google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Primacy 3: lançamento da Michelin para carros médios

Conquistar a preferência do consumidor é a premissa básica de qualquer fabricante de produto de consumo, mas com pneus existe uma diferença, há que se conquistar os consumidores e os fabricantes de veículos, uma tarefa nada fácil. Principalmente a segunda, pois uma marca de pneu num carro zero-quilômetro muito provavelmente será a escolhida quando chegar a hora da troca, numa espécie de reserva de mercado.

A esse fator se juntam alguns dados altamente preocupantes. Segundo a organização não governamental Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), o Brasil ocupa hoje a terceira posição mundial em acidentes automobilísticos, perdendo apenas para  a China e Índia, primeiro e segundos lugares, respectivamente. Nossa frota circulante é equivalente à da França, mas temos dez vezes mais acidentes, com suas vítimas ocupando dois de cada três leitos hospitalares, a um astronômico custo anual de R$ 80 bilhões. 

Opel Corsa 1,4-L, o 4400 da Opel

Depois da saga que foi conseguir alugar um carro na Alemanha por não ter carteira de motorista internacional, contada aqui há cerca de dois meses, procurei me desligar de tudo o que acabara de acontecer e me concentrar nos afazeres próximos e aproveitar que teria quase 1.200 km para me entender o Opel Corsa que alugara. 

O AE vem avaliando automóveis desde o início, motos um pouco mais tarde, quase sempre cedidos pelos fabricantes ou importadores. Neste caso estava alugando um carro com propósitos de locomoção para atender algumas reuniões em agenda lotada. A neve que caía com freqüência naquela semana limitou ainda mais a minha avaliação, mas dirigir um compacto e enfrentar com ele as Autobahnen, mais outras estradinhas vicinais, foi suficiente para tecer impressões sobre o Corsa europeu. 

Eu não teria o chamado press kit nem a tradicional preleção de executivos do fabricante ou importador. Para obter informações eu teria de caçá-las e ainda lidar com a falta de algumas delas.

O embleminha 150, miopia aliada à desinformação me "enganaram"

Fotos: autor

Praticamente acabou. O Brasil não tem mais peruas. Foi justamente com uma o início da indústria automobilística local, a DKW-Vemag Universal, em novembro de 1956, ainda aquela estreita, plataforma F-91. Que ironia!

Francamente, comecei a ver coisa estranha quando a Chevrolet Omega Suprema saiu de linha em 1996 – por falta de compradores! E havia ganho fama de carro funerário! Aliás, pouco depois comcecei a trabalhar na GM, egresso da revista Autoesporte, soube que a maioria dos executivos há muito haviam trocado suas Suprema por Blazer, o que nunca entendi. Como pode, sair de uma perua fabulosa e pegar um caminhão?

Nada especial mas tudo no lugar certo. Note a "prancha" para o pé esquerdo

Fotos: publicidade, autor e Marco de Bari

Outro dia desses, eu e alguns amigos estávamos em uma rede social apreciando a propaganda acima, do maravilhoso Ford Corcel II 1980, quando alguém simplesmente definiu o carro como "um lixo", citando também os derivados Belina e Del Rey como "autênticos exemplos de projeto gambiarra brasileiro". 

Em outras épocas, ainda valeria a pena perder um tempo discutindo, tentando explicar que as coisas não eram bem assim; Mas chega um tempo da vida em que a gente se cansa: por volta dos meus 20 anos de idade eu realmente acreditava que um dia seria capaz de me tornar um "formador de opinião".

Ledo engano o meu: hoje eu arrisco dizer que 90% das pessoas não procuram a informação para formar sua opinião. A opinião dessas pessoas já está pronta, baseada sabe-se lá em que fundamento: no fundo o que elas procuram é uma opinião similar que ratifique seu ponto de vista, ainda que equivocado.