google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

The Art of Engineering. É como David Kirkham descreve seu mais ousado projeto.
A Kirkham Motorsports é um fabricante de réplicas americano, especialmente de Cobras do lendário Shelby. Seus carros são refinados e extremamente bem-acabados. As carrocerias utilizadas pela Kirkham são em alumínio muitas vezes apenas polido. Pude ver um carro destes em Bonneville (Utah) ano passado durante o Speedweek. Realmente é impressionante a qualidade.
Este carro das fotos, porém, é um caso a parte e que merece ser mostrado. Aparentemente apenas mais um dos lindos Cobra em alumínio da empresa. Este, entretanto, foi encomendado por Larry Ellison, o presidente executivo da Oracle. O carro foi encomendado com características únicas, e o preço não importava. Dois anos e meio de trabalho foram gastos para finalizar o projeto.
Toda a história do desenvolvimento e construção é contata em um livro feito pela Kirkham, impresso e vendido em edição limitadíssima direto da fábrica, ao custo de US$ 4.500,00 cada, com capa e contracapa em alumínio usidado.
O que este carro tem de tão especial? O jeito com o qual ele foi fabricado. Esqueçam o chassi tubular ou o monobloco de fibra de carbono, pois este carro não tem nada disso. Não vou falar exatamente o que, é mais interessante ver pelo livro. Mais "acreditável" por assim dizer, pois é um projeto que eu não conheço nenhum outro parecido.
Este livro pode ser visto na íntegra em PDF, direto no site da Kirkham por este link. Os capítulos estão divididos cada um em um arquivo, num total de 23 capítulos e uma introdução.
Vale a pela olhar, é uma obra de arte.

Muito se fala sobre a "nova" Fórmula 1. O que vimos na Malásia?
Foi uma corrida lotérica a começar pelos treinos de classificação, mas isto a transformou em algo que compensou o despertador tocar às quatro e meia da manhã para assisti-la.
Realmente as corridas estão mais atraentes, com mais ultrapassagens, novas equipes surgindo, diferentes ganhadores a cada corrida, e três ganhadores diferentes nas três primeiras corridas de uma temporada, depois de vinte anos. Entretanto, para uma coisa não podemos fechar os olhos, sempre haverá uma equipe de ponta, mais de ponta do que as outras.
O que vimos no Grande Prêmio da Malásia, foi a vitória da melhor equipe atual, com um garoto espetacular sentado ao volante, largando na segunda posição, pulando para a primeira logo na largada e não dando chance para ninguém. Grande garoto esse Sebastian Vettel. Vejo um futuro difícil para o eu companheiro Mark Webber. A Red Bull Racing já havia fechado a temporada de 2009 demonstrando ser a melhor equipe. Só não ganhou os dois primeiros grandes prêmios de 2010 por muito azar. Desta vez, a justiça foi feita e deixou os chefões de Ferrari, McLaren e Mercedes muito, mas muito preocupados. Devem estar pensando: "Além de não termos o melhor carro, ainda tem aquele alemãozinho para estragar a nossa festa."
E os nossos pilotos?
Felipe Massa, correndo sob pressão de alguns orgãos de imprensa internacionais, principalmente a espanhola, que cá entre nós, só tem a herança de um campeão do mundo e chora demais cada vez que o Alonso não chega na frente do seu companheiro de equipe, mostrou que já está maduro o suficiente e que só não foi campeão do mundo há dois anos atrás por contingências. Fechou a boca de muita gente. Dirigiu "à lá" Emerson Fittipaldi, acelerou com o cérebro e não com o pé. Resultado: é lider do campeonato, mesmo sem ter obtido nenhuma vitória, ainda.
Rubinho, de quem sou fã apesar de ser criticado muitas vezes por isso, dessa vez, solto e cansado das cláusulas contratuais e dos azares que comumente o atingem, de maneira muito descontraída desceu o "cacete" no seu carro e nos dos outros dois brasileiros que andaram lá atrás. Talvez a declaração dada em tom de brincadeira de que seu carro está uma porcaria, venha a lhe trazer algum tipo de prejuizo, mas não deixa de ser uma grande verdade. Que saudade dos motores Cosworth da década de 1960 e 1970.
Mas, Rubinho, vou lhe fazer uma pergunta: "você tem certeza de que está correndo pra valer? Ou está na mesma de um certo alemão que já foi e sempre será o maior de todos e que hoje parece estar lá para se divertir somente?
Lucas Di Grassi e Bruno Senna: conseguiram terminar uma corrida. Porém com três e quatro voltas a menos do que o vencedor, respectivamente. Como está duro começar a carreira na Fórmula 1 atual!!!! E mais, estes dois carros vêm demonstrar que projetar um automóvel em computador sem testes de verdade e pensar que será no mínimo competitivo, ainda está muito longe de ser realidade.
Vamos para o próximo daqui a quinze dias, na China, o que nos reserva. Teremos mais uma madrugada de domingo acordados, torcendo pelos nossos pilotos.


Como já disse esta semana no post sobre o CTS-V Sport Wagon, design bonito ou feio é relativo e vai do gosto de cada pessoa. Mas independentemente de ser bonito ou feio, geralmente é senso comum ser interessante e arrojado.

Quem diria, vendo este Kia Sephia dos anos 90 aí em cima, que hoje a marca coreana poderia apresentar carros tão interessantes quanto o novo Optima, apresentado em Nova York recentemente. Palmas para Peter Schreyer, o responsável pelo desenho.

