google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Sábado acordei já com uma ideia zanzando na cabeça: eu precisava andar num Lotus Exige. Durante a noite meu cérebro me armou essa sem me avisar e me fez ter vontades. Como vê, é um cerebrinho de m... que se não o disciplino só pensa besteira.
Mas, sabe como é, volta e meia guio um esportivo diferente, ou mesmo não esportivo, e praticamente sempre me sobra um ranço de insatisfação; maior ou menor. De qualquer modo, com raríssimas exceções, sobra um ranço por não terem feito um carro exatamente do meu gosto. Ou o carro anda pra burro, mas é muito pesado, ou muito grande, ou lerdo, ou o carro parece bom de tudo, é rápido, mas não se porta nas curvas exatamente do jeito que eu gostaria, fora os que têm design esquisito.
As exceções infelizmente são poucas: Alfa Romeo GTV, Lotus Eleven, Jaguar E-type, Ferrari Dino, Ferrari 308, Ferrari 348 e... e...? acabou.
Sempre tem uma coisinha que tira o barato. O Alfa Spider e também o Duetto, vale citar, são show de guiar – perfeitos nas curvas –, mas, por serem conversíveis sem estrutura perfeita, chacoalham um pouco se o piso for irregular. O Mazda Miata é uma perfeição técnica, bom pacas de guiar, mas lhe falta classe no design do interior.
E os esportivos novos? Bom, desses há muitos excelentes, andam barbaridade, mas tanto fizeram, tanto os empetecaram, que estão grandes e pesados, e nos deixam distantes do contato com o chão, filtram demais. mundo passa feito um cinema e não é pra isso que entro num carro esporte. Pra isso fico no sofá de casa.
Então, o Exige era a minha esperança de guiar algo plenamente satisfatório pro meu gosto: Um carro Puro Suco, um Lotus – eficiência total, sensatez total, objetividade total no prazer de guiar. E é carro novo, porque, como disse, esse prazer pleno só tive em carros antigos.
Daí que logo cedo peguei a motinha Biz 100 e saí de fininho de casa antes que minha mulher acordasse e me arranjasse alguma obrigação chata pracaramba.
Sem trânsito, a motinha me levou à Rua Estados Unidos esquina com a Campinas, na Loja California Motors do meu amigo Jean. Estava ainda fechada, mas parei, desci da moto e... incrível! Lá dentro estava um Lotus Exige S vermelho! Vai ser rabudo assim lá longe!
É hoje! – pensei.
Saí pra matar um tempo, tomar um café, e quando voltei já lá estavam o Jean e o Gustavo manobrando carros pra lá e pra cá. O Gustavo Silveira, além de trabalhar na loja, constrói excelentes hot rods. O melhor T-bucket que já guiei foi feito por ele – tinha um motor Ford 302 com uns 350 cv e pesava uns de 600 kg... um canhonaço! E, coisa rara para um hot rod, bom de chão. Lindo, preto com labaredas, detalhes impecáveis e de bom-gosto.
— Jean, meu velho, preciso guiar esse Lotus aí – fui dizendo. É uma questão de vida ou morte.
— Vambora! Mas só uma voltinha, porque o carro, apesar de ser 2008, não rodou nem mil quilômetros. O sujeito comprou, a mulher dele disse que não andaria naquele carrinho que não parecia carro, e o sujeito o encostou e praticamente nunca andou com ele.
O filminho que segue conta um pouco como é guiar o carro, mas vamos lá:
O motor é o 4-cil de1,8 litro da Toyota, com comando de válvulas variável, só que com compressor, o que o faz render 240 cv a 8.000 rpm... Oito mil giros... E o torque máximo é de 23,5 kgfm a 5.500 rpm. O torque não é monstro, mas tem um detalhe aí: o Exige S pesa só 940 kg, daí que a relação peso-torque é ótima. O mesmo acontece com a potência.
Chassi e bloco do motor são de alumínio, carroceria de composto plástico reforçado com fibra de vidro, fininha, peças em fibra de carbono etc, ou seja, tudo o mais leve possível. E tem ar condicionado, ar quente, airbag e vidros elétricos. Não tem assistência de direção, o que a deixa perfeita, com o peso e velocidade certos.
O peso do pedal de freio é perfeito e a modulação também. Bom, considere aí que considero tudo perfeito e boa. E ótima: meu tênis era para corrida a pé, com aquele calcanharzão saltado, uma droga pra guiar, então guiei descalço, já que os pedais estão perfeitamente juntinhos, bem à inglesa.
São 6 marchas adiante. Engates... perfeitos, justinhos e rápidos. Tudo nele foi feito para que o seu trabalho seja rápido e exato. É pensar e já estar feito.
O motor trabalha em baixa tão suavemente como o de um Corolla, do qual deriva, porém, basta uma aceleradinha mais forte que ele vira monstro e acelera decidido mandando o giro lá pra cima. Uma pegada forte de entontecer. O que está adiante se aproxima como se puxássemos a imagem com um zoom. Não há turbo lag. A coisa é imediata, e sempre suave, sem vibrações de motor, já que vibração é perda de energia. E ele traciona barbaridade, por ter motor central-traseiro e ser um carro leve – então ele não fica naquela tontice de burnouts. Ele sai com tudo feito uma bala. Distribuição de peso: 38:62.
A segurança que inspira é fantástica. É marcha atrás de marcha e não é à toa que a Lotus afirma que ele faz o 0 a 100 km/h em 4,0 seg. 0 a 160 km/h em 11 seg. Velocidade máxima de 240 km/h.
Para maiores detalhes:
Jean, mais uma vez, obrigado. Voltei a ter esperanças nos homens que fazem carro. Ao menos nos caras da Lotus.
AK
A Audi deu o troco na Peugeot este ano em Le Mans, mas não é uma mera questão de sorte, ou o simples fato dos 908 apresentarem problemas de confiabilidade.
No ano passado, a superioridade dos 908 era mais pronunciada, tanto em velocidade como em resistência do equipamento. E como é o mundo do automobilismo, de ano a ano, novas soluções são encontradas para aprimorar o que já era bom, e os carros são cada vez mais eficientes.
Este ano, a Audi correu com o modelo R15 Plus, uma evolução do R15 do ano passado. A Audi justificou suas falhas de 2009 com a crise econômica que abalou a indústria, e consequentemente gerou muitos cortes de orçamento para os programas de competição da marca, assim reduzindo o tempo de desenvolvimento e testes do R15 de 2009.
Para este ano, modificações na parte aerodinâmica em especial foram trabalhadas para que o carro gerasse o máximo de downforce possível com o mínimo de arrasto consequente.
R15 Plus 2010
R15 2009
Começando pelo bico do carro, o novo modelo lembra muito uma arraia "manta", com duas pontas bem pronunciadas. A parte central do carro está mais destacada dos para-lamas, o que sugere que assim o fluxo de ar é melhor aproveitado. O centro do carro está com uma sessão não constante, que mostra o trabalho no spoiler dianteiro para gerar mais downforce.
R15 Plus 2010
R15 2009
A lateral do carro mudou drasticamente, eliminando boa parte dos complexos dutos e canais de circulação de ar. Também foi eliminado o fechamento lateral (onde aparece o nome "Audi Sport" no carro de 2009), deixando a passagem livre para o ar que entra pelo bico sair pelas laterais. Desta forma o carro se aparenta com um Fórmula, com as rodas "independentes" do corpo central onde estão os radiadores.
R15 Plus 2010
R15 2009
O para-lamas traseiro foi suavizado, que indica que o modelo antigo devia gerar arrasto na região em função do seu formato, bem como a lateral do carro também está mais lisa e constante, sem tantas interrupções na superfície. A tomada de ar, bem pronunciada, foi redesenhada para adequar ao novo formato do carro, tanto para otimizar sua capacidade de captação de ar como para reduzir o arrasto.
A fixação da asa traseira manteve-se no novo conceito de sustentação, onde os suportes centrais são fixados na asa por cima, e não por baixo como estamos acostumados a ver. A mudança de 2009 para 2010 foi na inclinação destas lâminas, antes pronunciadas para frente, e agora para trás. Para entendermos esse conceito, o estudo de túnel de vento e simulações de computador são necessárias, pois a aerodinâmica não é um estudo simples e intuitivo. Pode ser que os carros estejam trabalhando com um conceito de flexibilidade na asa (item sempre duvidoso e proibido em regulamento, mas que as equipes usam de artifícios para dar resultados), para aumentar velocidade de reta. Mas é apenas um "chute", nada certo.
R15 Plus 2010
R15 2009
A traseira do carro ficou um pouco mais limpa também, salvo um conjunto de aletas colocadas dentro da terminação do para-lamas, atrás das rodas traseiras. Estas aletas direcionam o ar que circula na caixa de roda para controlar a pressão interna, e trabalham em conjunto com o fluxo do extrator traseiro e da asa, para reduzir o arrasto ao máximo. Novamente vemos uma carroceria mais "limpa" no carro atual, desde a roda dianteira até o final do carro. Até o retrovisor foi realocado.
Com ganhos na aerodinâmica, revisão de suspensão e motorização, o R15 evoluiu em termos de velocidade e confiabilidade o suficiente para vencer os quatro carros franceses, que estavam com pinta de favoritos desde a qualificação.
A evolução foi significativa, com ajustes de projeto foi possível melhorar em quase cinco segundos o melhor tempo de volta em corrida.
Para o próximo ano, a Peugeot deve revisar seu projeto para solucionar os problemas de durabilidade, e tentar manter-se como os mais rápidos em Le Mans, mas também a Audi não vai ficar esperando, haverá novas modificações e mais uma vez, a briga vai ser boa.
MB

