google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autor.


Há algumas semanas, escrevemos um pouco sobre o piloto Don Garlits. Para quem não viu, o texto está nesse link.
Os muitos carros que estão no museu dificilmente podem ser descritos em sua totalidade, tanto pela quantidade, cerca de 100, quanto pelas inúmeras histórias de cada um, pois são tanto de Garlits como de outros pilotos que doaram ou emprestaram seus carros para exposição.

Um ponto ruim é a cordinha de isolamento que existe ao redor dos carros, e que atrapalha muito as fotos. De qualquer forma, é necessário visitar o endereço do museu na internet, e lá pode-se ver fotos bem melhores do que as que eu tirei. Um exemplo de como é importante ver o site, é a página  do Swamp Rat 12A, uma foto do carro em um evento onde o motor foi ligado, com som.

Foto: thegolfgti.com

No recente post sobre o nome Volkswagen usei a foto acima, mas de outro ângulo. Esta agora é ainda mais espetacular. Considero essa visão da usina termoelétrica da fábrica Volkswagen um verdadeiro símbolo da tenacidade do povo alemão, que levado ao mais sangrento conflito da História, pelo qual não teve a menor culpa, soube se reerguer e levar seu país ao lugar de destaque que ocupa hoje na economia mundial.

Inclusive, e principalmente, naquilo que a Alemanha representa para os autoentusiastas de todo o mundo, a excelência dos seus "automóveis de Autobahn", projetados e fabricados para se viajar com total segurança nas magníficas autoestradas do país que sabiamente não impõe limite de velocidade.

A foto acima não é do Paulo Keller, mas mesmo sem entender coisa alguma de fotografia eu digo que ela merece um prêmio. O bom fotógrafo é aquele que tem a capacidade de transportar o observador para o momento exato do clique, transmitindo sensações que uma simples imagem seria incapaz de registrar. Ainda que pareça um exagero, digo que ao observar a foto acima eu consigo sentir o vento frio batendo no rosto, o cheiro dos pneus, a vibração do solo e o som dos dois motores ecoando na pista.


Poucas pessoas nunca ouviram falar de Howard Hughes, mesmo vários anos após sua morte em 1976, então um completo recluso que evitava contato com o mundo exterior.

Nascido herdeiro de uma companhia produtora de brocas petrolíferas fundada por seu pai, Hughes, órfão de pai e mãe muito cedo, aumentou centenas de vezes seu patrimônio já considerável, e se tornou um dos mais ricos homens do mundo. Hughes foi o estereótipo do milionário excêntrico, quase um roteiro completo para alguém que quiser criar um personagem de ficção com esta descrição.

Hughes era maníaco depressivo, tinha um pavor de contaminação que piorou muito com a idade. Mas era fascinado por cinema e mulheres bonitas, o que o levou a ser primeiro produtor independente, depois dono de estúdio (RKO), e amante de centenas,milhares de mulheres, entre elas, Katherine Hepburn, Ava Gardner e Jane Russel. Foi um aviador e construtor de aviões, e dono da aerolinha TWA. Mas era completamente errático e obsessivo em seu comportamento, gastava milhões em projetos obviamente sem futuro, mas por uma combinação de sorte, coragem e bons assessores, só conseguia ficar ainda mais rico.

Howard Hughes não era o que se pode descrever como uma boa pessoa. A motivação principal de suas ações sempre foi o benefício próprio, e já foi descrito como a pessoa mais desprovida de emoção que já pisou na terra. Mas o mundo seria um lugar infinitamente menos interessante se ele nunca tivesse existido.