google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Divulgação FPT

No mês passado dirigi, na Itália, um Fiat 500 com o motor da foto, um dois-cilindros turbo de 875 cm³ e que é a proposta da Fiat, pelo seu braço de motores e transmissões, a FPT Powertrain Technologies. O que posso dizer é que achei sensacional. As vendas começaram em setembro.

A potência de 85 cv a 5.500 rpm com 14,8 m·kgf de torque a 1.900 rpm, no carro de 865 kg, de que já falamos aqui, só que com motor 1,4 litro de 100 cv, proporciona imensa alegria de dirigir. O som é rachado típico de todo dois cilindros, mas a suavidade impressiona. O motor twin de 80,5 x 86 mm conta a com a indispensável árvore contra-rotativa de balanceamento e empurra o Cinquecento com vivacidade.



Foto: autozine.org
Interior do Ferrari F430

Esta semana o Arnaldo e eu andamos bastante de Ferrari F430 em Interlagos. Foi para a gravação de um vídeo-piloto para algo que temos em vista. Não é nada para o AE, mas por enquanto não podemos  revelar a finalidade exata do que fizemos.

O F430 foi lançado no Salão de Paris de 2004 e trouxe uma novidade na marca, o câmbio tipo Fórmula-1 chamado Impulse, seis marchas, com tempos de troca de até 150 milésimos de segundo, diferencial  autobloqueante de controle eletrônico que permite ajuste de suas características por um pequena alavanca  giratória no volante de direção. O novo Ferrari substituiu o F360 Modena e foi fabricado até 2009, quando deu lugar ao F458 Italia.

Esse câmbio, atrelado ao motor V-8 de 4,3 litros e 490 cv, é um robotizado monoembreagem que inclui função automática, como tantos outros que já temos aqui em modelos produzidos pelas fábricas mais antigas, exceto a Ford, e de que já falamos no AE. Mas no F430 havia outra novidade: a alavanca de câmbio não existia mais, fato repetido no F458 Italia.

É bom não ter alavanca de câmbio? Não acho nada bom. Há quem ache o máximo trocar marchas pelas borboletas, a pessoa "viaja" se imaginando um piloto de F-1, mas há quem não, meu caso. Por isso todo fabricante deve atender a ambos os gostos. É assim no Audi R8 e na maioria dos carros que tenho dirigido ultimamente. A escolha deve ser de quem dirige, não de quem projetou o veículo.

A velha história de a isca ser saborosa para o pescador e não para o peixe.  O bom senso manda o contrário se a finalidade é pescar.

Claro, no auge de uma tocada mais rápida pode até ser conveniente  ter os polegares encaixados na raiz do dos raios com o aro do volante e os dedos indicador, médio e anular puxando as borboletas - direita para subir, esquerda para reduzir. Mas não é toda hora que se anda rápido e nem é toda hora que se segura o volante com as duas mãos, mesmo que seja obrigatório pelo nosso código de trânsito, um atavismo resultado do tempo em que qualquer coisa o volante fugia das mãos. Nesses momentos de só uma mão ao volante, ter alavanca é ótimo. Imprescindível, diria.

Nem sei quantas vezes, ao levar o motor do F430 a 8.500 rpm, a rotação de potência máxima, minha mão saiu em busca da alavanca e nada encontrou. Que sensação horrível! Antes que os leitores mais jovens digam que isso "é coisa de velho", adianto: é mesmo! Em 17 de dezembro último completei 50 anos de habilitado, fora os dez anos anteriores sentado no banco da esquerda, com maior frequência a partir dos 15 anos. Esse tempo todo sempre havia uma alavanca para trocar de marcha, seja no assoalho, seja na coluna, caso do DKW-Vemag. E quando dava uma voltas no JK de um tio, cinco marchas na coluna. Ah, e o meu iniciador, o Citroën 11 do tio que ensinou a dirigir, com sua alavanca que saía do painel.

Painel do Citroën 11 e alavanca de câmbio que saía do painel (foto sintra-lisboa.olx.pt)
Os que pensam como eu tinham alternativa, o F430 era disponível também com caixa manual de seis marchas, com direito à grelha dos canais das marchas e tudo, mas isso acabou com o F458. A Ferrari decidiu que alavanca de câmbio pertence ao passado e seu brilhante modelo não a tem mais.

Vaiando de pé.

BS


Para alguns, é um indicador de economia presente no painel de vários carros mais antigos. Para outros é só mais um "reloginho" que mexe constantemente seu ponteiro.

Injustamente incompreendido por motoristas e mecânicos, o vacuômetro é o instrumento que mais informa sobre diversas situações de operação do motor, e por isso mesmo o principal indicador da sua saúde mecânica.

Para conhecermos um pouco mais deste instrumento praticamente desconhecido, primeiro temos que entender exatamente o que ele mede.

Observem o desenho a seguir, mostrando um motor em corte.



Nele vemos que antes das válvulas de admissão há o coletor de admissão, que possui na sua entrada uma válvula-borboleta, a chamada borboleta de aceleração. Durante o funcionamento do motor, quando um cilindro admite ar pela descida do pistão e pela abertura da válvula de admissão, este ar é captado do coletor de admissão.


Nota do AUTOentusiastas:

Hans Jartoft é nosso colaborador sueco e postou algumas fotos de partes de seu Audi A2 há algumas semanas, para que algum leitor descobrisse qual carro era. Não durou nem 15 minutos a charada, provando que temos seguidores de ótimo conhecimento.


UM CARRO NOVO
Por Hans Jartoft

Era hora de comprar um "novo" carro para usar no dia a dia. O meu Saab 900 Turbo tinha 21 anos e uns 220.000 km. Andava muito bem mas tinha vários defeitos pequenos.

Meu Saab 900, no dia em que foi embora.
O problema maior poderia ser que, com mais um inverno aqui com sal nas estradas, a corrosão que era pouca, poderia aumentar bastante. Era a hora do 900 Turbo virar carro de hobby. Mas comigo não. Já tenho o TVR.