google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


                                                                   
   
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Etios equipado substituirá o Corolla mais barato? (foto Autoblog.ar)

Etios deixa a pobreza e assume o luxo

O Toyota Etios não é apenas um bem econômico durável empregado em transporte individual. Tem função maior: é objeto vivo de pesquisa para saber se os compradores brasileiros abrem mão dos cuidados decorativos e dos itens de conforto, em troca de preços contidos.
Ao lançá-lo, a Toyota não tabulou tais resultados, mas constatou estar embriagada de entusiasmado à hora de colocar preço no seu produto de entrada. A combinação entre a continência em confortos, a economia na decoração, e o preço não convenceram os compradores. Em especial quando comparado, por conteúdo, sensações e por preço com a novidade do Hyundai HB20 e veículos de maior porte, como o Citroën C3. Foi preciso frustração de vendas, protestos dos revendedores, e alguns palavrões em intraduzível japonês para que o pessoal da Toyota local caísse na real. E a retomada das vendas, contou a Coluna, se fez por redução de preços, aplicação de algumas melhorias visuais e táteis, criação de mecanismos de financiamento capazes de mensalidades de R$ 450, apresentadas como de R$ 15 ao dia – como ouvi ao final de um almoço brasiliense: “três Nespresso pela prestação diária? George Clooney que me perdoe, mas estou nesta.” (o ator norte-americano é coroa propaganda da Nespresso). E inexplicavelmente está, pois dito cidadão anda em Mercedes e tem mais carro que gente em casa.
O Toyota Etios não é para o Brasil, mas para a Índia, mercado peculiar onde o carro mais vendido é um antigo Suzuki, o Marutti 800, e ainda se produz um Morris dos anos 50. Assim, simplificado, veio para o Brasil sem as adaptações mínimas à mudança da posição do volante – na Índia, à direita. Daí, saídas de ventilação ficaram para o ocupante do banco direito, agora o passageiro. Lembra o Omega australiano, com processo de igual desapreço ao consumidor, comandos do rádio invertidos, e freio de mão ao lado do banco do passageiro... 

Primacy 3: lançamento da Michelin para carros médios

Conquistar a preferência do consumidor é a premissa básica de qualquer fabricante de produto de consumo, mas com pneus existe uma diferença, há que se conquistar os consumidores e os fabricantes de veículos, uma tarefa nada fácil. Principalmente a segunda, pois uma marca de pneu num carro zero-quilômetro muito provavelmente será a escolhida quando chegar a hora da troca, numa espécie de reserva de mercado.

A esse fator se juntam alguns dados altamente preocupantes. Segundo a organização não governamental Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), o Brasil ocupa hoje a terceira posição mundial em acidentes automobilísticos, perdendo apenas para  a China e Índia, primeiro e segundos lugares, respectivamente. Nossa frota circulante é equivalente à da França, mas temos dez vezes mais acidentes, com suas vítimas ocupando dois de cada três leitos hospitalares, a um astronômico custo anual de R$ 80 bilhões. 

Opel Corsa 1,4-L, o 4400 da Opel

Depois da saga que foi conseguir alugar um carro na Alemanha por não ter carteira de motorista internacional, contada aqui há cerca de dois meses, procurei me desligar de tudo o que acabara de acontecer e me concentrar nos afazeres próximos e aproveitar que teria quase 1.200 km para me entender o Opel Corsa que alugara. 

O AE vem avaliando automóveis desde o início, motos um pouco mais tarde, quase sempre cedidos pelos fabricantes ou importadores. Neste caso estava alugando um carro com propósitos de locomoção para atender algumas reuniões em agenda lotada. A neve que caía com freqüência naquela semana limitou ainda mais a minha avaliação, mas dirigir um compacto e enfrentar com ele as Autobahnen, mais outras estradinhas vicinais, foi suficiente para tecer impressões sobre o Corsa europeu. 

Eu não teria o chamado press kit nem a tradicional preleção de executivos do fabricante ou importador. Para obter informações eu teria de caçá-las e ainda lidar com a falta de algumas delas.

O embleminha 150, miopia aliada à desinformação me "enganaram"

Fotos: autor

Praticamente acabou. O Brasil não tem mais peruas. Foi justamente com uma o início da indústria automobilística local, a DKW-Vemag Universal, em novembro de 1956, ainda aquela estreita, plataforma F-91. Que ironia!

Francamente, comecei a ver coisa estranha quando a Chevrolet Omega Suprema saiu de linha em 1996 – por falta de compradores! E havia ganho fama de carro funerário! Aliás, pouco depois comcecei a trabalhar na GM, egresso da revista Autoesporte, soube que a maioria dos executivos há muito haviam trocado suas Suprema por Blazer, o que nunca entendi. Como pode, sair de uma perua fabulosa e pegar um caminhão?

Nada especial mas tudo no lugar certo. Note a "prancha" para o pé esquerdo