google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Quando eu estava junto com o primo para fotografar um Jaguar XK120 seu dono nos disse que suas curvas eram comparáveis as de uma bela mulher. Na época eu gostei da comparação, mas hoje, falando com o primo ele me disse que fazer uma comparação assim é desmerecer as mulheres. Nada como um primo mais velho para nos guiar... concordei com ele. A natureza de ambos é totalmente diferente e se pensarmos bem, as reações físicas e emocionais da atração, mesmo que comparáveis, também são diferentes.

Mas o que me fez lembrar disso foi um comentário de um amigo dizendo que o Cesar Cielo comprou um Maserati Granturismo. Eu respondi que o nadador simplesmente comprou o carro mais bonito do mundo. Pelo menos da atualidade.

Está certo que a afirmação é forte, principalmente se tratando de uma questão tão subjetiva. Mesmo que essa afirmação não seja uma unanimidade eu duvido que alguém não ache o Granturismo ao menos muito interessante. Deve existir alguns estudos para tentar explicar porque achamos alguns carros bem mais bonitos que outros com explicações mais elaboradas e até científicas. Mas aqui eu vou simplesmente tentar resumir o que acho.

Proporções. Tudo começa com proporções bem resolvidas, ou seja, um equilíbrio de formas que não causa estranheza alguma. A frente é mais alongada e a traseira não muito curta com a queda do teto na medida certa e as quatro rodas, de tamanho apropriado, nas extremidades. Olhando pela lateral a frente representa 30% do comprimento, a cabine ocupa 60% e a traseira 10%. Acho que essas proporções são muito adequadas.

Agressividade. Mas com classe e não violência. Como um lindo e esguio felino a espreita aguardando o momento certo para sair correndo que nem louco atrás da presa. Os para-lamas musculosos parecem patas flexionadas prontas para o bote. Os faróis são olhos com sobrancelhas retesadas encarando a presa como se nada mais existisse no mundo. E a grade dianteira uma boca aberta apenas o suficiente para o ataque preciso. Isso nos hipnotiza como se fôssemos uma presa indefesa.

Suavidade e continuidade. Se deslizarmos a palma da mão da extremidade dianteira até a traseira não sentiremos nenhuma curva ou interrupção repentina, tanto pelo meio da carroceria quanto pelas laterais, sobre os para-lamas. Essa suavidade facilita o entendimento das linhas e faz bem ao olhar. É como observar uma onda perfeita quebrando, simplesmente nos dá prazer em ficar contemplando sem ter que pensar em nada.

Esprotividade com classe. O desenho é requintado, clássico, mas expressa ao mesmo tempo muita esportividade. Isso evita uma polarização em uma única direção. Os amantes de carros esportes se identificam e os mais comportados não se sentem desencorajados. É como um traje esporte-fino. Sentimos-nos bem à vontade por estarmos confortavelmente bem vestidos. E por isso até nos sentimos mais bonitos do que se estivesse de bermuda ou de terno.

Existem carros mais esportivos, com melhor desempenho, mais extremos, mais elegantes e muitas outras coisas mais. Mas poucos são tão equilibrados como o Granturismo. Mais belo do mundo ou não, ele me encanta. E isso sem falar nenhuma palavra a respeito do seu sistema nervoso e do seu sangue quente italiano...


Há coisas que não dá mesmo para entender. Esse carro que estou dirigindo é um Renault Symbol  Expression 1,6 8-válvulas, que custa R$ 38.840 mas já vem com ar condicionado, bolsas infláveis frontais, direção assistida hidráulica, travas elétricas e repetidoras dos indicadores de direção nas laterais, entre muitos outros itens. Um deles é fundamental, justamente o que a foto mostra.

Pois não é que a norma Normas de Segurança Federais para Veículos a Motor (FMVSS) 111 proíbe espelho convexo no lado do motorista? Não dá para acreditar.

Vê-se na totalidade dos carros europeus, região onde se dirige muito mais velozmente que nos EUA, espelhos esquerdos convexos. É segurança!

Na foto vejo totalmente a faixa imediatamente à minha esquerda e parte da adjacente a ela. Quer dizer, melhor impossível.

Hoje não consigo dirigir sem espelho esquerdo convexo. Se o carro não tem, dou um jeito de conseguir um, seja no fabricante de espelhos ou numa loja de acessórios.

Foi o caso de um Kadett que comprei em 1993, em tomei um baita susto devido a ponto cego na esquerda. Quase fui causador de acidente entre moto e carro. Simplesmente não vi o veículo de duas rodas na minha esquerda.

Alguém me recomendou a loja MD27, aqui perto de casa (av. Moema, 504, www.md27.com.br) e lá pegaram um espelho direito de C-14, cortaram-no e o aplicaram na carcaça do Kadett. Perfeito! Para os dois Celtas daqui de casa consegui no fabricante que fornece à GM.

