google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 UMA PERGUNTA AOS LEITORES - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

UMA PERGUNTA AOS LEITORES

No intuito de fomentar discussão sobre a conveniência e oportunidade do etanol para o Brasil, deixo uma pergunta aos leitores: quanto se gasta de petróleo para se produzir etanol?

Implementos agrícolas (tratores, colheitadeiras e outros veículos de mecanização) são movidos a diesel, bem como os famosos "treminhões" que carregam a cana cortada para cima e para baixo. Nem mesmo as picapes das usinas são movidas a álcool, o que me parece um grande contra-senso.

E quanto aos fertilizantes nitrogenados? A alta do barril de petróleo gera enormes dores de cabeça aos agrônomos, pois influi diretamente no preço dos fertilizantes, necessários para o plantio de feijão, soja e até mesmo cana...

Não me recordo de ter visto, fora da Suécia, nenhum motor de ciclo diesel queimando etanol (fora uma ou outra experiência da Volvo nos ônibus curitibanos, ainda na década de 80). Aqui em São Paulo os ônibus movidos a etanol sumiram do mapa... Por qual motivo?

Se o litro da gasolina pura custa em torno de R$ 1,50 nos países vizinhos, porque é tão cara no Brasil, tão rico em petróleo? Preciso dizer o que aconteceria com a cultura do etanol se o preço da gasolina não fosse mantido alto de maneira artificial?

Perguntas simples, infantis até. Mas de nada adianta discutir detalhes mais complexos se passamos por cima de questões básicas: quanto colocamos de energia fóssil no plantio da cana e quanto tiramos de energia dessa cana plantada?

Fica aí a pergunta aos leitores: essa conta realmente fecha ou é uma brincadeira de mal gosto prestes a completar 40 anos?

FB

59 comentários :

  1. São perguntas muito pertinentes. Também acho que deveriam ser feitas pelos consumidores e respondidas pelo governo.

    A CIDE é mantida para que artificialmente a gasolina fique cara e o Etanol compense. Assim como existe subsidio governamental para que o Diesel seja mais em conta por causa de nossa estrutura de transporte, que depende quase que exclusivamente de rodovias e caminhões movidos à Diesel.

    ResponderExcluir
  2. Se fôssemos um país decente, já teríamos feito panelaço e boicote. Mas o brasileiro prefere apertar daqui, cortar dali e pagar mais caro.

    ResponderExcluir
  3. O Gurgel estava certo...acho incrível o que cobram pelo Etanol hoje em dia, alegando que está escasso no mercado. E ainda querem que os EUA se abram para o nosso Alcool. Aí mesmo é que vai ficar mais caro por aqui.

    O futuro não é Etanol...é Celula de combustível.

    ResponderExcluir
  4. Brasil, o país do lobby e do jeitinho.

    ResponderExcluir
  5. Dále álcool com 1% de água no brasileiro zé povinho!
    Panelaço e boicote? Teria que ser um quebra-quebra dos feios!!!
    Este país não tem jeito não! O "Gérson" não vê vantagem em por a cara a tapa... Levantar do sofá pra quê? Nem subiu tanto assim!

    ResponderExcluir
  6. É provável que o caminhão Chevrolet que aparece na foto utilize o motor 292 motivo à alcool, o famoso canavieiro. hehehe.

    ResponderExcluir
  7. Sorte a minha ''Biciclodinéia'' não ser movida a Etanol, do contrário estaria perdido!.Quando vejo os preços abusivos alí, próximos às bombas, logo me vêm aquela sensação horrível de que um dia o preço dos combustíveis vão ser estabelecidos não por Litros, mas sim por Gotas!.

    Henrique

    ResponderExcluir
  8. Excelente post, com perguntas muito simples... e que não temos nenhuma resposta.

    Hagi, bem lembrado... havia também os dodge canavieiros... com deliciosos V8 318 álcool.

    ô paízinho de m..da

    Quando vamos poder usufruir de alguma vantagem de se morar aqui?

    GiovanniF

    ResponderExcluir
  9. É uma pergunta que sempre me fiz. Se na usina o álcool é quase de graça, porque ela roda praticamente a diesel? E não é por nada não, mas confio mais no Kadafi, no Chavez, nos governos muçulmanos do Oriente Médio do que em usineiro. Foi só o açúcar subir o preço que pararam de fazer álcool. Ainda bem que corri para comprar um dos últimos Focus inflex.

    ResponderExcluir
  10. A CIDE, imposto que incide sobre combustíveis é absolutamente ridículo pois não é calculado sobre o valor praticado, é um preço fixo. Salvo engano, hoje a CIDE é de R$0,23 sobre o litro de combustível.

