Quando eu estava junto com o primo para fotografar um Jaguar XK120 seu dono nos disse que suas curvas eram comparáveis as de uma bela mulher. Na época eu gostei da comparação, mas hoje, falando com o primo ele me disse que fazer uma comparação assim é desmerecer as mulheres. Nada como um primo mais velho para nos guiar... concordei com ele. A natureza de ambos é totalmente diferente e se pensarmos bem, as reações físicas e emocionais da atração, mesmo que comparáveis, também são diferentes.
Mas o que me fez lembrar disso foi um comentário de um amigo dizendo que o Cesar Cielo comprou um Maserati Granturismo. Eu respondi que o nadador simplesmente comprou o carro mais bonito do mundo. Pelo menos da atualidade.
Está certo que a afirmação é forte, principalmente se tratando de uma questão tão subjetiva. Mesmo que essa afirmação não seja uma unanimidade eu duvido que alguém não ache o Granturismo ao menos muito interessante. Deve existir alguns estudos para tentar explicar porque achamos alguns carros bem mais bonitos que outros com explicações mais elaboradas e até científicas. Mas aqui eu vou simplesmente tentar resumir o que acho.
Proporções. Tudo começa com proporções bem resolvidas, ou seja, um equilíbrio de formas que não causa estranheza alguma. A frente é mais alongada e a traseira não muito curta com a queda do teto na medida certa e as quatro rodas, de tamanho apropriado, nas extremidades. Olhando pela lateral a frente representa 30% do comprimento, a cabine ocupa 60% e a traseira 10%. Acho que essas proporções são muito adequadas.
Agressividade. Mas com classe e não violência. Como um lindo e esguio felino a espreita aguardando o momento certo para sair correndo que nem louco atrás da presa. Os para-lamas musculosos parecem patas flexionadas prontas para o bote. Os faróis são olhos com sobrancelhas retesadas encarando a presa como se nada mais existisse no mundo. E a grade dianteira uma boca aberta apenas o suficiente para o ataque preciso. Isso nos hipnotiza como se fôssemos uma presa indefesa.
Suavidade e continuidade. Se deslizarmos a palma da mão da extremidade dianteira até a traseira não sentiremos nenhuma curva ou interrupção repentina, tanto pelo meio da carroceria quanto pelas laterais, sobre os para-lamas. Essa suavidade facilita o entendimento das linhas e faz bem ao olhar. É como observar uma onda perfeita quebrando, simplesmente nos dá prazer em ficar contemplando sem ter que pensar em nada.
Esprotividade com classe. O desenho é requintado, clássico, mas expressa ao mesmo tempo muita esportividade. Isso evita uma polarização em uma única direção. Os amantes de carros esportes se identificam e os mais comportados não se sentem desencorajados. É como um traje esporte-fino. Sentimos-nos bem à vontade por estarmos confortavelmente bem vestidos. E por isso até nos sentimos mais bonitos do que se estivesse de bermuda ou de terno.
Existem carros mais esportivos, com melhor desempenho, mais extremos, mais elegantes e muitas outras coisas mais. Mas poucos são tão equilibrados como o Granturismo. Mais belo do mundo ou não, ele me encanta. E isso sem falar nenhuma palavra a respeito do seu sistema nervoso e do seu sangue quente italiano...
Mas o que me fez lembrar disso foi um comentário de um amigo dizendo que o Cesar Cielo comprou um Maserati Granturismo. Eu respondi que o nadador simplesmente comprou o carro mais bonito do mundo. Pelo menos da atualidade.
Está certo que a afirmação é forte, principalmente se tratando de uma questão tão subjetiva. Mesmo que essa afirmação não seja uma unanimidade eu duvido que alguém não ache o Granturismo ao menos muito interessante. Deve existir alguns estudos para tentar explicar porque achamos alguns carros bem mais bonitos que outros com explicações mais elaboradas e até científicas. Mas aqui eu vou simplesmente tentar resumir o que acho.
Proporções. Tudo começa com proporções bem resolvidas, ou seja, um equilíbrio de formas que não causa estranheza alguma. A frente é mais alongada e a traseira não muito curta com a queda do teto na medida certa e as quatro rodas, de tamanho apropriado, nas extremidades. Olhando pela lateral a frente representa 30% do comprimento, a cabine ocupa 60% e a traseira 10%. Acho que essas proporções são muito adequadas.
Agressividade. Mas com classe e não violência. Como um lindo e esguio felino a espreita aguardando o momento certo para sair correndo que nem louco atrás da presa. Os para-lamas musculosos parecem patas flexionadas prontas para o bote. Os faróis são olhos com sobrancelhas retesadas encarando a presa como se nada mais existisse no mundo. E a grade dianteira uma boca aberta apenas o suficiente para o ataque preciso. Isso nos hipnotiza como se fôssemos uma presa indefesa.
Suavidade e continuidade. Se deslizarmos a palma da mão da extremidade dianteira até a traseira não sentiremos nenhuma curva ou interrupção repentina, tanto pelo meio da carroceria quanto pelas laterais, sobre os para-lamas. Essa suavidade facilita o entendimento das linhas e faz bem ao olhar. É como observar uma onda perfeita quebrando, simplesmente nos dá prazer em ficar contemplando sem ter que pensar em nada.
Esprotividade com classe. O desenho é requintado, clássico, mas expressa ao mesmo tempo muita esportividade. Isso evita uma polarização em uma única direção. Os amantes de carros esportes se identificam e os mais comportados não se sentem desencorajados. É como um traje esporte-fino. Sentimos-nos bem à vontade por estarmos confortavelmente bem vestidos. E por isso até nos sentimos mais bonitos do que se estivesse de bermuda ou de terno.
Existem carros mais esportivos, com melhor desempenho, mais extremos, mais elegantes e muitas outras coisas mais. Mas poucos são tão equilibrados como o Granturismo. Mais belo do mundo ou não, ele me encanta. E isso sem falar nenhuma palavra a respeito do seu sistema nervoso e do seu sangue quente italiano...