google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Sábado passado voltava do encontro de autos antigos de Águas de Lindoia (SP) em direção ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde devolveria o carro alugado e pegaria o voo para o Rio de Janeiro.

Ainda na rodovia Fernão Dias, comentei com o amigo que guiava o carro para procurarmos um posto para abastecer o Palio da locadora antes de devolvê-lo, pois nos seria cobrado R$ 4,50 por litro caso devolvêssemos o tanque sem estar cheio. Considerando que o carro tinha menos de ¼ de tanque e o preço do álcool em São Paulo anda por volta de R$ 1,70, gastaríamos uns R$ 100,00 a mais se não abastecêssemos antes.

Fotos: autor

Havia anos que não vinha para a Grande Maçã. Ao planejar minhas férias, decidi alugar um carro somente quando estivesse deixando Manhattan, só o que deixaria de dinheiro na mão dos estacionamentos pagaria um belo upgrade na Hertz; deixo isso para o próximo post.

Prius Hybrid - recepção nada entusiástica, cadê os V-8?
O engraçado é que cheguei a essa conclusão logo ao apanhar o táxi do aeroporto, um Prius, cadê os Crown Victoria V-8? Que, apesar de barcas, tinham aquele ronronar gostoso, tão bom que até esquecíamos como eram apertados por dentro. O motorista do Prius, um indiano, perguntou muito do Brasil, queria traçar paralelos, realmente estamos mais para eles que para EUA. Feliz com seu híbrido, roda 11 horas e gasta 10 dólares por dia de combustível. Já há muitos Prius táxi e vários outros híbridos também. Meu amigo AG choraria de ver V-8s desaparecendo do cenário, lenta e dolorosamente, em prol de não sei bem o quê.


Vejam este texto da Petrobras, tirado do blog da empresa:

"A Copa Petrobras de Marcas, que recupera a disputa entre os modelos das montadoras nacionais e dá novo gás à temporada 2011 do automobilismo, teve início neste fim de semana (29/05) com os primeiros treinos coletivos, no Autódromo Internacional de Curitiba. A competição  é promovida em parceria com a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Composto por oito etapas realizadas nas principais cidades do país,  as provas serão transmitidas em tevê aberta, pela RedeTV."

Evidentemente, não se trata de "modelos das montadoras nacionais", pois são veículos de mecânica única apenas com bolhas de plástico para dar a entender que são "marcas".

O que me dana é que poderia ser completamente diferente, um campeonato brasileiro de carros de turismo verdadeiro, que admitisse sedãs com motor de até 2 litros correndo sob regulamento internacional como o Grupo A da FIA, que é o adotado para o Campeonato Europeu de Carros de Turismo e por isso mesmo envolvendo - de verdade, não de mentirinha - as fábricas. Como ocorre hoje com a Fórmula Truck

Uma prova do Campeonato Europeu de Carros de Turismo
Repare na foto acima: são carros de produção de verdade, modificados segundo um regulamento internacional  de amplo conhecimento de todos . Compare esses carros com o "Honda" da foto de abertura, chegar a ser patético. Os caras estão de brincadeira, só pode ser.


Era 1976. Eu tinha a concessionária VW no Rio e corria na equipe oficial Ford, a Mercantil Finasa-Motorcraft, dirigida pelo saudoso Luiz Antônio Greco. O primo Billy Sharp comprou um Maverick para correr, em sociedade com um amigo comum, o Mauro de Sá Mota Filho, e o carro era assistido na pista pelo Greco e seu time de grandes mecânicos. Era um "agregado" à equipe. 

O Maverick V-8 era muito atraente e o primo gostou tanto do Maverick de corrida que acabou comprando um para uso pessoal. Comprou direto da Ford, da frota, cor marrom médio metálico (foto), que não era disponível e por isso o carro era único. Tratava-se de pintura  para o "show de cores", como era chamado na Ford o expediente para a escolha de cores.

Assim que retirou o carro no pátio da Ford, no Taboão, deixou o carro na Greco Competições, que era o QG da equipe, para pôr no motor o pacote Quadrijet, igual ao que se usou nas provas de Turismo  Divisão 1 nos dois anos anteriores. Trocou as rodas pelas Scorro, também de corrida, e mandou pôr amortecedores Koni. O carro era um verdadeiro canhão, até para os padrões de hoje, e feliizmente não tinha a "GT decor", aquele monte de faixas pretas que o primo não gosta e tampouco eu.

Dias depois o Greco avisou que o carro estava pronto e o Billy me chamou para irmos a São Paulo buscar o carro (morávamos no Rio). Pegamos um avião, chegamos, almoçamos e apanhamos o Maverick para viajar para casa. "Vai tocando você", disse o primo, e saímos.