    Teoricamente, a CIDE é uma contribuição para manutenção de infraestrutura de transporte, sendo que parte fica com o governo federal, parte com os governos estaduais e outra parte com os municipais, ao passo que cada vez mais fala-se em privatização de rodovias.

    Na prática pagamos IPVA, CIDE e ainda o pedágio em rodovias que apresentam o mínimo de segurança viária. Realmente, uma conta que só favorece ao Estado, nosso sócio majoritário.

    ResponderExcluir
  11. Francisco V.G.30/03/2011, 10:33

    Bitu
    São perguntas que os próprios usineiros podem responder. Como já foi citado aí acima, caminhões movidos a álcool, ao que parece, não vingaram até mesmo no lugar onde seu combustivel é produzido. Gostaria muito de ouvir, ou seja, ler, o que o AK tem pra dizer. Acho que ele tem muita coisa interessante para nos contar, já que conhece bem a região de plantio e produção.

    ResponderExcluir
  12. Foi essa a mesma pergunta que eu fiz no outro post...

    Eu ainda ia complementar, mas tive de sair.

    Por exemplo descobriram que um Prius não vale a pena, pq consome BEM mais energia pra ser produzido(e descartado tmb). Diesel moderno é a solução, aliado ao transporte por ferrovias...

    Mas no Brazola...

    ResponderExcluir
  13. Como disse um anônimo acima... quem estava cetto era o João Gurgel!

    ResponderExcluir
  14. Bob, não faça este tipo de perguntas!
    O correto é dizer sempre que "álcool é ecológico, limpo e um diferencial para melhor do Brasil em relação ao resto do mundo". Igualzinho aquele novo padrão de tomadas idiota.
    Vergonha deste país viu...

    ResponderExcluir
  15. O padrão de tomadas não é idiota.

    ResponderExcluir
  16. Vivemos em uma democracia , não é nescessário fazer quebra-quebras , boicotes e demais atitudes irresponsaveis para combatermos as incompetencias que nos são impostas, a sociedade civil brasileira precisa participar se organizar , nos anos 80 a capacidade de união e negociação dos usineiros , viabilizou o bussiness deles , porque nós consumidores finais e contribuintes não somos capazes de nos organizar e resolver esses assuntos?

    ResponderExcluir
  17. o mesmo pode se dizer dos "incentivos fiscais" dados à determinadas industrias , porque essa diferença fiscal não é repassado ao preço final dos veiculos ?
    ainda há os que combatem os sindicatos que ousam se organizar e mobilizar-se a fim de defender seus interesses salariais, onde andará o ex presidente da VW que ameaçou parar a produçao de SBC ,fazendo um looby fortissimo para obter "incentivos fiscais".

    ResponderExcluir
  18. Outra pergunta: compensa ter carro no Brasil??

    João Paulo

    ResponderExcluir
  19. Só a título de informação, a CIDE não incide sobre Etanol.

    Os valores atuais são:

    Gasolina = R$ 0,23 por litro na refinaria

    Diesel = R$ 0,07 por litro na refinaria

    ResponderExcluir
  20. É uma discussão sem fim....segundo nosso ex-presidente, o etanol e o bio-diesel são o futuro dos combustíveis, hj nos falta etanol, dividas externas não tínhamos mais..e o que se vê é o contrário...quando os brasileiros são incentivados a comprar carros falta-nos o combustível, quando são incentivados a viajar gastam seu rico dinheirinho naquilo que não podem comprar aqui no Brasil devidos aos IMPOSTOS ESTORSIVOS então toma-se a decisão de sobretaxar os cartões de crédito internacionais, nossos aeroportos são uma vergonha, mas dizem que estão funcionando bem, nossas estradas matam mais que qualquer doença e pouco se faz nelas...meus caros amigos..NOSSO VOTO VALE MUITO E NOS APEGAMOS A PICUINHAS PARTIDÁRIAS....TEREMOS QUE REPENSAR A NOSSA PARTICIPAÇÃO POLITICA NA SOCIEDADE BRASILEIRA. Ficamos sempre alheios aos partidos politicos, temos que cobrá-los, escrevam emails diariamente aos seus representantes nas diversas esferas governamentais...pressão sobre eles e quem sabe alguma coisa acontecerá...QUER COISA MAIS REVOLTANTE QUE A INDUSTRIA DA MULTA...QUE JÁ SUMIU DO NOTICIÁRIO !!!!!!!

    ResponderExcluir
  21. FB,

    Não sou defensor de carro flex tampouco acredito que o etanol seja a panacéia que salvará o mundo das trevas no século XXI - muito pelo contrário.

