google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Recentemente rodou uma informação pela internet que a BMW possuía uma pesquisa que indicava que 80% dos proprietários do modelo Série 1 acreditavam possuir um carro com tração dianteira. Veja um texto sobre isso aqui.
Isso nos faz pensar um pouco. Imaginando que a BMW, famosa por criar veículos de qualidades dinâmicas inquestionáveis e sempre com a filosofia de tração traseira, ou mais recentemente o uso da tração integral, está com clientes que não fazem ideia do que possuem, o que será dos outros carros mais simples?
Vamos pensar na nossa realidade tupiniquim. Sabemos que o motorista médio é lastimável, tanto no quesito conhecimento do automóvel, como na condução do seu veículo. Achamos que é piada quando ouvimos dizer "Oleo? Precisa trocar?", mas muitas vezes não é. OK, ninguém precisa saber a teoria dos ciclos termodinâmicos do motor a combustão interna para ter um carro, mas o mínimo é necessário, até por questões de segurança.
Cada vez menos as pessoas sabem o que possuem, e acredito que isso é "causado por uma solução". Dificilmente hoje um carro novo quebra, e se não quebra, o dono não precisa abrir o capô pra olhar (e mesmo porquê, com a eletrônica embarcada, não vai resolver mesmo), e se ele não precisa abrir o capô, não precisa se preocupar em entender como as coisas funcionam ou o que é que está lá bem escondido sob as chapas metálicas e acabamentos plásticos.
E não digo que é sem razão. Pra que eu me preocuparia com uma coisa que não quebra? Está lá funcionando, e no pior dos casos, se quebrar, chamo o guincho e mando pra concessionária arrumar. Simples.
Mas nessa é que vamos perdendo os pontos pelo caminho. Chamar um BMW de tração dianteira há dez, quinze anos atrás era um sacrilégio. O carro muitas vezes era comprado por justamente ter uma arquitetura diferente dos novos padrões, com tração traseira e motor longitudinal, um modelo entusiástico com bom comportamento dinâmico.
Hoje o Série 1 é um dos carros mais divertidos de se guiar, especialmente o 130i seis-cilindros. Muito equilibrado, forte e só coloca sorrisos no rosto de quem o dirige. Totalmente entusiástico. Mas pelo jeito, não mais. Caiu na massificação de quem não sabe e não está nem aí para o que compra.
E para completar, a BMW anunciou o lançamento de uma plataforma com tração dianteira. Onde vamos parar?
MB



Ocorre o subesterço quando o veículo aumenta o raio da curva, pela perda de aderência das rodas dianteiras. É a popular "saída de frente", muito comum em carros de rua e adotada como acerto original até mesmo em superesportivos, por ter uma correção mais fácil que o sobreesterço, ou "saída de traseira".
O festejado piloto alemão Walter Röhrl tornou a definição mais simples e didática: "Quando você consegue olhar a árvore na qual vai bater, é subesterço. Quando você apenas consegue sentir e ouvir a batida, é sobreesterço".
FB

fotos: GM Media.

Nesta segunda, 22 de março, a Saab retomou a produção, após sete semanas de recesso, tempo esse utilizado nos procedimentos necessários após a independência da GM.
É um ciclo que se encerra, iniciado em 1990 quando a marca americana, outrora a maior empresa do mundo, colocou seu capital para iniciar o controle da marca sueca.
O chefe da Spyker, nova proprietária da Saab, Victor Muller, está trabalhando de maneira séria para que o negócio não seja um furo n'água. Já declarou que a Saab precisa buscar novos mercados, e foi específico em dizer "Brasil", entre alguns outros países.
Muller participará com o presidente executivo sueco, Jan-Ake Jonsson, da Mille Miglia de 2010, de 5 a 7 de maio, com um modelo 93 (noventa e três) de 1957, um carro tornado clássico principalmente pelas atuações de Erik Carlsson no campeonato mundial de rali.
Muito entusiasmante saber que um executivo de topo consegue enxergar a importância que o cliente Saab dá à história da empresa, e essa participação é um eficiente símbolo desse conhecimento.
Nas fotos vemos o pessoal de produção da planta de Trollhattan, iniciando uma nova fase, como está bem marcado por escrito no carro e na placa. O modelo é o 9-5 (nove-cinco) novo, o carro grande da empresa, fundamental para trazer dinheiro para dentro de casa. A corrida-piloto do 9-5 havia sido iniciada em 2009, sendo interrompida no período dessas semanas da passagem de administração da GM para a Spyker.
Devemos ressaltar que esse carro foi desenvolvido a partir de componentes globais da GM, então, por muito tempo ainda as duas empresas estarão ligadas tecnicamente.
O anúncio da busca de novos mercados é animador, já que temos aqui no Brasil algumas marcas pouco tradicionais, e que vendem bem. Quem sabe uma parte do público com interesse em sair do lugar comum não resolva prestigiar a marca sueca?
Com marketing, rede de assistência técnica e propaganda eficiente e educativa, a Saab poderá aproveitar a boa fase brasileira, desde que seja rápida e séria.
Só esperamos que não venham com bordões irreais de propagandistas, como empregado por algumas que se dizem "melhores do mundo" e não passam de marcas na mais absoluta média do mercado.
Que seja uma real retomada da produção e vendas, com toda a equipe Saab trabalhando firme e evoluindo, em novos projetos que não mais dependerão da General Motors e suas "plataformas globais".
JJ

O que debilita mais rapidamente do que trabalhar, pensar,sentir sem uma necessidade interna, sem uma profunda escolha pessoal, sem alegria, como um autômato do dever? É a receita para a decadência de mente e espírito.” – Friedrich Nietsche

Nunca julgo como cada pessoa se vira para ganhar a vida. Simplesmente não é da minha conta. Mas eu não consigo imaginar como milhões de jovens hoje em dia decidem suas profissões baseados apenas em questões práticas de emprego e dinheiro. Dinheiro, fama e glória não são ruins em si, mas ainda acredito que são ótimos apenas se como resultado do que realmente é importante na vida: a dedicação de uma pessoa à sua vocação.

A vida é mais que o que se tem e os nossos momentos de lazer inconsequente. Existe algo dentro de nós que nos move para frente, que age em cada pessoa de uma forma única, um chamado que deve ser respondido se uma pessoa quer ter a satisfação e a realização pessoal que formam a real felicidade, aquela que aplaca a eterna ansiedade da existência. É algo que não tem absolutamente nada a ver com dinheiro, fama e glória, mas é muito melhor. Um engenheiro tem que projetar algo e ver isto funcionar, um médico tem que salvar uma vida, um bombeiro tem que entrar com coragem em um prédio envolvido em chamas, e sair de lá vivo e com seu dever cumprido. Só assim se amansa a voz dentro de você, preenche-se aquele vazio incômodo na boca do estômago, e tranquiliza-se a existência. Mesmo se nada de material venha disso, que ninguém leia o que o escritor escreve, que o pobre bombeiro tenha um salário miserável, o chamado ainda assim tem que ser atendido. Inevitável para uma pessoa ser realmente feliz.

Um efeito sensacional vem disso. Uma pessoa que atende a este chamado cria coisas não para ele, mas para o mundo lá fora. Médicos, policiais e bombeiros salvam vidas, engenheiros deixam carros e prédios e pontes; escritores ensinam e inspiram. O mundo fica melhor e progride. Todo mundo ganha.