google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Em 2003, a GM convidou a imprensa especializada de São Paulo para apresentar o novo aditivo para combustível ACDelco. A novidade era ser "flex", pois até então só existia para gasolina.  ACDelco é uma marca da Genera Motors.

Como os carros flex rapidamente se popularizavam, a unidade de negócios de aditivos e peças da GM  do Brasil viu nisso a oportunidade de atender o mercado lançando o novo aditivo, que agora servia tanto para gasolina quanto para álcool.

O formato do frasco plástico era curioso: facilitava colocar o aditivo no tanque ao fazer abrir a válvula do bocal existente em todos os carros hoje destinada a evitar vazamento de combustível em caso de capotagem, que é aberta normalmente pelo próprio bico da mangueira da bomba. Por isso o longo pescoço do frasco, como se vê na foto, eliminando a necessidade de ter de usar funil. Bem bolado.




Quando escrevi sobre o Studebaker V8 semana passada, comentei como a robusta fixação entre o cabeçote e o bloco ajudou o motor em aplicações de alta performance. Quando se aumenta a taxa de compressão (ou se comprime mais ar dentro de um mesmo volume, como na sobrealimentação) para melhor desempenho, a pressão no interior do cilindro aumenta. Esta pressão tende a escapar pelo caminho mais fácil, no caso a junta entre cabeçote e bloco do motor.

O motor Studebaker tinha seis parafusos ao redor de cada cilindro, e com isso fazia uma junta mais eficiente, permitindo pressões altas no cilindro. Mas mesmo isso é apenas um paliativo para o problema, porque uma junta, por mais eficiente que seja, é ainda uma junta. E se eliminássemos ela definitivamente, fazendo ela e o bloco dos cilindros uma peça única?

Pois é essa uma das características marcantes de um motor de grandessíssimo sucesso e longa vida, lembrado pelos leitores "gaboola" e Joel Gayeski nos comentários do post sobre o V-8 Studebaker: O Offenhauser quatro em linha DOHC (sigla, em inglês, de duplo comando de válvulas no cabeçote). É dele que falaremos hoje, e dessa interessante característica de ter o cabeçote junto ao bloco. Mas antes vamos falar um pouco de história.

Um bom amigo e ex-colega de Volkswagen, da engenharia, o Antônio Ferreria de Souza Filho, dos mais competentes que já vi, me mandou uma interessante apresentação em PowerPoint que considerei merecedora de compartilhar com o leitor. O tema é coisas completamente doidas que vêm ocorrendo aqui. A autoria é desconhecida, mas seu autor está coberto de razão.

O texto começa dizendo "A despeito de Deus ser brasileiro, há coisas surpreendentes que só acontecem no Brasil. Provas cabais de que a inteligência da "brazucada" não tem sido brindada pela inspiração divina, vou listar aqui oito barbaridades brasileiras".

1) Tomada de três pinos (foto acina)
Quem foi o cretino que inventou essa porcaria de tomada de três pinos? Ela é imcompatível com todas as tomadas da galáxia! Nem as tomadas do Império Kingon essa bosta encaixa! De uma hora para outra todas as nossas tranqueiras elétricas e gadgets que usam plugues amerianos (este sim, universal) simplesmente ficaram imprestáveis. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, é chega a hora de invocar a santa gambiarra!
Foto: www.renaultdoce.com.arAo ler o último post do Milton Belli, não pude deixar de me recordar de uma história um tanto interessante envolvendo o folclórico Oreste Berta e uma de suas mais notáveis criações: o "Ratón Escandaloso".

Na década de 60, a tradicional categoria argentina Turismo Carretera ainda era disputada por traquitanas derivadas de modelos americanos dos anos 30 e 40, como Chevrolets, Fords e outros menos votados. Não havia muito segredo: basicamente eram "cadeiras elétricas" construídas em fundo de quintal, o mínimo de carros velhos com o máximo de rendimento extraído de motores mais atuais.

O destaque ficava por conta de um ou outro refinamento técnico em freios e suspensões, mas a grande maioria corria mesmo era na raça. Os mais ousados arriscavam apostar em modelos mais recentes e modernos, como os Ford Falcon e Chevrolet 400, muito superiores por conta da estrutura monobloco.