Foto: Autor
Clique na foto para ampliá-la e ler melhor a mensagem no para-choque
Não que o Centro de Formação de Condutores proprietário do Fox da foto não pudesse divulgar alqo que tivesse julgado interessante e quisesse fazê-lo, mas enaltecer o fato de o carro de aprendizagem ter direção hidráulica? Pintado no para-choque traseiro ainda por cima? Achei isso uma pobreza tão grande que peguei o celular e fiz a foto, já pensando em comentar com o leitor aqui neste espaço.
Direção servoassistida, por meio hidráulico ou elétrico, é tão comum hoje que me chocou ler uma informação dessas no carro à minha frente. Me deu uma certa depressão, aquela tipo relâmpago, que felizmente vai embora tão rápido quanto veio.
Duvido que o aspecto de carro de autoescola ter direção servoassistida seja relacionado à facilidade de dirigir por motivo de a relação de direção poder ser mais baixa, o que resulta numa direção mais rápida (mais esterço virando menos o volante) e segura. Pelo contrário, sou capaz de apostar que a ideia central de direção assistida naquele carro é conforto, fazer pouca força para virar o volante, explicando os dizeres  no para-choque traseiro, "Veículo esquipado com direção hidráulica".
BS
(Atualizado às 13h45, carro é Fox, não Gol; leitores apontaram o erro, veja Comentários)


