google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Este post consiste de um artigo escrito pelo leitor Jacson Maffessoni, mas que assina os comentários com pseudônimo, que merece ser compartilhado com o leitor pela abordagem simples e de fácil entendimento da questão potência.

Boa leitura!

Bob Sharp
Editor-chefe

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POTÊNCIA? ONDE? QUANTO?

Potência máxima de um motor vira motivo de debate toda vez que um fabricante faz alteração nele ou lança um novo produto. Parte das pessoas fica na dúvida se realmente o motor tem toda aquela potência declarada em virtude do desempenho do carro. Outros chegam a achar que o motor tem mais. Isso se deve pelo fato que o consumidor não tem uma noção mais clara do que realmente significam os números fornecidos pelas fabricas em relação à potencia dos seus motores. Primeiramente devemos atentar que potência máxima é apenas uma informação de muitas que podemos ter em relação ao motor. Ela não representa todas as suas virtudes e pode até esconder seus “defeitos”. 

A informação de que o motor tem 150 cv a 6.500 rpm é um tanto vaga. Na verdade, indica que o motor em questão entrega 150 cv somente quando estiver a 6.500 rpm. Acima ou abaixo dessa rotação a potência é menor. Em alguns motores, a queda de potência que ocorre após a rotação de potência máxima é considerável a ponto de simplesmente não valer a pena fazer o motor girar mais. Em outros, a queda é suave e permite explorar mais as rotações.

Mas para o consumidor de nada adianta estas informações entregues dessa forma. Melhor que muitas palavras, algumas imagens podem levar a um melhor entendimento, de maneira simplificada. Sendo assim, criei vários gráficos de potência de motores imaginários. Ou seja, os gráficos a seguir foram criados, não têm nenhuma relação com qualquer que seja o motor; semelhanças nos dados são mera coincidência.



Em toda a minha vida sempre fiz questão de ter todas as informações sobre qualquer produto. Por que exatamente, não sei, mas o fato é quando utilizo qualquer coisa sem dispor de dados a respeito de suas características, funcionamento, acho muito estranho. Como acho muito estranho quando um carro novo é apresentado pela fabricante, nas chamadas (entrevistas) coletivas de imprensa, faltarem dados técnicos do veículo. Chega a irritar.

O mesmo noto nos salões de automóveis. O pessoal técnico nos estandes parece alienado sobre o que está ali exposto. Pergunta-se alguma coisa e quase sempre a resposta é "Não tenho essa informação no momento", "Dê-me seu cartão de visita que depois lhe escrevo" ou "A pessoa que pode lhe responder está numa reunião". Isso nos dois dias de imprensa, com número bem menor de presentes.

Informações quase sempre difíceis nos salões (foto cars.uk.msn.com)
Fotos: autor


O Fiat Linea foi lançado em setembro de 2008, poucos dias após a quebra do banco de investimento Lehman Brothers, que desencadearia uma grave e longa crise financeira mundial, momento nada apropriado para um lançamento. Para muitos, mau presságio. A esse fato, que é discutível, juntaram-se os de todo mundo achar que o Linea era apenas "um Punto três-volumes" e outro, pretensão da Fiat em considerar  concorrentes do Linea a dupla Civic-Corolla.

Como tal eram seus preços: básico (hoje Essence), R$ 60.900 (+ R$ 3.000 para o câmbio Dualogic); Absolute, R$ 68.640, só com Dualogic; e T-Jet, R$ 78.900 (fonte: Best Cars). Isso contribuiu para o Linea sempre ter vendido abaixo do esperado pela Fiat, que era cerca de 30 mil carros por ano, chegando a apenas 60 mil unidades em cinco anos e ultimamente, cadência de 7 mil/ano. Deve ser lembrado que no primeiro ano o motor não era o E.torQ 1,8, mas um 1,9-litro de origem argentina, 130/132 cv (gas./alc.), potências que seriam mantidas com o E.torQ. O T-Jet foi descontinuado em 2012.

Visual atualizou-se; indicador de direção dianteiro no lugar certo, na extremidade