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Mais de 350 cv de apenas 3,2 litros |
Houve uma onda no começo da década de 1990 que fez um enorme barulho. Uma empresa australiana chamada Orbital Engine Corporation, de Ralph Sarich, apareceu com um motor que prometia vantagens enormes, e vários fabricantes os testaram a sério. Eram motores dois-tempos.
Sarich desenvolveu um sistema de injeção de ar sob pressão que aumentava a qualidade da queima do combustível, e que prometia, pelos testes que vinham sendo feitos, ser a solução para o principal problema desse tipo de motor, a poluição gerada devido à combustão mais incompleta do que num quatro tempos.
Lembremos que nunca todo combustível é queimado, mesmo com as evoluções constantes e precisão cada vez maior de projetos e simulações com o movimento de fluidos, de forma a se desenhar pistões, câmaras e outros componentes, como as válvulas do quatro tempos, para se ter o melhor resultado possível. No dois-tempos, essa regra não é diferente, sendo ainda mais difícil de se atingir melhores resultados, já que são os pistões que abrem e fecham as passagens da mistura ar e combustível.
Até mesmo a Jaguar entrou nessa onda, e tentou viabilizar um motor na configuração V-6 de 3,2 litros que rendia mais de 350 cv. Isso eram 75 cv mais que o maior motor em produção, o V-12. Os responsáveis pelo planejamento futuro da empresa viam carros mais leves e esportivos com esses motores, o que poderia ampliar o mercado da marca.