google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Como disse no final da parte 1 desse post, o BMW Turbo abriu o caminho para os carros da BMW que mais gostamos. É impressionante o que um carro-conceito, no momento certo, com as pessoas certas, pode fazer para uma empresa. Se aclamado pela mídia e público é uma injeção de entusiasmo na veia que resulta em produtos fantásticos, independente do sucesso comercial. Também ajudam muito a marca se tornar desejável e isso a BMW sabe administrar como ninguém.

Na esteira do BMW Turbo e também sob o comando de Bob Lutz entraram em cena os BMW 3.0 CSL como motor injetado no final de 1972 e o 2002 Turbo em 1973, o primeiro carro europeu de série com motor turbo. Numa passagem muito interessante livro "Icons and Idiots: Straight Talk on Leadership" o próprio Bob Lutz descreve como o seu chefe jogou no colo dele a cobertura negativa desses dois modelos junto à imprensa. O infelicidade de ambos os modelos foi a crise do petróleo da década 1970 com o embargo da Opep em 1973 fazendo com que qualquer carro esportivo fosse inviável, ou imoral, como o Lutz disse. Além disso o ativismo ambiental também começava aflorar na Alemanha e danos às florestas de coníferas cortadas pelas Autobahnen eram atribuídos aos gases emitidos pelos carros. 

Competições

Nessa ala do museu estão alguns carros interessantíssimos. O 3.0 CSL talvez seja um dos mais icônicos. O modelo já nasceu com a missão de carregar a bandeira e faixas da Divisão M (Motorsports) no Campeonato Europeu de Turismo (ETCC) e no famoso DTM, Campeonato Alemão de Turismo, entre outros inclusive nos Estados Unidos. Normalmente o "L" na nomenclatura da BMW indica um modelo longo (lang em alemão). Mas no CSL o L  é de leve (leicth em alemão) e o CS de coupé sport, assim coupé esporte leve.

Sua carroceria fabricada pela Karmann era feita de chapa de aço mais fina, painéis de porta, capô e tampa do porta-malas de alumínio, não possuía uma série de acabamentos internos e nem isolação de ruídos. Ficou conhecido como "Batmóvel" devido ao aerofólio traseiro. Como para ser homologado para competição deveria haver produção de versões de rua, o aerofólio traseiro vinha desmontado e dentro do porta-malas, por não ser permitido pela legislação. Na essência esse é o primeiro M, apesar de não levar o icônico emblema M. O 3.0 CSL ficou no mercado de 1971 a 1976.


Para-lamas mais largos nos modelos de competição para acomodar rodas e pneus maiores

Fotos: Portuga Tavares, divulgação THX-films e organizadores do evento
Folder do evento Hot Rods Brasil, uma boa pedida para quem curte os antigos modificados

Carros dignos de estrelar filmes dentro de estúdios de uma companhia cinematográfica: não se tratou de uma produção com um roteiro e sim de um evento dedicado aos automóveis antigos modificados que fizeram cena no 4° Hot Rods Brasil, realizado entre os dias 8 e 10 de novembro, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Carros antigos modificados, de todas as categorias, ocuparam os pavilhões, veículos tão fotografados quanto artistas de cinema. Sem dúvida, um dos mais assediados foi o Chevrolet Nomad 1957, versão esportiva da perua familiar que ficou ainda mais esportivada com o novo coração no cofre, um V-8 426 Hemi, da Dodge, simplesmente um big block de 7 litros.

End. eletrônico: edita@rnasser.com.br                       Fax: +55.61.3225.5511      Coluna 4613 13.nov.2013

