pick-up VW Taro (Hilux da geração passada com logo alemão).
Imagino eu que hoje em dia seja carro bem raro por aquelas bandas, uma vez que só foram feitos 50 mil. Para efeito de comparação, é total 10 vezes menor que a carreira do Santana por aqui.
Segue também vídeo com comercial do caixotão nipônico:
http://www.youtube.com/watch?v=ZyZM6juUidk
Vídeo de um Santanão japa sobrevivente, com direito a ouvir o ronco do motor de cinco cilindros:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=SIN6DhwCpSM
Notem detalhes como o suporte traseiro de placa e os repetidores laterais de seta. Fora isso e as alterações para mão inglesa, externamente é igualzinho a um Santana CD brasileiro de 1985.
Mais um comercial do Santana japa:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=shZORBpd-cQ&feature=related
Aliás, falando em japoneses, não deixa de ser interessante notar que nossos nikkeys gostam bastante do Santana. Conheço dois casos de nikkeys que tiveram o carro, sendo que um deles, dekassegui, adquiriu um raro Sport branco de duas portas quando retornou da terra do Sol Nascente. E, até onde sei, segue firme e forte desfilando com seu caixotão pelas ruas paulistanas.
Que diferença para nosso mercado! Caixa automática, motor melhor e mais suave, quatro portas, tudo haver com um carro familiar e estradeiro. Já aqui...
ResponderExcluirUm belo volks. O mais legal é que o nosso da mesma época era identico, inclusive no acabamento.
ResponderExcluirBons tempos de mercado fechado.
Hoje, escancarado pra qualquer um, tratam o pobre coitado do consumidor brazuca como idiota.
A Renault NÃO é dona da Nissan.
ResponderExcluirO que existe hoje é a Renault-Nissan Alliance, que ocorreu em 1999, com a compra cruzada de ações entre a duas companhias.
Não existe relação de propriedade de uma sobre a outra, mas sim de parceria ou aliança.
abs.
Qual a potência que este 5 cilindros entregava?
ResponderExcluirCom certeza era maior do que os AP 2.0 hehe...
Jamais imaginaria que a Nissan vendeu Santana no Japão... Essa é mesmo do fundo do baú!
ResponderExcluirRealmente, essa carroceria era muito bonita, equilíbrio perfeito de linhas. Mas, para mim, essas linhas ficavam ainda melhores na Quantum, principalmente a vigia traseira mais inclinada que o padrão nas peruas.
Dá para ver onde eles tiraram 5 mm de largura do Santana japonês em comparação ao alemão na foto deste link:
ResponderExcluirhttp://img.motorpasion.com.br/2009/03/vw_santana_1982_1.jpg
Observem que o caixote japa não tem frisos nas bordas do para-lama.
Outra coisa interessante quando notamos o quanto que o projeto dos veículos de outros tempos não facilitava a vida na hora de adaptar o carro para a mão inglesa: notem que o capô do Santana japa é diferente do capô usado no caixote brasileiro ou alemão, por causa da base dos braços dos limpadores de para-brisa. No Santana japonês, as duas concavidades são à direita, enquanto nos de mão normal são à esquerda. Nem é preciso dizer o quão para as cucuias vai a economia de escala por causa de um detalhe simples como esse.
ResponderExcluirRicardo,
ResponderExcluirA Renault detém 43,4% das ações da Nissan, enquanto esta detém 15% das ações da Renault. E, segundo as leis francesas, os acionistas da Nissan não tem direito a voto nas decisões que dizem respeito à Renault. Com assimetrias como essas, palavras como parceria e aliança mais parecem eufemismos.
Lucas CRF
ResponderExcluirBem lembrado! Qualquer dia eu posto essa foto aqui no blog pro pessoal dar risada.
FB
Essa do Santana ser feito no Japão em parceiria com a Nissan eu até sabia, mas vir com motor 5 cilindros (provavelmente um 2.5) e cambio automático de série pra mim é novidade!
ResponderExcluirO ultimo vídeo mostrando o "ultimo dos moicanos" acelerando é algo lindo de se ver! Isso ai "fuçado" deve ser um maravilha :D
Abraços
ass
Kiko Molinari - http://carrosrarosbr.blogspot.com
Kiko, provavelmente o 5 cil era 2.0, com na alemanha.
ResponderExcluirSe acharam estranho um Santana no Japão, o que dizer disso:
ResponderExcluirhttp://i672.photobucket.com/albums/vv83/badgeengineering/shangh4.jpg
O Passat alemão da época tinha opções de motores 5 cilindros 1.9 e 2.1, provavelmente era um desses dois.