Eu pretendia escrever sobre planejamento de viagens há tempo e vou aproveitar para responder às questões dos leitores, já que estou com tudo à mão. Eu realmente curto essa etapa, acho que "preparar-se para a festa" é tão interessante quanto a própria festa. E, claro, aproveita-se muito mais e com mais conhecimento do que se vai ver, história inclusive, evitando-se contratempos evitáveis.

Depois de definido o destino, preciso ou por alto, é hora de pesquisa. Muita pesquisa. No caso da viagem à Suíça, foi relativamente fácil por não ser inédita. Eu conhecia parte das estradas por ter rodado por lá de moto antes. Nesse passeio anterior, usei os inestimáveis serviços da Edelweiss (www.edelweissbike.com), uma empresa austríaca que já me levou por três diferentes destinos europeus, sempre em memoráveis viagens. Eles cuidam de tudo, do aluguel da moto, manutenção, escolha dos hotéis e jantar. Ah, levam a bagagem na van, entre os hotéis, para se viajar leve em duas rodas. Em um dos dias marcam até um piquenique em algum ponto remoto. Inesquecível. Mas são normalmente motociclistas austríacos ou alemães, não espere mestre cucas!

Edelweiss
Tour High Alpine
Detalhes do roteiro, mapa, atrações

E quem não gosta de moto, o que faz nesse site? Estuda os roteiros! Essa empresa (e outras semelhantes) já fizeram a lição de casa para nós. Escolheram rotas com paradas adequadas, estradas interessantes, paisagens bonitas. É possível ver a descrição, fotos, depoimentos de quem já foi etc. Se puder, basta entrar e escolher e acabou o planejamento. A Edelweiss é representada no Brasil pela ótima agência Melbourne (www.mbtour.com). Caso o pacote não caiba no bolso, use e abuse do site da Edelweiss. Altamente recomendável.


Na mesma linha, mas em quatro rodas, o excelente Ultimate Drives (www.ultimatedrives.net) é um dos melhores! Sempre com carros de sonho e hotéis magníficos, deve caber em poucos bolsos (não coube no meu, infelizmente). Mas o site deles é ótimo, com um nível de detalhe bem maior dos roteiros, notas quanto à paisagem, policiamento, pavimento e... WAYPOINTS para o GPS! Basta entrar, baixar e carregar no GPS. Nesta última viagem eu me baseei nas rotas sugeridas por este site, bem como nos comentários.

