google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)





Este ano começará a ser vendido nos EUA e Japão o modelo Leaf da Nissan. Ele é somente elétrico. Puro, nada de híbrido, nada de motor a combustão para ajudar a tracionar ou trabalhar como gerador de energia elétrica. É só bateria e motor elétrico. Simples.
Não sou engenheiro, mas estou tentando entender o que vem por aí, mesmo que muitos queiram ou não queiram, gostem ou não gostem.
Segundo a Nissan:
A bateria de íon de lítio dá autonomia de 160 km. Ela tem a capacidade de armazenar 24 kW.h. Uma tomada 220 V caseira carrega essa bateria do zero a 100% em 4 a 8 horas.
Estações de carga rápida – que serão instaladas nos Estados americanos onde o Leaf primeiramente será vendido – carregarão do zero a 80% em 25 minutos. Os últimos 20% de carga demoram mais, pois a bateria tem mais trabalho para organizar a carga dentro de si (os engenheiros que desculpem esta explicação simplista). Resumindo: quanto mais carregada, mais demora para socar energia lá dentro.
O Leaf terá ar-condicionado, ar-quente, som bom, vidros elétricos, etc – todas as amenidades de conforto atuais.
Sua aceleração será forte, tal qual um carro com motor V-6, e a velocidade máxima será de 145 km/h. Motor elétrico é assim: 100% de torque logo de cara, e torque mais alto que o motor a combustão quando o relacionamos às suas potências máximas.
Ao frear, o motor vira gerador e aproveita essa energia carregando a bateria.
Parado no trânsito ele não gasta nada – o motor está desligado –, a não ser que o ar-condicionado esteja ligado, o som, luzes, faróis etc.
Preço de venda: US$ 25.280, isso porque lá o governo dará um subsídio de U$ 7.500, senão seria de US$ 32.780.
Mais de 80% dos americanos rodam diariamente bem menos que esses 160 km, que é a autonomia do Leaf.
Bom, à primeira vista o Leaf parece viável, ao menos para o uso urbano diário, ir pro trabalho durante a semana etc. Já viajar para longe a coisa complica e dá margem para muitas discussões de soluções de carga rápida e futuras melhorias na tecnologia das baterias, que são muito promissoras. Para uso urbano acho ótimo. Silencioso, econômico, pouquíssima manutenção.
Nos EUA, com a tarifa da energia elétrica de lá, que em média é de R$ 0,19/kW.h (segundo a Nissan), custará R$ 4,50 carregar os 24 kw.h, ou seja, do zero à carga total. Então, lá nos EUA, com R$ 4,50 o sujeito vai rodar 160 km, o que é baratíssimo.
Já aqui, por incrível que pareça, nossa energia elétrica custa mais que o dobro dos EUA. Em São Paulo, por exemplo, ela custa R$ 0,45/kW.h!!! É revoltante, ainda mais quando sabemos que 85% de nossa geração de energia elétrica provém de hidrelétricas, o modo mais barato de produzi-la, quando nos EUA a base é carvão, óleo e nuclear. Mas brasileiro é mais rico ou mais trouxa que americano – um dos dois (segundo eu, um trouxa, porque mais rico que americano sei que não sou). Então pagamos mais que o dobro do que eles pagam.
Então, aqui esses 24 kWh nos custariam R$ 11,00. Com isso o Leaf roda 160 km. Então, comparando-o a um carro a gasolina que faça 11 km/l – o que é bom para um carro médio com todos os confortos, e em uso misto –, o a gasolina precisaria de 14,5 litros a um custo de pelo menos R$ 36,00.
Já um a álcool, hoje, com o álcool “barato”, R$ 1,30/l, ele gastaria ao redor de R$ 25,00.
Bom, aí estão alguns números para serem estudados e discutidos, porque os elétricos estão chegando e darão o que falar.
Como digo entre meus amigos, pra mim, tudo bem andar com carro elétrico neste trânsito estúpido, desde que eu possa acelerar um bom a combustão, alavanca de câmbio na mão, pedal de embreagem, nos fins de semana.
Este é o site oficial do Leaf: www.nissanusa.com/leaf-electric-car/
AK
Como sabem, sou fã de carteirinha de performance wagons. São práticas, rápidas e civilizadas para o uso comum. E agora há uma nova opção vinda das terras do norte da América. Finalmente a Cadillac apresentou o CTS-V Sport Wagon.

Obviamente, por ter a designação V no nome, embaixo do capô não está um diesel econômico e sem graça. Lá encontramos um dos melhores motores de todos os tempos já feitos, o LS9 small block da Chevrolet. Sim, o mesmo do Corvette ZR-1 e do CTS-V sedã.
Assim como o sedã, o LS9 foi restringido a "apenas" 563 cv, aproximadamente 80 cv a menos que a versão usada no ZR-1. A tecnologia do resfriador de ar com circulação de água ajuda a elevar a capacidade de admissão de ar do motor, por meio do compressor de dois rotores de quatro lóbulos, tecnologia desenvolvida para o ZR-1.

A GM anuncia que disponibilizará o carro com a opção de câmbio manual de seis marchas. Os números de desempenho não foram divulgados, mas devem fazer inveja a muito 911. A suspensão recebeu os amortecedores com tecnologia de controle eletrônico, com a ação magneto-reológica, onde um campo magnético interage com o fluido dentro do amortecedor, deixando o amortecedor mais ou menos firme, de acordo com a condição de exigência instantânea.
Logo mais algum desmiolado vai colocar esse carro em Nürburgring, e não acho difícil que seja mais rápido que os concorrentes, assim como o sedã foi, para o espanto de todos que viram uma barca americana cravar tempo nos europeus locais. How cool is that?