Outro Ka. Base do Fiesta novo



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Provocação, o futuro Ka
Vendas apenas projetadas, sem maiores detalhes, a Ford mostrou, estático, o futuro Ka. Tecnologicamente muito evoluído, deixa de utilizar uma anciliaria mecânica, a plataforma do Fiesta – base do atual Ka e do finado Courier – dá um salto, e assume a atual. A Ford Brasil desfruta de peculiaridade: produção concomitante de plataformas de três gerações de Fiesta: a do Ka, a do Fiesta baiano, e a do novo Fiesta, feito em São Bernardo do Campo, SP.
Terá duas versões, hatch, mostrado, e sedã, em testes, e sua inclusão na lista de produtos deve causar mudança curiosa: o Ka não será mais o carro de entrada da marca. Esta posição deve ser ocupada pelo Fiesta feito em Camaçari, BA, com compressão em equipamentos e preços. Em preços, acima o Ka e, superior a este, o Novo Fiesta.
Apresentação factóide, para gerar notícia, divulgação, e esperar que clientes interessados em carros deste segmento esperem seu lançamento, a ser anunciado em 2014. 
Mudanças serão: dimensões — é mais amplo, tem um jeito de Logan, Versa, aproveitamento da plataforma para fazer carro amplo internamente e adequado a compradores emergentes; posicionamento — deixa de ser versão de entrada, a dita Sub Sub, e se transforma em Compacto. A Ford sairá do segmento, porém no Brasil deixará que ele se esgote com o Fiesta baiano, dito Fiesta Rocam; motorização — versão de entrada deve ser tracionada pelo novo motor de três cilindros, a ser produzido na fábrica ora em instalação incentivada em Camaçari. Diz a empresa em seu curto dizer, nada mudará. Com otimismo pode-se entender, o atual Ka não caiu, mas passeia à beira do telhado.
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Mercedes acelera projeto picape   
O projeto de produzir a nova geração de utilitários/vans Vito em sua fábrica argentina, nas beiradas de Buenos Aires, foi acelerado em quase um ano, para meados de 2015. A direção da Mercedes decidiu dinamizar providências, baseada, possivelmente, nos mesmos mapas e projeções analisados pela PSA e que levaram à decisão de mudar plataforma e motorização no Mercosul (leia a notícia). Em resumo, crescimento subequatorial contra congelamento e queda das operações européias. Olharam, também, os mapas de venda do picape Amarok da Volkswagen, subfamília de único membro, que não vende como pretendido, mas dá lucros, palavra sensibilizante. Philipp Schiemer, presidente da Mercedes no Brasil é confesso admirador da idéia.
Picape?
Coluna obteve a informação, confirmou-a, mas em outubro, em amenidades no Teatro Colón, Buenos Aires, o articulado presidente da empresa na Argentina, disse nada haver. Entretanto, diretor da marca no Brasil, maior mercado para o novo produto, confirmou a informação da Coluna: a Mercedes desenvolve um picape, baseado na plataforma do Vito, motor dianteiro longitudinal, tração nas 4 rodas. Única diferença será a cabine, totalmente diferente, adequada ao uso específico. A produção do Vito não afetará a do irmão maior Sprinter, mas dinamiza e implementa a pioneira fábrica Mercedes na Argentina.
Por lembrar, picape para a Mercedes argentina não é novidade. Teve-as ao início da década de '70. 

Vito. Argentino em 2014, pai do picape (foto Argentina Autoblog)
  
Fotos: autor


Viajar a 120 km/h, ou pouco mais, com o novo Ford Fusion, é parecer voar no vácuo espacial, tamanho o silêncio e suavidade. Exagerei? Claro que exagerei, mesmo porque nunca fui ao espaço, porém foi essa a imagem que me veio na noite em que o dirigia numa boa autoestrada como a Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, rumo ao litoral. Fica nos parecendo que o projeto do novo Fusion objetivava exatamente isso: um sedã ideal para confortavelmente viajar com a família. Por exemplo, minha mulher sentou ao lado e disse: “Nossa! Que banco!”, e imediatamente tratou de pegar num profundo sono que foi de porta a porta. Coloquei o som baixinho e fizemos uma viagem rápida, tranqüila, segura e, apesar de o carro pesar 1.570 kg em ordem de marcha, muito econômica, já que nessa tocada ele estava fazendo média de 11,6 km/l de álcool.

Pneus 225/50R17: ideais

É aí que entra o baixo coeficiente de arrasto aerodinâmico (Cx) do modelo, 0,27, e essas fluidas formas, ajudadas pela grade frontal cujas lâminas fecham-se automaticamente em velocidades de estrada, permitem que se precise de pouca potência para mantê-lo a 120 km/h. Nessa velocidade, e em 6ª e última marcha do câmbio automático epicíclico, o giro vai a baixas 2.250 rpm, quando o motor só está produzindo ao redor de 40 cv. Dá para o caro leitor aquilatar a importância do cuidado na aerodinâmica: só 40 cv para manter 1.800 kg a 120 km/h (agora citei 1.800 kg pois contei a carga de passageiros mais bagagem).  

Frente com jeito de devorar estradas