google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Uma das partes mais bacanas do meu dia é o café da manhã.
Já faz uns três anos que conheci o Ralf, dono do quiosque da Doceria Holandesa aqui perto do trabalho. Desde então religiosamente tomo um café com leite "bem cremoso" e um pão com queijo "bem tostado". Logo que o pessoal dele me vê já começam a prepará-los. Se fosse só isso já seria muito bacana.
Mas o Ralf adora devorar testes de revistas e sites de carros. Lê um pouco de tudo e visita concessionárias regularmente. Todo dia ele chega com uma novidade ou com algum comentário sobre carros. Fala sobre o mundo real, como um consumidor real, apesar do entusiasmo dele. Às quartas-feiras, junto com o café e o pão, ele também me recebe com o Jornal do Carro. Já devidamente lido por ele e com ricos comentários sobre assuntos que muitas vezes passariam despercebidos por mim. Eu acabo apenas vendo as fotos e debatendo com as minhas ideias e percepções, enfim, uma troca saudável. Quando a Car and Driver Brasil está para sair eu passo todos os dias na banca antes do café. No dia em que ela sai, com fotos minhas, o Ralf é sempre o primeiro com quem compartilho meu orgulho.
Hoje o papo foi simples e rápido. O Ralf veio me dizendo que no final de semana viu um Ferrari F430 e um Lambo Gallardo LP560 andando lado a lado. Falou sobre o ronco dos motores e fez a pergunta mais provável numa conversa assim: "Qual dos dois você prefere?"
Sinceramente não acho uma pergunta fácil. Pensei de cara no F430, mas lembrei da exclusividade dos Lambos e da tração integral do 560-4. Lembrei do JJ e sua birra com os donos de Ferraris. Mas Ferrari é Ferrari! Como posso pensar em outra coisa? Pensei mais um pouco é não estava conseguindo me decidir. Aí o Ralf abriu a tabela do Jornal do Carro e cantou: F430 F1 - R$ 1,38 milhão e LP560-4 - R$ 1,4 milhão. Caramba! Nem pelo preço dá pra decidir!
Então o amigo, vendo meu dilema interior, deu uma solução fantástica!
Pela grana do Ferrari ou do Lambo ele sugeriu um 911 Turbo (R$ 695 mil) e -- eu disse e -- um Audi R8 V-10 (V-10!!!) (R$ 696,5 mil). Problema resolvidíssimo! Depois dessa dei um último gole no leite e subi para o trabalho pensando na minha vida com um 911 e um R8.
E assim comecei mais um dia muito feliz.
















Fotos de teknikensvarld.se e photo4fun.se
Como os Estados Unidos têm seu Bonneville Salt Flats, tem entusiastas na Suécia tentanto replicar isso com um speed weekend. Mas não em um lago seco com sal como Boneville. Em Funäsdalen, é no gelo por cima de um lago.
Em Funäsdalen (62° 32,660' N, 12° 33,084' E) ainda é inverno. Na sexta-feira passada, da manhã cedo, estava 20 °C abaixo de zero. Ao meio-dia quase quentinho com zero grau.
No lago tiraram neve e fizeram uma estrada de 3 km, 1 km para acelerar, 1 km para medir velocidade e 1 km para retardar. O gelo tem uns 80 centimetros de espessura, bem seguro. A maioria dos veiculos são muito esquisitos, com pouco desenvolvimento. O evento é jovem ainda, e há poucas pessoas com experiência de andar muito rápido no gelo.
Para ter boas condições para acelerar no primeiro km, a maioria usa pregos grandes nos pneus, bem maiores do que se pode usar nas estradas públicas. Os pregos dão uma boa aderência, mas são bastante pesados para rolar e nas velocidades altas vem outros problemas.
Uma Suzuki Hayabusa estourou um pneu a mais de 250 km/h. Esta moto, junto com um Audi RS4 e um Audi 80 Quattro (supermodificado) foram os mais rápidos. (Hayabusa: máxima 287 km/h, média 248; o 80Q: máxima 268, média 250; e o RS4: máxima 242, média 229).
Seguindo eles e acima de 200 km/h teve alguns Porsches, uma Harley-Davidson bem modificada e um Ford 34 hot rod roadster. Mas como dar para ver nas fotos, o evento atrai muitos veículos malucos.