Descrição de um dos roteiros, com mapa e waypoints

Nessa mesma linha, mas bem no estilo web 2.0, colaborativo, temos o Best Biking Roads (www.bestbikingroads.com). Mais amador, propagandas espalhadas e meio lento, mas com ótimas sugestões, também com notas em relação a vários quesitos como o site anterior e comentários e fotos (até vídeos) dos colaboradores. Confesso que antes de encontrar o site acima (e para destinos que não sejam na Suíça e arredores) este é meu site de referência.

Best Biking Roads
Detalhe: rotas de um país
Detalhe: uma rota específica

Depois, basta escolher o carro e o hotel. Simples, mas nem tanto. Sugiro a ótima Elite (www.eliterent.com) e a Sixt (www.sixt.com), para viagens à Europa.

Elite
Sixt

Já aluguei na AutoEuropa e até em outras menos conhecidas que sublocam das agências maiores, mas conseguem melhores preços por alugarem muitos carros. O próprio Ultimate Drives usa carros da Elite, por exemplo. Não tenho muitas dicas de aluguel de carro além das mais comuns: devolva o carro abastecido (elas sempre cobram mais do que o custo médio do combustível), atente para o seguro (muitas oferecem seguros extras pra baixar o risco máximo, o que acrescenta em tranquilidade), alguns carros mais caros exigem 2 cartões de crédito para garantia de danos (e normalmente debitam um valor alto que depois é devolvido, 2.000 francos suíços no caso do SLK da recente viagem), há idade mínima para alguns carros etc.

Normalmente alugar no aeroporto acaba tendo sobretaxas, mas a conveniência é obviamente maior. Perceba que existe diferença na oferta de modelos entre a mesma empresa em endereços diferentes (aeroporto e centro da cidade, por exemplo). Se quer um modelo específico, atente a isso (mas raramente é possível garantir o modelo). A Elite, por exemplo, envia a placa do carro que está reservado para sua locação, mas sempre podem haver imprevistos. No Canadá, recentemente, aluguel feliz da vida um Mustang GT e recebi um Chrysler 300 C Hemi, simplesmente porque não alugam carros 4x2 no inverno, apesar do site da Hertz ter permitido isso. Pelo menos valeu um ótimo desconto, como forma de compensação (reclame, eu aceitei o carro mas depois reclamei pelo site e recebi o reembolso de mais de 50% do valor, mesmo já tendo pago). A maioria permite que se pague antecipado (10 ou 15 dias antes) em troca de um desconto de 10%. Não é reembolsável, então é importante pesar o risco da viagem não acontecer. A minha última ida à Suíça foi marcada pela incerteza das cinzas do vulcão islandês. Muitos descontos, mas algum risco de caos aéreo...

Importante: não estrague sua viagem. Se não houver disponibilidade do modelo que escolheu, peça pra ver o pátio, normalmente é possível. O carro ajuda, mas uma road trip depende mais do espírito do que do carro. Aguardo sugestões dos leitores quanto a companhias que prestaram bons serviços. Nos EUA, a oferta de carrões depende muito do lugar. Los Angeles (Hollywood!), Las Vegas, Miami tem inúmeras empresas de aluguel de carros interessantes. Novamente, pesquisar bastante antes de escolher.

Para hotéis, cada país acaba tendo um site mais popular. Uso, de forma geral, o Expedia (www.expedia.com) e o via Michelin (www.viamichelin.com), este último mais centrado na Europa. Em ambos tem promoções, comentários, pesquisas por local, preço etc. Nunca deixo de entrar no próprio site do hotel, às vezes tem promoções e preços melhores. O via Michelin é uma versão online do famoso guia de capa verde. E, ao tentar reservar um hotel, ele mesmo redireciona para outro site de reservas, no caso da Suíça, o Booking (www.booking.com). Esse site já tinha sido recomendado pelo meu amigo residente lá, assim como o My Switzerland (www.myswitzerland.com), este mais voltado a hotéis de luxo.

O via Michelin permite que se faça o planejamento do roteiro da viagem com opções do tipo "evitar autoestradas", a "sugestão deles", "o mais panorâmico" etc. Ele traz até as placas que se encontrará no caminho. Em tempos de GPS, perde um pouco a razão de ser, mas é bem interessante na pesquisa. E nunca esqueça os restaurantes, sempre acrescentam aquela lembrança a uma viagem. Eu raramente consigo almoçar bem (e nunca dá pra beber vinho), então um bom jantar é sempre a melhor opção. Como muitos restaurantes exigem reservas e fecham cedo, não custa sair daqui com algum planejamento pronto.