ResponderExcluirLembro de ter lido numa Motor 3 um delicioso texto do JLV testando um Passat 5 portas com esse 5 cilindros 1.9 numa viagem até Berlin, atravessando a finada e nada saudosa (exceto para o Flavio Gomes) Alemanha Oriental, com direito a susto no Checkpoint e tudo.
Outra coisa interessante do vídeo com o ronco do Santana japonês é notar o motivo de haver aquele espaço enorme que ficava à frente de nossos Santanas de quatro cilindros e no qual praticamente cabia uma pessoa magra em pé no buraco que ficava.
ResponderExcluirCom o cinco em linha, aquele espaço fica ocupado. Fico também pensando o quão mais pesado era um Santana cinco bocas em relação ao de quatro bocas e o quão mais desequilibrada para a frente fica a repartição de peso entre os eixos, uma vez que o motor dele é todo à frente do eixo dianteiro.
Quem sabe alguém aqui no Brasil tenha considerado que seria melhor esperar pelo AP-2000 e manter, para uma mesma potência que se obteria em cinco cilindros, peso mais contido e distribuição de peso inalterada.
Resolvi dar uma pesquisada sobre o motor 2.0 de cinco cilindros da VW e seu uso no Passat II/Santana. Descobri que ele gerava 115 cv (http://carfolio.com/specifications/models/car/?car=20878). Portanto, não há aqui diferença significativa perante o AP-2000.
ResponderExcluirTambém quis saber o quão mais desequilibrada ficava a distribuição de peso entre os eixos com essa unidade de cinco cilindros, uma vez que ela avança ainda mais para a frente do que um AP. É meio difícil de saber esses dados pelas fontes que tenho, mas pegando uma ficha do Passat GL5S hatch (http://carfolio.com/specifications/models/car/?car=80839), vê-se lá uma distribuição de peso de 64% na dianteira com o uso de uma unidade de 1,9 l (que não deve pesar tanto a menos). Há o problema de o hatch ter traseira mais curta e peso menor, o que significa que provavelmente haja menos peso atrás do que no sedã ou na perua.
Em todo caso, se alguém souber esse dado, seria de grande valia. Por ora, continuo crente de que a VWB escolheu usar o AP-2000 para evitar uma frente mais pesada (e um maior peso geral) para uma mesma potência. O Bob Sharp deve ter algum dado interessante a esse respeito.
Eu tenho um catálogo do Santana 89, japonÊs. Mecânica Audi só para resumir a conversa.
ResponderExcluirAliás, tenho vários catálogos japoneses da década de 80 e 90, principalmente de motos. Herdei isso de um amigo de um amigo.
Não vendo, não empresto e se der tempo, vou digitalizar e envio para vocês. Me lembrem se interessar.
Abraços!
ogogogg, e que vw não usa mecânica Audi? Só mesmo os movidos com motor "a ar", pois todos os motores "a água" da VW são derivados do projeto da Auto Union.
ResponderExcluirCaramba! Fiquei surpreso. Nào sabia de nada disto, muito menos que a Renaul é dona da Nissan. Ai ai ai...Já vou mudar meu sonho do GTR....
ResponderExcluirNão , a info está errada... Ele era montado em CKD na própria Nissan no Japão. Apenas a versão Top d linha (2000 Xi5 Autobahn DOHC) e médias (2000 Xi5 Autobahn e 2000 Xi5) tinham o motor 5 cilindros.
ResponderExcluir''
A produção e venda do Santana no Japão foi iniciada em feveiro de 1984, em um acordo entre a Volkswagen e a Nissan. O modelo utilizava peças da linha VW/Audi, inclusive os motores, as peças que não eram importadas eram fabricadas no Japão, mas seguindo a planta alemã. Inicialmente o modelo estava disponível nos motores 1.6 Turbo Diesel de 70 cv (Modelos GT e LT), 1.8 de 4 cilindros de 90 cv (Modelos Gi e Li) e 2.0 de 5 cilindros de 115 cavalos (Modelos Gi5 e XI5). No ínicio de 1987 o motor Turbo Diesel foi aposentado, e o 2.0 de 5 cilindros estava disponível com 140 cv, onde passou a ser reconhecido como "Santana 2000 DOHC". Havia também a opção da Quantum, que era chamada de Santana Wagon. A sua produção foi encerrada em 1987. Uma das grandes diferenças do Santana japonês era a posição do volante, que como os demais carros naquele país ficava do lado direito.''
Fonte:VWSantana.net
abraços...