Por isso, a recomendação para quem preza segurança: espelho esquerdo convexo sempre.

A repetidora salvadora

Na foto acima, do mesmo Symbol, a repetidora lateral do indicador de direção. Todo carro devia ter isso, sendo lamentável que vários fabricantes não as apliquem. Motivo? Economia. E porca. O que pode custar duas lanternas e uns metros de fio diante do preço de um automóvel?

A Resolução 227 Contran, de 9 de fevereiro de 2007,  vigente de desde 1° de janeiro do ano passado, estabelece diversas especificações importantes para os sistemas de iluminação, mas deixou facultativas as repetidoras. Uma lástima. Isso me lembra o tal do ponto facultativo de repartição pública...

Em tempo: considero o Renault Synbol uma das excelentes compras hoje. O carro é todo certo, ótimo de andar. Por mais R$ 1.280 têm-se o motor 16-válvulas de 115/110 cv etanol/gasolina, bem superior ao 8-válvulas de 95/92 cv em tudo. E com o Symbol pode-se viajar com tranquilidade pelos países vizinhos, pois seu motor Hi-Torque (8 válvulas) ou Hi-Flex (16V) foi previsto para funcionar com gasolina sem etanol.

BS
(Atualizado em 13.05.2010 às 20:40)


Não estava nada programado. Apenas passei na casa do primo Paulo para darmos umas voltas e ver uns carros. Era sábado pela manhã e o que mais nos interessava era darmos uma volta juntos, bater um papo. Chegamos à loja Só Veículos, que fica na Av. Europa, 851, e de cara quase caímos de costas quando lá vimos o único Ferrari 458 Italia da América do Sul. Ali ele chegou antes do importador oficial conseguir trazer o seu.

Férias de julho, na praia, dia chuvoso, aquele tédio. Então alguém aparece com algumas caixinhas coloridas com um baralho de 32 cartas dentro de cada uma. Super Carros, Carro Especiais, Carros Esporte, Fórmula 1, Aviões de Combate, Motocas, Tanques de Guerra e outros. Brincadeira garantida por pelo menos uma hora.

Alguns dos títulos originais.

Acredito qua a grande maioria dos leitores do AUTOentusiastas já tenha jogado Super Trunfo. Não tenho nenhuma dúvida ao dizer que esse joguinho simples e barato teve um papel importante no meu interesse por carros e consequentemente no meu autoentusiasmo.

Foi assim que por volta dos 10 anos de idade eu descobri a superioridade de alguns carros como o Porsche 911 Turbo, o Lamborghini Countach e o Ferrari 512 BB. Também descobri o nome, a nacionalidade e especificações de vários modelos e assim fui ganhando cultura automobilística. Embora eu tivesse uma boa coleção com vários títulos incluindo aviões, motos, tanques de guerra, os meus preferidos eram sobre carros.

O que restou da minha coleção e da coleção do Juvenal.

Recentemente encontrei o que restou da minha coleção. Fui de cara procurar o meu preferido, Super Carros, onde eu tinha marcado as cartas do Porsche 911 Turbo, o Lamborghini Countach e o Ferrari 512 BB. Infelizemente devem ter-se perdido.

Liguei para o Juvenal Jorge e pedi os dele emprestado, na esperança de que ele tivesse o Super Carros. Ele não tem, mas tem outro chamado Os mais velozes carros esporte, que também tem essa trinca de super carros.


Porsche 911 Turbo, o Lamborghini Countach e o Ferrari 512 BB, os preferidos de todos

O bacana é que o Super Trunfo existe até hoje. Comprei o da GM para relembrar e jogar com minha filhota. Mas as cartas são menores assim como as fotos. E o pior é que tem muitos erros nas fichas e um imperdoável; o deslocamento volumétrico é chamado de cilindradas. Como o Bob diz cometer esse erro, que é frequente, é o equivalente a dizer que um carro tem 300 potências ao invés de 300 cv. E a edição da Volksvagen, que pode ser jogada on-line também tem o mesmo erro, além das unidades estarem todas em letras maiúsculas. Uma pena, pois assim as crianças já começam aprendendo errado.

Corvettes, erros na aceleração e "cilindradas"

Junto com o Super Trunfo, mas um pouco mais importante para mim, era a coleção de carrinhos Matchbox. Um dos meus preferidos era o Monteverdi Hai, pelo desenho, pela cor e pela massa - os mais pesados atingiam distâncias maiores e com mais estabilidade o que ajudava a ganhar corridas. Ao ver a sua carta num dos Super Trunfos do Juvenal procurei e encontrei o meu Matchbox. Ví também que há um erro na carta do Monteverdi, que é suíço e não alemão. O Milton Belli já escreveu um pouco da história do Hai no post: O Tubarão Europeu.



Simples e barato o Super Trunfo ainda diverte!