    Entretanto, devo dizer que, segundo alguns estudos o etanol brasileiro consegue, pela própria absorção natural de carbono pelos canaviais, praticamente anular as emissões que ocorrem em sua produção. Assim, o etanol brasileiro já é considerado nos EUA um "advanced biofuel".

    ResponderExcluir
  22. Não me lembro exatamente pos faz um tempo que li sobre isso, mas, as razões relativas a produção de erngia eram mais ou menos nessa ordem: para produzir 5 energias de alcool gasta-se 1, e o óleo é para produzir 15 energias de óleo gasta-se 1. Na época em que o petróleo era mais fácil de ser extraido, está razão era de 20 para 1. Quanto mais for difícil de extrair petróleo, mais barato fica produzir-se os biocombustíveis, tendo em vista que a razão de energia se aproxima. Apenas lembro que não pode ser menosprezado a emissão de CO2 superior dos combustíveis fósseis, tendo em vista que estou liberando CO2 que estava enterrado ao queimar combustível.

    Sds,

    Cristiano Zank.

    ResponderExcluir
  23. Jota: Grato pelo esclarecimento.

    Em suma:

    Hoje em BH abasteci o Omega com gasolina aditivada Ipiranga por R$ 2,69 o litro.

    a) Retirada a CIDE, o valor chegaria a R$2,46

    b) Não fosse nosso governador, Antônio Anastaria (PSDB) ter aumentado o ICMS sobre o combustível em 3 pontos, seria possível pagar R$2,38 o litro.

    ResponderExcluir
  24. O petroleo brasileiro tem grau API muito baixo, que favorece a produção de derivados pesados, como o óleo combustível, usado em muitos países para aquecimento e geração de energia. Isto faz com que se exporte petroleo pesado e importe petroleo leve.
    A cana tem um papel fundamental na matriz energética do país, pois a biomassa é utilizada na produção de energia elétrica em períodos de estiagem, melhorando a distrinuição de energia ao longo do ano.
    Todo este processo evoluiu muito ao longo dos anos... Lembrando que hoje utilizamos inclusive 5% de biodiesel misturado no diesel comum e esta proporção tende a aumentar.
    Me desculpem os mais puristas que dizem que terra é pra se plantar comida, mas não acredito que esta comida ficaria no Brasil de qualquer maneira, sendo assim, ainda prefiro vender alcool e comprar banana, do que vender banana e comprar gasolina.
    Estão tratando de um assunto muito mais amplo, como se resumisse simplesmente aos carros. E não é bem assim!!!
    E é sempre bom lembrar que, nos anos 70, se achava que as reservas de petróleo não chegariam nunca nos anos 2000! Era preciso agir e a iniciativa foi louvável e pioneira. Deveríamos ser mais patriotas em reconhecer isto!

    ResponderExcluir
  25. Rafael, acho que sua conta está errada.
    São 23 cents cobrados na refinaria. Joga imposto em cima disso, lucro, etc e você vê que na verdade, se abaixar 23 na fonte, o preço para o consumidor seria bem menor.


    Não queria fazer discussão política, mas é inevitável. Esses são os efeitos colaterais dos gov. socialistas. O estado é inchado e precisa de imposto vindo de tudo quanto é lado para sustentar sua ineficiência e os seus serviços meia boca oferecidos para a sociedade.
    Desde o pseudo direitismo dos tucanos, regados com muita incompetência vestidos com um paletó bonito até o esquerdismo assumido do PT, ninguém pensa em desenvolvimento via redução de impostos. No máximo um protecionismo aqui ou lá no caso de uma grande empesa.

    É até engraçado visitar algum site de notícia americano e ver Tax Cuts para tudo quanto é lado. E aqui normalmente é o contrário.

    ResponderExcluir
  26. O Observador...30/03/2011, 14:36

    Adianta alguma coisa estes comentários brilhantes a respeito de qual combustível usamos?
    A gente vai usar o que eles quiserem que a gente use, e ponto final! Se eles quiserem que a gente utiliza estrume bovino no tanque, a gente vai usar, vai escancarar um sorrisão largo na cara e vai dizer que somos sustentáveis...e que estamos orgulhosos porque nossas carangas ultra modernas rodam 10 quilômetros por quilo de esterco.
    Verde, por verde, o que interessa, e todo mundo sabe , são as verdinhas que engordam as contas dos empresários que "mandam e desmandam em nossas vidas"!

    ResponderExcluir
  27. Bom, não sei eqyacionar isso tudo não, mesmo porque não tenho valores na mão. Mas de qualquer forma estamos aos poucos colocando biodiesel no diesel. Logo se essa balança do processo produtivo é desfavorável (muito petróleo pra pouco álcool) ou equilibrada ("mesmo" petróleo pra um "mesmo" de álcool), logo teremos uma balança favorável, e se é favorável, logo ficará mais favorável ainda.
    Por enquanto não me atenho a essas dúvidas e tomo como base que é favorável e se não o for, logo será. Portanto minha consciência será sempre limpa.