Kia Optima
Não somente a Kia, mas a Hyundai andou mexendo seus pauzinhos para criar carros arrojados e que não deixam nada a desejar frente aos modelos europeus, sempre tidos como os mais elaborados em termos de design. Mostrando ao mundo o novo Sonata, nas versões Turbo e Híbrido, com toques de design diferenciados entre eles. As linhas são muito interessantes, não há como não concordar que bem trabalhado o carro foi.

Hyundai Sonata
A questão é que de alguns anos para agora os coreanos investiram muito neste aspecto, pois um dos principais argumentos de venda hoje é o design do carro. Pouca gente "fora da curva" vai entrar na loja para comprar um carro feio. E os coreanos agora viram isso, e entraram forte no meio dos designs arrojados.

Hyundai Sonata
Sem entrar em méritos de qualidade dos carros ou de valor de venda, apenas vendo a estética, podemos dizer que os coreanos demoraram um pouco para entrar nas tendências, mas quando entraram foi para valer. E o resultados são estes belos carros.

É, amigos, a concorrência faz milagres. Se os fabricantes não seguirem as tendências dos líderes de mercado, serão colocados para escanteio e desaparecerão. É a necessidade de atualizações e constante aprimoramento, e nisso os orientais não são bobos.














fotos: GM Media e particular.
O Heritage Center da General Motors, localizado em Sterling Heights, próximo a Detroit, é algo de espetacular, porém inacessível para a maioria dos entusiastas das marcas da GM.
Foi inaugurado em junho de 2004, mostrando não apenas carros, mas também o que os americanos chamam muito apropriadamente de memorabilia, que entende-se como tudo que lembra o assunto em questão.
Temos alguns amigos que visitaram a coleção restrita a funcionários GM, escolares, pesquisadores e convidados.
Infelizmente, ainda não há notícias de tornar essa coleção de acesso público, o que, sem dúvida, reforçaria a imagem da empresa e lhe permitiria ganhar algum dinheiro.
Após a crise de setembro de 2008, que atingiu a GM na pior fase possível de sua história, o Heritage Center continuou sendo mantido, mas cerca de 300 veículos foram leiloados em janeiro e abril de 2009, arrecadando cerca de US$ 5 milhões. Não eram todos raridades de valor inestimável, como os conceitos únicos e históricos Firebird I, II e III, por exemplo, mas apenas carros já existentes nas mãos de colecionadores particulares e alguns conceitos "leves", como séries especiais, que entraram em produção ou foram apenas propostas.
Mesmo assim, foi triste constatar que uma empresa desta importância pode tomar a decisão de se desfazer de carros que contam parte de sua história, apenas para incrementar o caixa.
Voltando à melhor parte do assunto, um lugar como esse é um sonho tornado realidade, para usar um bordão tipicamente americano, muito bem empregado, pois não vejo outra forma de descrever um ajuntamento de carros como estes.
As palavras da maior patente do Design da GM, o vice-presidente Ed Welburn, quando da inauguração, explicam de forma simples o que esse acervo representa.
Great ideas are timeless, and that is nowhere more apparent than at the General Motors Heritage Center. The remarkable vehicles and artifacts showcased there provide vivid reminders of a passion for creativity and design that mirror the Corporation's strength. As GM prepares for its Centennial in 2008, these milestones serve as the inspiration for future accomplishments."
Ed Welburn, GM Vice President, Global Design.
Traduzindo:
"Grandes idéias são atemporais, e em nenhum outro lugar isso é mais aparente do que no Heritage Center da General Motors. Os importantes veículos e artefatos mostrados aqui proporcionam um lembrete vivo da paixão pela criatividade e desenho que espelham a força da corporação. Com a GM se preparando para o centenário em 2008, esses marcos servem como inspiração para futuras realizações."
Um acervo que não é de brincadeira. Dos cerca de 1.000 carros de antes da crise, baixou-se para 700, podendo ser expostos dentro do grande galpão mais ou menos 175 por vez. Deste total, 350 são considerados fundamentais para entender a evolução da General Motors.
Os leilões, comandados pela festejada empresa Barrett-Jackson, venderam modelos interessantes da GM. Segundo o diretor do Heritage Center na época, muitos deles eram exemplares em duplicata dentro da coleção, como um Corvette 1978 Pace Car de Indianápolis e um Pontiac GTO 1967, utilizado no filme "XXX." (Triple X).
Para muita gente, como nós, é muito mais importante e agradável possuir uma parte da história da GM ou de qualquer outra marca importante, do que um belo quadro na parede, ou uma escultura. Por isso esses leilões foram muito concorridos, mesmo sendo de conhecimento público que muitos carros não poderiam ser dirigidos nas ruas, já que por serem conceituais, não possuem nem ao menos registro do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. Mesmo assim, nada impede de serem usados dentro de propriedades privadas, ou levados a exposições em carretas.
Isso gerou uma certa confusão com o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), o órgão que zela pela segurança de tráfego nos Estados Unidos, que não queria liberar vários modelos para a venda, pois não haviam documentos de registro oficiais. Após alguns dias de diálogo, tudo foi explicado, e as condições de não-circulação em vias públicas de carros sem homologação governamental foram aplicadas aos carros conceituais. Sem decisões autoritárias. Prova que os americanos são extremamente evoluídos no que se refere a preservação da sua história, e com a sapiência de colocar os automóveis dentro dessa ótica.
Com a recuperação das vendas de veículos novos agora em 2010, esperamos que a GM não se desfaça de mais nenhum item desse acervo maravilhoso, digno de ser visitado por todo entusiasta dos automóveis ou da história americana.
Esperamos conseguir passar por lá, com a coleção aberta ao público, em um futuro próximo.
JJ