Um trator de jardim com motor de um Kawasaki fez 147 km/h. Uma Vespa respirando N2O fez 80 km/h. Um Saab 93 de 1959 fez 140 km/h. Outros tiveram problemas, como um Chevy pick up dragster com 2.000 cv que só chegou a 159 km/h. Um trenó com motor turbina teve problemas depois uns 100 metros. Acho que o piloto teve muita sorte ..
HJ
Já faz um bocado de tempo que não falamos de Chevettes por aqui. Hora de colocar agumas fotos aqui para não nos esquecermos que NÓS GOSTAMOS DE CHEVETTE!
Primeiro, duas fotos do hoje famoso Walter Röhrl, ainda jovem em seus Chevettes (na verdade, Opel Kadett C) de competição em pista e rali. Ambos fastback, carroceria que não tivemos aqui, e equipados com um quatro em linha OHC injetado de dois litros, praticamente um seis em linha de Omega 3.0 sem dois de seus cilindros:
Depois uma propaganda de 1984 que mostra o campeão brasileiro de rali: o Chevette. Imbatível em velocidade e durabilidade naquele ano, o Chevette com cabeçote de Monza da equipe Touring ainda é um dos carros de competição mais interessantes já criados aqui no Brasil, e uma velha tara minha:
Fecho com alguns Opel Kadett que não tivemos aqui, em alta resolução. Só tivemos o sedã de duas portas na carroceria original ("tubarão"), mas os alemães tiveram perua, sedã de quatro portas, fastback, hatchback, e até um semi-conversível chamado Aero, aqui copiado a preço exorbitante em pequena série pela Envemo. Alguém sabe de algum Envemo Targa sobrevivente?
MAO
Foto: Google Earth
Fui na terça passada à Fazenda Capuava conhecer e dirigir a nova VW Jetta Variant. Eu já conhecia o local, estive lá com o Arnaldo Keller, apenas acompanhando-o, quando ele foi fazer uma matéria para a revista Quatro Rodas, para quem trabalhava então. A matéria era com o Ford GT40 (Mk3, se não me engano) e  o Alcides, o dono da fazenda, estava lá (faleceria em junho de 2006).
O notável da fazenda é existir lá uma pista de quase 3 km a volta, que hoje a família aluga para eventos como esse.
Nessa vez e nas ocasiões posteriores em que fui até, lá -- o lugar fica próximo do Aeroporto de Viracopos -- saí da Rodovia dos Bandeirantes logo após o segundo pedágio, no km 75 e tomei a estrada SP-324, rodovia Miguel Melhado Campos, onde fica a fazenda, lá chegando em poucos minutos. Veja, na foto, a marcação da saída em vermelho.
Para voltar é que não dava -- é uma característica de São Paulo, vai-se por um lugar e volta-se por outro, reparem -- pois não havia acesso da pequena estrada para a Bandeirantes. É preciso seguir em frente até chegar à Rodovia Anhanguera e daí para São Paulo. Ou então sair da fazenda e continuar pela SP-324, passar por um povoado horroroso, acho que se chama Jardim Campo Belo (?), cheio de lombadas,  até chegar a SP-75 e de lá, para a Bandeirantes.
Na ida até lá ontem passei o segundo o pedágio e não vi a tal saída. Seria mais para frente do que eu imaginara? -- pensei. Havia estado lá mais ou menos um ano e meio (novo Honda Fit) e poderia ter-me esquecido do ponto. Andei mais e vi a placa para Campinas. "Perdemos a saída", disse para o Fernando Calmon, que estava pegando uma carona comigo. E tivemos que passar pelo povoado horroroso para chegar à fazenda...
A VW sugeriu ir com a Jetta Variant pelo estrada SP-324 até à Rodovia dos Bandeirantes e voltar. Fui, e ao chegar lá fui ver a saída, para me certificar de que não estava ficando doido (ou esclerosado...) e vi que ela não existia mais. A concessionária Autoban simplesmente acabou com a saída ali.
Não vou perder meu tempo indo atrás do motivo, para não me aborrecer. Mas uma coisa é certa, o negócio dessa gente chata é a atrapalhar em vez de ajudar.
Esse foi só mais  um exemplo.
BS

(Atualizado em 30/03/10, correção do nome do dono da Fazenda Capuava, que era Alcides e não Abílio).