    ResponderExcluir
  28. Caros amigos,
    Antes de qualquer coisa, deixo claro que sou um democrata. Não tenho nenhum veículo FLEX, só ando "no álcool" com meu Diplomata 1989 ou com meu Monza S/R. De todo modo, entendo que a liberdade de escolha é um grande ganho. Eu, por exemplo, não tenho nenhum carro FLEX, aposto que a maioria das pessoas que reclama tem seus carros bi combustíveis.
    O culpado não é o etanol, nem os usineiros, a culpa é do nosso modelo de gestão pública, dos safados que lá estão (em Brasília). Podemos culpar o etanol, podemos bradar que os usineiros são os bandidos, mas isso é tapar o sol com a peneira. Sejamos honestos, qualquer um de nós que estivesse no lugar deles também faria lobby político. O que ninguém faz é lutar contra o sistema de nos enfiar "guela a baixo" uma estatal ridícula como a Petrobras, cabide de emprego, insuportavelmente parcial (financiando filminho de político). Sugiro que façam como eu, não tenho carro novo, todos os meus carros são "maiores de idade", não pago IPVA, não faço seguros, recorro a toda e qualquer multa que os malditos CETs me aplicam (quase sempre sem motivos, pois não uso celular e respeito as velocidades), transferi todos os meus carros para outro município para não fazer a inspeção (que ficará mais cara a cada ano que passa).
    Uma usina de médio porte produz 500 mil litros de etanol por dia, moendo perto de 3 milhões de toneladas de cana por safra. O período de safra dura de março a novembro, aproximadamente (oito meses ou 240 dias). Isso representa uma produção de 120 milhões de litros de etanol por safra por usina. Essa pesquisa fiz na faculdade, quando simulei o projeto de um alcoolduto que ligaria o interior de SP com o porto de Santos.
    Respondendo à pergunta do post, seguramente o consumo de diesel é menor do que a produtividade final em termos energéticos de uma usina de álcool. Além disso, não podemos nos esquecer da geração de energia térmica pela queima do bagaço da cana, transformada em energia elétrica que é vendida para as distribuidoras de energia que abastecem nossas casas. Outro fator que garante a maior eficiência energética do processo de produção do etanol em relação ao consumo de combustíveis fósseis para produzí-lo. Além disso, o preço médio cobrado por litro de etanol nas usinas é de R$ 0,85, o resto é imposto, ganho das distribuidoras e dos postos (as usinas são proibidas de distribuir ou vender direto para o consumidor, pois o governo tem que morder impostos na produção, na distribuição e na venda), como exmplo, vejam que a Cosan comprou a Esso, assim pode distribuir o próprio etanol. Em suma, não quero defender usineiro, mas também não acho certo culpar empresas que geram empregos, produtos consumidos internamente e exportados, pelos erros de política pública de nosso país.
    Um abraço a todos.
    André

    ResponderExcluir
  29. Não sei exatamente o quanto de derivados de petróleo se gasta para produzir a cana-de-açúcar e, em seguida, o álcool, mas não deve ser tão favorável para o lado do álcool assim.

    Sem contar que, como já comentado em outro post, o vinhoto que é produzido junto com o álcool é extremamente tóxico e, até onde eu sei, ainda um problemão para ser neutralizado adequadamente.

    Mesmo que o balanço do carbono feche ou gere saldo positivo, tem muitos outros problemas por detrás do álcool. É o mesmo que vejo nos casos de carros elétricos, nunca vi um estudo sério de toda a cadeia produtiva e destinação no fim do ciclo de vida, seja do carro ou das baterias. Sempre o que vejo é que para isso haverá solução futuramente, mesmo que agora não se tenha resposta adequada. Resumindo: pensar verde é bonito, se a ideia não é boa ou mostrar-se inadequada mais para a frente, dá-se um jeito...

    ResponderExcluir
  30. Me desculpe, mas tem muita bobagem escrita aqui por quem conhece superficialmente o assunto alcool.
    1. as picapes andam com alcool, mas isso pouco importa no balanço energetico.
    2. o vinhoto e usado como adubo
    3. se nao existisse a cide , no nordeste nao tinha gasolina, ou ia ter um preço bem mais caro.
    4. por ai vai...

