Um texto de Bird Clemente, especial para o AE
Minha memória das fases da minha carreira: 1ª- Obsessão para ser um corredor de automóvel; 2ª - Me achar imortal e arriscar até o último fio de cabelo; 3ª - Ter que matar um leão por dia; e 4ª - Finalmente confesso que foi natural para mim, e deve ser para outros, o cansaço de se arriscar tanto.
Quando eu pensei que já havia parado, fui incentivado e acompanhado pelo meu irmão Nilson na aspiração de participar da 24 Horas de Interlagos de 1970, no 16 de maio, o que topei, mas cobrei de mim mesmo, com anuência do meu irmão, que dispuséssemos do melhor carro, que não me envolvesse naquele sacrifício do cotidiano da minha vida, no reflexo da história Davi contra Golias.
E que também, para sair da rotina, queria trocar de macacão, tomar um banho e jantar bem, como nunca, no meio da corrida.