google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Um video muito interessante está circulando pela internet nos últimos dias. Um japonês muito feliz mostra um de seus carros especiais, devidamente emplacado e licenciado na sua cidade. Até aí, apenas mais um dono de carro legal.

O fato é que o nipônico motorista anda pelas ruas com um Porsche 956 pintado nas cores da Rothmans. Nada mau, não?


Fotos: autor
Um hatchback compacto e espaçoso


O AUTOentusiastas passou uma semana com o Sandero 2013 e seu novo motor 1,6-litro Hi-Power, descrito no post do Bob de 26 de agosto último. A versão é a Privilège, pacata, sem nada da conotação esportiva da GT Line. Rodamos na cidade e fizemos uma viagem ao litoral paulista.

Logo se nota que suspensão é bem macia para o porte do carro, o que o faz um dos melhores da categoria para suavizar a buraqueira de ruas mal asfaltadas. Outro atributo é o bom espaço interno, que permite levar até quatro adultos sem aperto e até mesmo cinco, bem como o bom porta-malas de 320 litros.

Suspensão macia, boa para piso ruim, caso comum no Brasil



A Companhia de Engenharia de Tráfego, que administra o trânsito de São Paulo, enlouqueceu de vez. Não satisfeita com o estrago feito nos últímos dois anos, reduzindo a velocidade máxima permitida em inúmeras vias e com isso travando a circulação de veículos na cidade a olhos vistos – e engordando o Caixa da prefeitura com multas, a ponto de o Ministério Público Estadual argüir a Secretaria Municipal de Transportes e aquela "companhia" sobre a redução de velocidade a respeito de quais os critérios para tanto – vem agora a notícia que irão baixar ainda mais os limites de determinadas vias. A alegação? Claro, a mesma esfarrapada de sempre, diminuir acidentes e atropelamentos.

A notícia foi publicada ontem no sítio do O Estado de S. Paulo, conforme um leitor gentilmente nos alertou.
Quatro motores de válvulas deslizantes: MCollum (1909), Knight (1908), Continental (1926) e Sargent (1914)


Uma visão geral

Vimos na primeira parte que o sistema de válvulas circulares convencionais se tornou um paradigma universal, adotado por todos os fabricantes de motores de ciclo Otto e Diesel, salvo raríssimas exceções em aplicações especiais.

Vimos também que o sistema vigente está longe da perfeição, algo sabido desde os primórdios da história do motor a combustão.

Nos apegamos a ele como se ele fosse a única alternativa. A maioria dos autoentusiastas sequer imagina que existem sistemas alternativos e como eles podem funcionar, quando na verdade, a diversidade de sistemas é imensa.

Estas alternativas foram largamente exploradas na aurora do uso do motor a combustão interna, mas a maioria não passou da fase de proposta ou de protótipo. Ainda assim, há propostas inovadoras mesmo nos tempos atuais.

Mas estes sistemas surgiram e depois desapareceram ao longo dos anos. Alguns obtiveram grande sucesso, como o sistema Knight nos automóveis de luxo, e o sistema Argyll, em motores aeronáuticos, ambos de camisas móveis. Alguns até foram lançados em motocicletas, mas a maioria dos sistemas, entretanto, não passou da fase experimental ou de patente de conceito.

Estes sistemas não seriam mais que mera curiosidade técnica se o "Papa" da engenharia dos motores, o engenheiro inglês, de Londres, Sir Harry Ricardo, não tivesse publicado em 1927 um extenso estudo onde relacionava todos os problemas  com as válvulas convencionais e mostrava (dentro da realidade técnica da época) que motores com este tipo de válvula não iriam muito além dos 1.500 cv.

Muito do que ele afirma neste estudo serviu de base para a primeira parte deste artigo. Em sua substituição, Sir Ricardo propunha o uso de válvulas de camisas móveis.


Sir Harry Ricardo (26/5/1885–18/5/1974)