    ResponderExcluir
  31. Não sei o que é, mas tem algo muito errado com nossa politica de combustíveis. Além de álcool vamos importar gasolina. Não é o petroléo não, GASOLINA!
    http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI222019-10142,00-ALTA+DO+ETANOL+OBRIGA+A+IMPORTAR+GASOLINA.html

    Onde está a autosuficiência?

    ResponderExcluir
  32. Paulo Ferreira30/03/2011, 15:12

    Certamente é uma bela brincadeira de mal gosto.

    Um os maiores problemas desse pais é que se paga muito por muito pouco e ninguém faz nada a respeito.

    Você paga muito na gasolina, no carro, na educação, na saúde... Paga muito pra um politico não fazer nada além do que olhar para os interesses próprios dele...

    ResponderExcluir
  33. Só o vinhoto não sustenta a cultura da cana, precisa de fertilizantes derivados de petróleo também. E como.

    ResponderExcluir
  34. Como eu havia comentado no outro post,moro no quintal da usina que é considerada uma das maiores produtoras de etanol do mundo.Me lembro que aqui foram feitos testes com camihões de transporte de cana movidos a álcool nos anos oitenta, devia haver uns quatro ou cinco deles em fase de teste na lavoura.Me lembro que na epoca conversei com um mecânico da área de manutenção da usina e com um motorista e os dois me disseram a mesma coisa, que quebravam muito e rodavam cerca de 1km/litro vazios e 400metros/litro carregados.

    ResponderExcluir
  35. Não quero tomar partido nessa discussão porque não tenho nem o conhecimento científico nem os dados econômicos para tanto. Só posso dizer que isso é briga de cachorro grande. Há muito lobby de lado a lado, cada qual querendo puxar a brasa para a sua sardinha.

    Neste momento, parece estar havendo uma forte ofensiva da facção antietanol, que vem lançando mão de todo tipo de argumento tanto aqui no Brasil como no exterior. Não tenho carro a álcool nem flex, nem morro de amores pelo combustível vegetal, mas fico com o pé atrás só de observar a virulência desse lobby.

    ResponderExcluir
  36. Alguem assistiu o Jornal Nacional ontem? Se não deem uma olhada no link:

    http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/03/preco-do-etanol-no-brasil-so-vale-pena-para-motoristas-do-mato-grosso.html

    ResponderExcluir
  37. Pessoal,
    voltando ao tema proposto, o que precisaríamos é de planilhas abrindo os custos de produção e outra com os impostos que incidem sobre os combustíveis. Infelizmente parece que ninguém tem acesso a isto.

    Assim como uma planilha com os custos de produção, margens e impostos que incidem sobre os automóveis. Será difícil, mas ainda vou destrinchar a falácia que há por trás do preço final de muitos carros importados.

    ResponderExcluir
  38. Como é fácil falar mal dos brasileiros e se esquecer de que é um.

    ResponderExcluir
  39. O Brasil atual não está preparado para possuir gasolina a um preço correto. Em São Paulo, o cenário é o seguinte... A gasolina está com o preço estabilizado a um bom tempo. A renda per capita cresceu neste periodo. O transporte público é uma piada de mau gosto e o cidadão com mais dinheiro no bolso, começa a utilizar mais o veículo particular. Sem contar os que estão comprando o primeiro carro. Logo mais carros nas ruas. A cidade de São Paulo nunca teve um planejamento adequado, simplesmente foi crescendo. Podemos perceber por qualquer foto aérea que é uma bagunça de prédios, tudo desordenado. Para ir de um lugar para outro, existem poucas opções. Não existem caminhos "expressos". Sempre tem que pegar uma quebrada, assim é fácil se perder, algo que influi diretamente no trânsito. Como a cidade já passou do limite de carros, se o preço da gasolina , da noite para o dia, baixar para os patamares internacionis, o trânsito ficaria pior que o da India. O álcool caro seria um combustível para excêntricos.

    Em "off"...
    Agora fica outra pergunta para o pessoal da época dos "carburados" puramente a álcool. O consumo de combustível médio dos carros flex pode ser pior do que na época dos "carburados" por causa do trânsito intenso que temos atualmente?

    Será que vamos ter que medir o consumo por horas de funcionamento do motor ao invés de km/l? Teve um dia que fiquei preso num engarrafamento na av. Brasil e no painel marcava 2km/l de consumo. O carro é flex 1,6 e estava com gasolina no tanque....

