google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)




Começa tudo outra vez, incluindo novidades





Albert Park, Melbourne: aqui começa o Mundial de F-1 (foto Renault Sport)

Temporada da F-1 começa no fim de semana com a disputa do GP da Austrália. Regulamento novo sugere que final da corrida será mais emocionante que a largada e desenvolvimento será controlado por uma tabela de pontos.
 
Em 1950 os principais automóveis clubes europeus decidiram adotar uma nomenclatura única para os carros que disputavam os grandes prêmios da época: Fórmula 1. Desde então várias derivações amistosas e outras nem tanto surgiram mas nenhuma logrou desbancar a que hoje é um dos maiores eventos esportivos e comerciais do mundo e, sem sombra de dúvida, o mais importante no esporte a motor. Como tudo que cresce e é geneticamente modificado com o enxerto de valores corporativos/empresariais, o show tem que se reinventar com a freqüência necessária para agregar valor aos seus investidores ou, trocando em miúdos, não se tornar um espetáculo chato e repetitivo. 

Como a F-1 2014 recupera, armazena e usa energia (Ilustração Renault Sport)

Fotos: autor
Enquanto o motor Opala era preparado, o Chevette recebia um trato visual

O Chevetinho hatch 1982 que veio de Minas para virar Chepala não teve recepção muito calorosa da família. Minha mulher achou-o um horror, um “carro de pobre”. Disse que nunca ir andar “naquilo”. Pensei até em colocar um adesivo “Foi Deus quem me deu” no Cheva. Quem chegou agora nesta história, é melhor ler antes a primeira parte. Meu filho mais novo, 28 anos, usualmente um aliado, também não foi gentil: “Caramba, pai, você exagerou na ratoeira!” Da bronca da minha mulher acabou surgindo uma luz: “Você pode comprar qualquer coisa, desde que seja um minicarro” (ela adora “nosso” Subaru Vivio). Claro, aproveitei a brecha e comprei novamente um Daihatsu Cuore, mas isto é assunto para outro post. 

Primeiro vamos terminar o Chepalinha (a transformação e a história para vocês acompanharem). Já o Rica (Dilser), que me ajudou a resgatar o carrinho em Belô, ainda queria comprar o Chevette, pois lembrou que tinha um motor mexido (acho que de Vectra), encostado na garagem. Depois de algum tempo, e da esposa andando de Chevette com cara amarrada, surgiu causa e solução. O estofamento original era digno de museu: o tecido do banco parecia aqueles panos de enrolar múmia. A gente saía do carro com pedaços da espuma grudados na bunda. Mulher odeia isso, sujeira em poltrona, banco... qualquer lugar. Já homem senta em porta suja de oficina para jogar conversa fora. 

Tomando um caldo de cana numa encruzilhada de estrada, ao lado do garapeiro havia uma Kombi velha, cheia daquelas poltronas-saco horrorosas, recheadas de bolinhas de isopor. Um cidadão gordo saiu da Kombi e pergunta se “podia olhar o Chevette”. Claro. Ele olhou, olhou e veio a sentença: "O carrinho tá uma graça, mas este estofamento tá uma m%&$a. Resolvo isso por R$ 100."

Suécia, primeiro dia útil após mudança da mão de direção


Há praticamente um ano publicamos o post Se o Brasil mudasse a mão de direção, no qual falamos da mudança de mão esquerda para direita (a nossa) feita na Suécia, disparada na madrugada (5h00) de domingo 3 de setembro de 1967. Vale a pena reler como foi feita a mudança, os preparativos dos suecos.

Mas esta semana um leitor me mandou a foto acima, que abre este post, feita na segunda-feira imediatamente seguinte à mudança. Como se vê, mudar a mão de direção é mesmo uma operação para lá de complicada, uma experiência que acho que ninguém gostaria de passar.

A outra foto é de uma placa de sinalização. O leitor esteve na Ilha da Madeira, viu a placa e imediatamente pensou naquilo que vimos falando aqui no Ae, a necessidade de se trafegar o mais rapidamente possível dentro dos limites de velocidade, com o objetivo único de promover a maior vazão do tráfego possível. É mesmo incrível alguém num lugar tão pequeno, uma ilha de apenas 750 km² no Oceano Atlântico, 980 quilômetros a sudoeste de Lisboa, haja uma placa recomendando algo tão elementar.

Que sirva de exemplo para quem cuida de trânsito no Brasil.

"Circule com rapidez cumprindo os limites de velocidade"

Meu avô materno, Antônio de Souza Amaral, nunca dirigiu, mas me lembro, ainda adolescente, por volta de 1957, de suas sábias palavras: "O que atrapalha o trânsito é a morosidade".

Bob Sharp
Editor-chefe
AUTOentusiastas
Fotos: autor, salvo indicado



A Renault deixou para o Salão de Genebra, aberto ao público no último dia 6 com encerramento no próximo dia 16, a apresentação oficial do novo Twingo, apesar de nos últimos dias vir soltando notícias da novidade. Mas ao contrário do primeiro Twingo, de 1993, e da segunda geração, de 2007, o novo não tem nacionalidade francesa apenas, uma vez que resultou de cooperação com a Daimler (Mercedes-Benz) através de sua subsidiária smart. Os interesses convergiram quando a fabricante do pequeno carro de dois lugares planejou futuros modelos de dois e quatro lugares, tendo sido assinado acordo de co-concepção em abril de 2010 prevendo sinergias e rateio dos custos de desenvolvimento. A Renault aproveitou a experiência de arquitetura de motor traseiro do smart para se impor no mercado de carros pequenos com uma grande novidade, numa contraposição à corrente de motor e tração dianteiros. Também ao contrário dos dois primeiros Twingos, o novo tem quatro portas.

Renault 4 CV (Wikipedia)
O último Renault de motor traseiro de grande série havia o R10 (1965–1971), arquitetura iniciada com o Renault 4 CV de 1947 (ao lado) e continuada com o Dauphine de 1957 e seus derivados Gordini e 1093. Os três chegaram a ser fabricados também no Brasil sob licença pela Willys-Overland de 1959 a 1968. Antes do R10 existiu o R8, de 1962. Houve um modelo de motor central-traseiro, o rápido R5 Turbo (1980–1984) visando o Grupo 2 do rali e que vendeu 3.500 unidades (400 foram para homologação esportiva).


Porta de carga é de vidro