google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto.estadao.com.br


Saiu esta semana o resultado do exame de alcoolemia da motorista do Hyundai Tucson que perdeu a vida na colisão com um Porsche 911 na esquina das ruas Tabapuã e Bandeira Paulista, em São Paulo, na madrugada de 9 de julho último: 2,1 gramas de álcool por litro de sangue. Representa 250% mais que o limite estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro e 11.500% sobre o permitido pela lei seca.

O triste fato apenas corrobora o que venho dizendo há mais de três anos, desde que a lei foi promulgada. Quem causa ou sofre acidente relacionado a ingestão de bebida alcoólica não é quem bebe comedidamente, dentro do limite de 0,6 g/L que o CTB autorizava e que estava alinhado com a vasta maioria dos países, e que baixou para 0,2 g/L com a lei, mas quem está efetivamente bêbado, de porre. E isso significa alcoolemia 1,0 g/L, no mínimo.

Há cerca de dez anos eu viajei para Peruíbe, litoral sul de São Paulo. Estava entre amigos e durante a noite decidimos ir a um barzinho no centro da cidade, de frente para o mar. Estávamos em três carros, que foram estacionados junto ao meio fio do calçadão da Avenida Governador Mário Covas Júnior.

Um dos carros, um VW Gol preto, estava com um jogo de pneus Goodyear GPS novos em folha. Quando saímos do bar, fomos em direção aos carros e os passageiros do Gol logo perceberam que o carro estava apoiado sobre tijolos: haviam roubado as rodas do lado direito do carro, justamente o lado voltado para a praia, sem iluminação alguma.

Muitos anos depois, ocorreu de novo: um primo deixou seu carro (um Vectra GT) em um desses "valets" da Vila Olímpia e a devolução do carro começou a demorar. Meu primo já estava ficando aflito quando um dos gerentes do bar o chamou para comunicar que haviam roubado as quatro rodas do carro. É óbvio que o carro ficou largado na rua, para alegria dos rapinantes, mas a casa decidiu cobrir o prejuizo e ficou por isso mesmo.

Fotos: autor




Tenho certeza: não se sabe mais fazer ruas no Brasil. Há coisa de dois meses terminaram recapeamento de uma importante rua no meu bairro, a alameda dos Nhambiquaras, e a curvatura transversal, ou câmber da rua, é impressionante, forte demais. 

A foto acima foi tirada a uns 50 centímetros do chão e não dá para se ver o meio-fio do outro lado, tal o exagero da curvatura, apesar de ser uma rua estreita. E o que tem isso, muitos podem perguntar. Muita coisa.

Um veículo que esteja trafegando nas faixas laterais, ao frear forte, travando roda, pode desviar para o lado do caimento, uma simples questão da força de gravidade. Esse tipo de erro existe também em vários trechos da marginal do rio Pinheiros, na capital paulista e constitui ameaça para todo tipo de veículo, os de duas rodas principalmente.

Olhando o conjunto mecânico acima, podemos observar uma série de coisas interessantes. Motor em linha em cima de um transeixo, para tração dianteira, suportado por um parrudo subchassi. Preso a este subchassi estão também as suspensões dianteiras, por duplo A sobreposto. Se o leitor olhar com cuidado, verá também a direção, por pinhão e cremalheira.

Parece realmente um projeto bem pensado, e original. Colocado desta forma, em cima do câmbio, a massa do motor fica recuada, mas ainda bem acima das rodas dianteiras para melhorar a tração, apesar de nesse caso parecer que ficou um pouco alto, o que definitivamente não é bom. Mas as suspensões e direção são de primeira linha, bem como parece ser o subchassi.

Proponho hoje uma brincadeira com os leitores: que é capaz de identificar de qual carro saiu este conjunto? Estou preparando um post sobre ele, então em breve tudo será revelado, mas quem consegue, até lá, descobrir o que é isso?

Mais algumas dicas:

- Primeiro e único carro de tração dianteira da marca
- Corrente de 1965 a 1973
- Grande sucesso de vendas em seu país de origem

Observar com calma a foto acima pode dar mais algumas pistas, mas não vou falar mais senão fica fácil. Quem acertar ganha menção honrosa no post sobre o carro... Até lá!

MAO