    ResponderExcluir
  40. Se não me engano o etanol de cana de acúcar produz oito partes de combustivel e para obtê-lo é necessário uma dessa partes sobrando sete, diferente do etanol de milho onde a cada três partes produzidas sobram duas, este último produzido nos EUA e fortemente subsidiado pelo governo e que convenientemente aos produtores locais sobretaxa o alcool brasileiro dentre outras coisas.
    Mas enfim a quantidade de etanol que existe na gasolina olhando por um lado pode ser um meio de o governo tentar dar uma controlada nos preços na época da entre safra; Justamente o que ele fez ano passado em Fevereio ou Março se não me engano daí para frente os preços estabilizaram já que os estoques dos usineiros aumentou muito (porque a quantidade de alcool anidro que vem do etanol depois de se tirar quase toda água dele) devido a demanda ter diminuido em função da restrição imposta pelo governo da proporção de alcool na gasolina e em em questão uma semana a quinze dias já se pôde observar o preço caindo nas bombas de combustível. Já esse ano acho que o governo deixou a coisa rolar pra ver onde ia dar e deu que a Petrobras teve que importar gasolina e alcool anidro, o que ao meu ver foi um tiro no pé, porque era só ter feito como ano passado, mas agora já está feito. Semana passada a ANP baixou uma portaria permitindo que o alcool anidro no Brasil pudesse ter até 1% de aguá já que la´fora ele é produzido assim, no brasil utiliza-se proporção de 0,4% no alcool anidro. Esse alcool também teve que ser importado para ser adicionado à gasolina. Ao meu ver uma solução trabalhosa demorada e mais cara já que esta gasolina e alcool estão sendo compradas a preços internacionais em uma hora que o petróleo está acima de cem dolares. Não quero criticar o governo com isso, porque para quem está de fora e depois do fato consumado é fácil analisar, mas nesse caso esse trabalho todo de importação não vai resultar no preço do alcool caindo na bomba com a chegada desses combustíveis importados. Então é melhor o governo mudar a abordagem para esse problema que certamente ocorrerá ano que vem.

    ResponderExcluir
  41. Daqui 3 anos respondo a essa pergunta, com 99% de margem de acerto. Tem um trabalho sendo desenvolvido a esse respeito, porém o levantamento de dados de maneira séria e confiável, levando esses e outros aspectos em consideração, toma muito tempo.

    ResponderExcluir
  42. Mr. Bitu, óbvio que é uma brincadeira de mau gosto. Não consigo ver por onde a "vantagem ambiental" do álcool combustível compensa o dano causado para a sua produção.

    ResponderExcluir
  43. Colocando água no Chopp, o nosso problema não é alccol, gasolina ou diesel. É falta de estrutura ferroviária.

    Se estivessemos com estrutura decente deste setor não seríamos dependentes nem do Diesel dos caminhões, nem dos combustiveis dos Otto das grandes cidades...

    ResponderExcluir
  44. Depois dessa história de ter de importar etanol americano, vejo que foi uma burrice terem investido no etanol (álcool de dois carbonos) e não no butanol (quatro carbonos). O último, por ter poder calorífico mais próximo ao da gasolina, pode ser usado sem adaptações em um motor projetado para o consumo de combustível fóssil, bem como ser misturado à gasolina em maior quantidade.
    Portanto, não precisaríamos de grandes adaptações na frota existente para usar butanol. Tivéssemos começado isso nos anos 1970, hoje toda a nossa frota poderia usar um único combustível em vez de dois, com a vantagem de estar otimizada. Em vez de fazer um veículo flexibilizar conforme o combustível, flexibiliza-se o combustível que ele é abastecido aproveitando uma proximidade de poder calórico. Tivéssemos optado pelo butanol nos anos 1970, com certeza hoje teríamos um processo de obtenção mais eficiente que o deste link (http://www.butanol.com/), processo esse patenteado nos EUA e testado em um Buick Park Avenue 1992 sem qualquer modificação.

    Fora isso, butanol pode ser obtido das mesmas fontes das quais se obtém o etanol. Porém, como se pode ver, não só pode ser usado puro em um motor originalmente a gasolina como também em mistura com a gasolina em proporções maiores.
    Mas como quiseram reinventar a roda por aqui...

    ResponderExcluir
  45. Vídeos do butanol para a galera ver, como o do Buick Park Avenue 1992 que rodou mais de 16 mil km só no butanol e sem modificações mecânicas:

    http://www.youtube.com/watch?v=s09ujb35w4s

    A BP e a DuPont também estão presquisando o butanol:

    http://www.youtube.com/watch?v=K4SKsv4jws8

    Um PPT sobre o butanol:

    http://www.youtube.com/watch?v=XGS_-CWJwFE

    O site dos caras que fizeram o PPT:

    http://www.biobutanol.com/

    ResponderExcluir
  46. Na falta de resposta à pergunta do articulista, todo mundo assume que a conta é desfavorável ao álcool... Simplismo é isso aí, em especial para a defesa da fé de cada um!

    Cumprimentos ao Guersoni pelo pingo de lógica em um oceano de comentários apaixonados.

