google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto:24horasnews.com.br
Plantação de cana-de-açúcar, matéria-prima para combustível dos nossos carros

Que os leitores me perdoem começar o domingo com más notícias, mas é preciso ver para onde estamos indo com tanta incompetência afetando o nosso dia-a-dia — em compensação, o post de hoje do Juvenal Jorge, ao meio-dia, será um daqueles memoráveis. Tenho certeza de que gostarão.

Como se já não bastasse a vergonha e inconveniência de a gasolina brasileira ser somente 3/4 gasolina e o resto, álcool, agora os "ispertos" dos usineiros, reunidos em torno da U.N.I.C.A., a União da Indústria da Cana de Açúcar, querem que ela passe a conter 27,5% desse combustível de espiriteira. Encaminharam pedido ao Ministério da Agricultura, que está "estudando" o pedido, a ser analisado em conjunto pelos ministérios da Agricultura, das Minas e Energia e da Fazenda. Ou seja, tudo indica que áreas importantes do governo se macomunarão com essa proposta nojenta e indecente, que parte do arrazoado de "equilibrar as perdas causadas pela seca que atrasou a safra da cana-de-açúcar e aumentou seu preço." Que sem-vergonhas! 

O ministro da Agricultura, Neri Geller (será ele filho ou parente do ilusionista dos anos 1960, Uri Geller, aquele que entortava garfos com a força do pensamento?) vem e diz, na maior cara de pau, que "a medida pode viabilizar a produção de cana-de-açúcar, além de ajudar o meio ambiente com maior geração (?) de energia limpa."

Fotos: divulgação




Desde o seu lançamento, em outubro de 2011, que eu não dirigia o Duster e, apesar de na ocasião ter andado em todas as versões por bons e expressivos trechos em estrada de asfalto e de terra, incluindo aí locais quase de off-road, faltava mesmo tê-lo por uns dias em nosso velho e bom teste no uso, pegando o dia a dia urbano e uma viagem de fim de semana. Como diria eu mesmo, carro pode ser como aquela mulher que você conhece numa viagem tropical e com ela tem lá um tórrido romance emoldurado por palmeiras ao vento e águas mornas e cristalinas, mas daí, quando você a traz para morar consigo ela se revela completamente inadequada, um incômodo insuportável.


Boa na terra e boa no asfalto


Esse não é o caso do Duster, pois o Tech Road II, apresentado no final do ano passado. Com motor de 2 litros e com câmbio automático, além de ter se mostrado bom de terra, um valente companheiro de quebra-mato, mostrou-se também muito adequado no terreno civilizado. Suspensão macia, motor silencioso, trocas de marcha suaves, espaçoso, banco traseiro confortável, sendo até possível que três adultos ali viagem, bom porta-malas (475 litros), bom som, bom ar-condicionado, em suma, fornece todas as comodidades que hoje se exige de veículos de valor médio.Seu preço público sugerido é R$ 67.050 e a garantia é de três anos ou 100.000 km, prevalecendo o que vencer primeiro.

O Duster Tech Road II traz também o sistema Media Nav, com tela tátil de 7 polegadas integrada ao painel. Com mostrador colorido e ícones grandes, os menus são de fácil identificação e configuração. Em poucos toques, se tem acesso a ferramentas úteis como rádio, Bluetooth e GPS. O equipamento ainda conta com o comando satélite na coluna de direção, que possibilita o motorista acesso as funções do Media Nav. É possível o motorista trocar de música, atender e terminar chamadas telefônicas e trocar estações do rádio sem tirar as mãos do volante.



Recentemente, a prefeitura de São Paulo decidiu dar prioridade total ao transporte público. Uma atitude, em um primeiro momento, simpática e benéfica a todos, pois se grande parte dos motoristas deixasse seus carros em casa e utilizasse o transporte público, o trânsito seria melhor para todos. Parece até desumano não defender uma idéia dessas. Afinal de contas, quem não quer uma cidade com um trânsito menos caótico? Pensando assim, a prefeitura de São Paulo resolveu "solucionar" o problema inundando a cidade com faixas exclusivas para ônibus, de forma a aumentar a sua velocidade e torná-los mais rápidos do que os automóveis. Esperava, assim, fazer com que o motorista paulistano desistisse de seu automóvel e passasse a usar o transporte coletivo para chegar mais rápido ao seu local de trabalho.

Porém, as coisas, como sempre, nunca são simples. Esta idéia funcionaria muito bem se São Paulo tivesse um transporte público sub-utilizado. Se os ônibus ou o metrô andassem vazios, com capacidade ociosa, enquanto automóveis se atravancam nas vias congestionadas, a saída não poderia ser mais óbvia. Só que este não é o caso de São Paulo.

O transporte público desta cidade já está saturado e não é de hoje. Eu gostaria de ver uma vez uma sandice como o “dia mundial sem carro” obtendo a colaboração de todos os motoristas de São Paulo. Eu queria ver as ruas vazias de automóveis por um dia. Mas as pessoas precisam trabalhar, o “dia mundial sem carro” não é feriado. Queria ver todos os motoristas de São Paulo procurando de uma vez só o transporte público, como deseja o prefeito. Queria ver como ficaria a situação dentro dos ônibus, trens e metrô. Se, já saturados, eles comportariam a demanda adicional dos motoristas enxotados das ruas.

Cabe mais alguém aqui dentro?





Coluna 1514  9.abril.2014                           rnasser@autoentusiastas.com.br        

Carro 0-km? Cliente da Caixa? É contigo
A indústria automobilística pegará carona com a Caixa Econômica tentando vender carros novos, mexer com o mercado — e reduzir o estoque de 50 dias de produção, hoje nos pátios dos fabricantes e seus revendedores. Não é espaço especial, mas todas as revendas aderentes. O banco estatal intenta aumentar sua participação na carteira de financiamento de veículos após ter-se envolvido e assumido o Banco Pan Americano. Na promoção, executivos da Caixa auxiliarão rápido curso, e seus clientes têm crédito pré-aprovado.
É apenas notícia, registro, evento. Em nada resolverá a conta enfrentada pela indústria automobilística e seus desdobramentos econômicos, do fabricante de arruelas ao motorista do caminhão-cegonha: produção descombinada com vendas, estoques de quase dois meses, demissões, pequenos fornecedores.
Não terá conserto rápido, e as causas são conjunturais, psicológicas, econômicas, físicas. Do medo sobre o futuro da economia, incerteza da veracidade dos dados oficiais, dúvidas quanto aos próximos meses, receio em contrair compromissos, dúvida no aplicar verbas grandes e mal administradas para fazer a Copa do Mundo. Para completar, a peneira mais fina dos bancos para conceder financiamentos a clientes já endividados por outras aquisições de consumo.