O Virtual Tourist (www.virtualtourist.com) também traz notas e experiências de outros hóspedes. Pode-se inclusive abrir uma discussão, pedir ajuda a outros internautas etc. Novamente, aguardo sugestões dos leitores para melhorar esta lista de sites. Infelizmente para os agentes de viagem, sou bastante self service, raramente utilizo os serviços deles. Mas quando há dificuldade com reservas e voos, ou ainda uso de milhas, sempre o agente de confiança é quem me ajuda.

Uma última dica: atentar para o calendário local de festas e feriados. Neste caso, não era feriado na Suíça, mas muitos países católicos têm feriados muito semelhantes aos do Brasil. Isso pode ser bom ou ruim. Às vezes queremos ir para algum lugar na data de um evento (como o Palio de Siena, Oktoberfest em Munique etc), às vezes queremos evitar trânsito (imagine sair do Brasil para encarar uma estrada engarrafada na Europa!!).

E como foi o planejamento da viagem da Suíça? Começando do zero:
1. Definir lugar
2. Pesquisar no Ultimate Drives, Edelweiss e BestBikingRoads
3. Não achei um mapa grande da Suíça, então fiz essa montagem com o Google Maps.


Sei, meio tosca, mas... Aproveitei e marquei no mapa as estradas e passos interessantes (obviamente não daria pra passar por todos) e comecei a imaginar um roteiro.

4. Usando Google Maps, desenhava cada dia, arrastando o roteiro para estradas que eu desejava, mas ele não escolhia (permite que se evite autoestradas, mas quando só parte da rota exige isso, complica). Aí já tinha distância e estimativa de tempo. Cuidado: quando se arrasta a rota, o Google Maps grava um ponto que ele mesmo não acha sempre. Então, após chegar na rota ideal, clicava em "Link" ou "Enviar por email", mas nem sempre tinha a garantia que o clique traria novamente o que eu queria. O ideal é procurar cidades pequenas no caminho que forcem o Google Maps a fazer o caminho que se escolheu. Lembre-se que algumas rotas não estão 100% mapeadas nesse site. O Passo Della Novena e o caminho até St. Moritz passando por Bergün, ele insistia em dar uma enorme volta. Aproxime o mapa, pesquise se a estrada está realmente aberta etc.

Importante imaginar qual dia se estará em qual cidade/região. Fiquei em dúvida se não deveria inverter o roteiro, começando por St. Moritz, que poderia estar cheia no final de semana, por ser um destino de turismo local. Com muito preciosismo, pode-se planejar que vista se terá do carro. Descer de San Francisco para Los Angeles pela famosa Highway 1 coloca o mar à sua direita, com vistas melhores e paradas no acostamento mais fáceis. Usei isso ao escolher o lado em que contornaria os lagos da Suíça, por exemplo.

5. Por último, minha papelada diária. Usei este conjunto abaixo:


Uma planilha simples com a rota, cidade após cidade e os endereços dos pontos específicos (no caso do Dia 1, o passeio a Pilatus). Restaurantes e o hotel do dia estão aí. Facilita muito pro co-piloto/navegador colocar no GPS. E tem tempos e distâncias, dá pra desconfiar de qualquer erro (uma letra errada pode apontar para uma cidade completamente diferente). Aconteceu umas três vezes e percebemos pela hora estimada de chegada, que não batia com a esperada.


Eu sempre carregava o roteiro do dia (à esquerda) e a papelada que descreve cada parte interessante. Apesar de usá-la menos (são muitas folhas por dia), ajudou a resolver uma ou outra dúvida ou decidir entre uma ou outra opção que não estava certa. Como deixo o GPS do carro no mapa, Norte para cima, fica fácil ver se não se está indo para o sentido errado.

É isso, amigos, espero ter ajudado com as próximas viagens e aguardo sugestões de sites para montarmos uma lista de referências para outros AUTOentusiastas viajantes!

Viajar é preciso, viver não é preciso!

Um abraço,

MM

P.S.: Quem já ouviu esse famoso dito popular, deve saber que o "preciso" acima refere-se a precisão, não a necessidade. Perder-se em uma viagem ou perder uma atração por desconhecimento é sempre desagradável. Boa viagem!