    ResponderExcluir
  47. Guilherme Guersoni, concordo com o sr.! Esse povo aí acho que idolatra a gasolina porque é uma tradição, um ícone norte americano (é mais ligada a cultura americana do que qualquer outra do mundo). Se não fosse esse costume do brasileiro de tudo que é estrangeiro (principalmente dos EUA) é bom, o etanol da cana seria o ícone brasileiro. Obvio que tem muito mais coisa envolvida aí.

    André, Anônimo 30/03/11 14:41,
    acho que realmente o sr. esclareceu o assunto totalmente, foi o que melhor argumentou. está claro agora que a culpa do Etanol nem sempre valer a pena, falando em custo imediato, é culpa do governo que insiste em sugar impostos de algo benéfico para o país. É como querer cobrar impostos de remédio infantil. O governo pode cobrar impostos sim, afinal, representa uma grande contribuição (sem contar os desvios), mas deveriam cobrar impostos flutuantes de forma a manter o preço do álcool sempre competitivo e compensar/dar na mesma que a gasolina deixando o consumidor bem mais a vontade na sua liberdade de combustível e garantindo sempre a alternativa ecológica.

    Anônimo 30/03/11 15:04,
    o sr. terminou de deixar clara a viabilidade ambiental do álcool.
    É fo d a, mas quem não conhece sobre, não se contenta em ficar calado, prefere expor uma convicção errado do que a ficar calado!

    Paulo Levi, o sr. detectou corretamente, a ofensiva antietanol está com tudo, até compraram uma matéria no Jornal Nacional (facilmente vendido) para mostrar que o etanol não compensa. E a matéria da Auto Esporte só serve para mostrar que o Etanol é que é o vilão. Telespectadores do plim plim, que vocês vão tudo a me RDA! Ainda não aprenderam a não confiar nessa bo S ta não?
    Aproveitaram essa becha do preço pra atacar o etanol sendo que o maior culpado é o governo e sua péssima política energética..

    É, Homem-Baile, difícil não se atar as paixões para argumentar, o povo se cega por suas convicções, nega a ver os fatos e a fazer uma análise mais profunda. Realmente ficou evidente que a conta é favorável ao álcool. E acha que alguém seria burro o suficiente para argumentar, diante das suas convicções, o contrário, os fatos estão aí, não tem o que negar. E condensando tudo o que foi mostrado aqui, fica evidente que a culpa por preços abiusivos não é do etanol, e sim do governo e sua péssima política energética e estratégica.

    ResponderExcluir
  48. Anonimo das 30/03/11 15:04,

    Poderia explicar como a CIDE viabilizou os combustíveis no NE?

    ResponderExcluir
  49. Turma do AE,

    Vou dividir a polêmica do álcool combustível em duas partes:

    1. Questão Físico-Química: o álcool foi e é um combustível e/ou uma idéia espetacular! Foi a forma mais fácil e barata de se conseguir um combustível que vai de 105 a 110 octanas-equivalentes. Isso significa que permite que um motor desempenhe melhor do que desempenharia com gasolina "podium", isto é, obter uma eficiência térmica maior do que com qualquer outro combustível (no ciclo Otto, claro; no ciclo diesel a história é outra).

    2. Questão energética e de infra-estrutura do país como um todo: tudo aquilo que o Bob Sharp explicou sobre excedente de gasolina e falta de diesel é verdade, mas o excedente de gasolina resultante do carro a álcool permitiu um aumento da frota circulante de automóveis, o que foi benéfico para o povo. Os argumentos apresentados (subsídio ao alcool via gasolina cara) foram e (ao contrário do que o governo prega) são verdadeiros, porém, não temos infra-estrutura hoje para comportar combustíveis baratos, pois isto daria acesso a muito mais gente ter ou andar de carro, e simplesmente NÃO HÁ ESPAÇO URBANO NEM RODOVIÁRIO PARA ISSO!!!

    Portanto, infelizmente, hoje não é viável se baratear nem os carros nem os combustíveis e todos os custos associados (manutenção, impostos, etc etc etc...). Portanto, vejo com muitas ressalvas as iniciativas de se trazerem carros baratos do exterior, pois isto vai resolver um problema (acessibilidade e custos astronômicos dos carros brasileiros) e criar diversos outros problemas.

    Portanto, na minha visão, primeiro moderniza-se e expande-se a infra-estrutura de transportes do país inteiro, e depois pode-se pensar em abarrotá-la de veículos e combustíveis acessíveis.