O design é claramente Cadillac moderno, com linhas retas e bem vincadas. Como é de cada um o gosto nesta parte, apenas digo que eu gosto e acho bonito. Agradecemos a Bob Lutz por ser um entusiasta maluco e concordar em fabricar esse carro, que vai trazer problemas à concorrência europeia neste mercado, dominado pela BMW e Mercedes-Benz.
MB

Uma das partes mais bacanas do meu dia é o café da manhã.
Já faz uns três anos que conheci o Ralf, dono do quiosque da Doceria Holandesa aqui perto do trabalho. Desde então religiosamente tomo um café com leite "bem cremoso" e um pão com queijo "bem tostado". Logo que o pessoal dele me vê já começam a prepará-los. Se fosse só isso já seria muito bacana.
Mas o Ralf adora devorar testes de revistas e sites de carros. Lê um pouco de tudo e visita concessionárias regularmente. Todo dia ele chega com uma novidade ou com algum comentário sobre carros. Fala sobre o mundo real, como um consumidor real, apesar do entusiasmo dele. Às quartas-feiras, junto com o café e o pão, ele também me recebe com o Jornal do Carro. Já devidamente lido por ele e com ricos comentários sobre assuntos que muitas vezes passariam despercebidos por mim. Eu acabo apenas vendo as fotos e debatendo com as minhas ideias e percepções, enfim, uma troca saudável. Quando a Car and Driver Brasil está para sair eu passo todos os dias na banca antes do café. No dia em que ela sai, com fotos minhas, o Ralf é sempre o primeiro com quem compartilho meu orgulho.
Hoje o papo foi simples e rápido. O Ralf veio me dizendo que no final de semana viu um Ferrari F430 e um Lambo Gallardo LP560 andando lado a lado. Falou sobre o ronco dos motores e fez a pergunta mais provável numa conversa assim: "Qual dos dois você prefere?"
Sinceramente não acho uma pergunta fácil. Pensei de cara no F430, mas lembrei da exclusividade dos Lambos e da tração integral do 560-4. Lembrei do JJ e sua birra com os donos de Ferraris. Mas Ferrari é Ferrari! Como posso pensar em outra coisa? Pensei mais um pouco é não estava conseguindo me decidir. Aí o Ralf abriu a tabela do Jornal do Carro e cantou: F430 F1 - R$ 1,38 milhão e LP560-4 - R$ 1,4 milhão. Caramba! Nem pelo preço dá pra decidir!
Então o amigo, vendo meu dilema interior, deu uma solução fantástica!
Pela grana do Ferrari ou do Lambo ele sugeriu um 911 Turbo (R$ 695 mil) e -- eu disse e -- um Audi R8 V-10 (V-10!!!) (R$ 696,5 mil). Problema resolvidíssimo! Depois dessa dei um último gole no leite e subi para o trabalho pensando na minha vida com um 911 e um R8.
E assim comecei mais um dia muito feliz.
















Fotos de teknikensvarld.se e photo4fun.se
Como os Estados Unidos têm seu Bonneville Salt Flats, tem entusiastas na Suécia tentanto replicar isso com um speed weekend. Mas não em um lago seco com sal como Boneville. Em Funäsdalen, é no gelo por cima de um lago.
Em Funäsdalen (62° 32,660' N, 12° 33,084' E) ainda é inverno. Na sexta-feira passada, da manhã cedo, estava 20 °C abaixo de zero. Ao meio-dia quase quentinho com zero grau.
No lago tiraram neve e fizeram uma estrada de 3 km, 1 km para acelerar, 1 km para medir velocidade e 1 km para retardar. O gelo tem uns 80 centimetros de espessura, bem seguro. A maioria dos veiculos são muito esquisitos, com pouco desenvolvimento. O evento é jovem ainda, e há poucas pessoas com experiência de andar muito rápido no gelo.
Para ter boas condições para acelerar no primeiro km, a maioria usa pregos grandes nos pneus, bem maiores do que se pode usar nas estradas públicas. Os pregos dão uma boa aderência, mas são bastante pesados para rolar e nas velocidades altas vem outros problemas.
Uma Suzuki Hayabusa estourou um pneu a mais de 250 km/h. Esta moto, junto com um Audi RS4 e um Audi 80 Quattro (supermodificado) foram os mais rápidos. (Hayabusa: máxima 287 km/h, média 248; o 80Q: máxima 268, média 250; e o RS4: máxima 242, média 229).
Seguindo eles e acima de 200 km/h teve alguns Porsches, uma Harley-Davidson bem modificada e um Ford 34 hot rod roadster. Mas como dar para ver nas fotos, o evento atrai muitos veículos malucos.
Um trator de jardim com motor de um Kawasaki fez 147 km/h. Uma Vespa respirando N2O fez 80 km/h. Um Saab 93 de 1959 fez 140 km/h. Outros tiveram problemas, como um Chevy pick up dragster com 2.000 cv que só chegou a 159 km/h. Um trenó com motor turbina teve problemas depois uns 100 metros. Acho que o piloto teve muita sorte ..
HJ