google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Em 2007 compramos uma Fiorino Fire Flex 0-km para usar em uma de nossas lojas, transportando carga leve, para substituir a Strada 2001 que já dava algum sinal de cansaço. Conseguimos achar uma com ar-condicionado, depois de procurar muito, pois ninguém tinha e não estávamos muito a fim de esperar por uma encomendada.

Já guiei um bocado o carro, é um Uno mais comprido, com uma traseira mais desajeitada. O motorzinho 1,25-litro não é lá muito forte, mas dá conta do recado. Funciona suave e consome pouco, é até ágil no trânsito da cidade.


E-Type -- por todos os tempos…

Quando as pessoas falam de carros, é comum iniciar uma discussão para falar dos carros mais feios ou mais bonitos na história de automóvel. Os feios são fáceis de identificar. Parece que todos concordam no Aztek (para mim, o irmão gêmeo do Buick, o Rendevous, é tão feio quanto o Aztek…). E qualquer carro da Ssangyong, especialmente o Rodius. Citroën Ami-6? Como não!. Os atuais Maybach 57 e 62? Discutível, mas possivel. 

Não podemos esquecer do Suzuki X-90. Mustang II de 1974? Um verdadeiro horror, considerando a beleza dos modelos anteriores. E como sempre os ingleses, como a Austin A35, o Daimler SP-250, e o meu favorito de todos os tempos, o Lea-Francis Lynx. Esse aí é tão ruim que a fábrica só fez três unidades (um numa cor de orquídea com frisos em banho de ouro!), e após um esforço apaixonado e enorme não conseguiu vender nenhum. É fácil ver por quê.

Lea-Francis Lynx de 60 – três produzidos, zero vendidos


Chuck (esq} e Dave com o volante
Há por aqui um senhor, já de idade, que se chama Chuck. Ele serviu durante a Segunda Guerra Mundial como piloto de PBY Catalina na campanha do Pacifico. Quando digo “de idade”, quero dizer que ele está por volta dos 90. A mulher dele já morreu muitos anos atrás, os filhos provavelmente tem entre 60 e 70, os netos já com uns 40 e tantos, os bisnetos já se formando etc.

Bem, além de ser homem de família, ele é também entusiasta de carros, com uma seleção na garagem de casa grande e requintada. Especialmente de carros Maserati. Se me lembro certo, tem um Ghibli, um Bora, um ou dois Merak, um Spider Zagato biturbo, um 4200GT cupê 2002, um Osca spyder. E vários Jaguares XJS e XJ8, um Cadillac XLR relativamente novo, um Lamborghini Espada Serie 1.5 lindo prata com interior original em azul e um Packard 1932. Ah, quase esqueci o 308 GTB. E o SM. Ou será que são dois? E os vários motores de SM no chão da garagem. E um Cord 812, ou talvez dois. E que mais? Esqueci alguma coisa? Sei que são 16 carros completos. Ou será que são 18? 20? No mínimo, dar para ver que ele é colecionador de categoria. Quer dizer, um autoentusiasta!

Fotos: autor

Não é de hoje que o Alfa Romeo 145 me atrai. Na verdade, fiquei gamado em todos os Alfa Romeo desde a primeira vez que escutei um roncando, e isso faz tempo. Basta o ronco encorpado, gorgolejante e invocado, que todo Alfa tem, para sentirmos que aquilo é coisa boa. O ronco fala muito de um carro, de qualquer carro, e o dos Alfa nos fala diretamente ao coração – tem paixão ali, a gente sente.

E foi num passeio domingueiro a pé que minha filha do meio viu um Alfa 145 estacionado e com um papelete anunciando sua venda. Vermelho, Quadrifoglio – o Quadrifoglio tem motor 2,0-litros. No Brasil foram vendidos também os com motor de 1,8-litro, que também anda bem, mas nem tanto. E ela, sendo arquiteta e ligada em design, travou: “Pai! Olha só um carro pra eu trocar o meu Escortão véio!”
Pra quem é que ela foi falar...