    Deveríamos começar com cidades planejadas, com pistas geometricamente muito bem feitas, e com cursos de direção automotiva voltados para eficiência, ou seja, para o treinamento de motoristas rápidos e seguros. Afinal, motorista rápido e seguro é sinônimo de carro ocupando as vias públicas por menos tempo, o que automaticamente aumenta a capacidade de fluxo do sistema como um todo.

    ResponderExcluir
  50. Meu Caro Bob,

    Mais uma novidade, parece que a produção de etanol não está dando conta da demanda.
    Dê uma olhada na matéria publicada hoje no portal G1:

    http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/03/producao-de-etanol-so-atendera-45-dos-carros-flex-em-2011-diz-unica.html

    ResponderExcluir
  51. SEJAMOS BEM PATRIOTAS E USEMOS O ETANOL DE MILHO QUE ESTÁ SENDO IMPORTADO DOS ESTADOS UNIDOS...E VIVA O PATRIOTISMO BRASILEIRO....

    ResponderExcluir
  52. Afffffff. As previsões se confirmaram. Os usineiros ficaram de mau de todo mundo, tocaram o dane-se e a gente ficou sem Etanol, denovo!!!

    ResponderExcluir
  53. Essa discussão me lembrou uma entrevista em que o João Gurgel descia o sarrafo no álcool e quase fui garimpar uma edição antiga em meio à minha pilha de mais de metro de Quatro Rodas. Por sorte, achei a entrevista na íntegra na internet. Concordando ou não com o Gurgel, é válido levar em conta o ponto de vista dele. A quem intreressar:
    "O Álcool é o Fim". Disponível em

    http://bibliotecagurgel.blogspot.com/2009_08_07_archive.html

    ResponderExcluir
  54. Tem também uma entrevista em vídeo do Gurgel falando sobre isso:

    http://www.youtube.com/watch?v=kG9rb7b8bvE

    ResponderExcluir
  55. Junor Antonini01/04/2011, 11:52

    Porque raios as pessoas falam com o Bob se ele não fez o post e nem postou nada??? :)

    ResponderExcluir
  56. bussoranga,
    valeu cara, sua contribuição trouxe uma lado interessante dessa história, não temos malha rodoviária para comportar mais carros advindos de ofertas de veículos mais baratos e de combustível mais barato. Se tudo baratear antes de termos malha decente, ficaremos igual a china onde o trânsito é um caos.

    M.A.L.A. ,
    Só te falo uma coisa: olha aonde o sr. pegou a reportagem... tcs tcs. A globo adora um lobby mesmo!

    Sobre o Gurgel, não o considero tanto ícone como muitos consideram porque ele se afundou e afundou a suas porcarias de carros com a sua sucessão de erros. Depois que a situação da entrevista era outra, não dá pra comparar ou tomar como verdade para hoje. Outra que o sujeito não tomou a problemática mais ampla como fez o Bussoranga.
    Não adianta, os argumentos daquele sujeito naquele tempo não são mais válidos para hoje, a situações está completamente diferente.

    ResponderExcluir
  57. Os usineiros não vão gostar dessa notícia:

    http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2011/03/30/microalgas-alimentam-se-de-co2-para-produzir-biopetroleo.jhtm

    Pois é, enquanto ainda insistimos em etanol, espanhóis e franceses dão um passo decisivo para rir da cara não só dos usineiros como também da Opep. E também irão rir da cara do europeu que quis banir motores a combustão da Europa até 2050.
    Sim, meus caros, biopetróleo produzido por bioalgas e capaz de gerar todos os derivados que conhecemos, só que em ciclo fechado de carbono.

    ResponderExcluir
  58. FCardoso e Anônimo

    Obrigado pelos interessantes links do Gurgel.

    ResponderExcluir
  59. Anônomo 14:25,

    humm muito interessante. Só não podemos continuar a extrair petróleo 'mineral' enquanto produzimos petróleo 'biológico' que daí não adianta nada, o ciclo biológico é fechado, o mineral não. Acho que o que vai determinar se o petróleo mineral continuará sendo extraido será o preço. Aposto que o biopetróleo aí levará uma grande desvantagem e terá que ter subsísios ou a proibição da comercialização de petróleo mineral, o que pode ocorrer na UE.

    Estamos diante de um futuro cheio de alternativas para "combater' o aquecimento global (se é que ele existe): carro elétrico (eletricidade: eólica, solar, geotérmica, marítima, hidroelétrica, célula de H2), a etanol, a hidrogênio (combustão), a butanol, a biogás, a biopetróleo, a biodiesel...

    ResponderExcluir

Pedimos desculpas mas os comentários deste site estão desativados.
Por favor consulte www.autoentusiastas.com.br ou clique na aba contato da barra superior deste site.
Atenciosamente,
Autoentusiastas.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.