google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: iznovidade.wordpress.com

É uma questão simples. Só quem paga  é que deve poder exigir. Caso do governo americano impor meta de consumo para os carros comercializados lá. Ela é de 15,1 km/l já para 2016. É total interferência nos direitos do cidadão, justamente no país que se diz o mais democrático do mundo...Muito estranho. Se o país,  representado pelo Barack Obama (foto), pagasse pelo combustível, o desse grátis para o cidadão, vá lá, ainda se entenderia. Mas quem paga é o consumidor.
A imposição ora é em nome da dependência excessiva (60%) do petróleo árabe, ora é em nome da histeria carbônica/aquecimento global. Na verdade, começou por um e prossegue pelo outro. O importante é a desculpa, não o fato. Impor é a palavra de ordem.
Democracia, para quem não sabe, é vocábulo formado pelo grego demos e cratos, povo e poder, poder do povo. Só que nesse caso o poder do povo parece que é só para eleger....
Já tivemos algo parecido aqui, em 1984. O Ministério das Minas e Energia determinou que todos os automóveis ficassem 5% mais econômicos, no que chamou Programa de Economia de Combustível (Peco). O consumo médio era calculado de modo ponderado, 55% consumo urbano e 45%, rodoviário, e não a média aritimética dos dois. Por exemplo, 8 km/l cidade e 12 km/l estrada não é média 10 km/l, mas (0,55 x 8 + 0,45 x 12) = 9,8 km/l. Toda a indústria teve que se sujeitar a fazer carros 5% mais econômicos segundo esse critério. Teve que gastar dinheiro nisso e quem arcou com  preju é dispensável dizer. O Fusca 1600, por exemplo, teve o diferencial alongado de 4,12:1 para 3,88:1, 5,8%. Como resultado, ficou chocho.
Mesmo abuso é o imposto de gastador (gas guzzler tax) nos EUA, pago no momento da compra, para carros cujo consumo médio (cálculo ponderado igual ao do Peco) seja maior que 9,6 km/l (22,5 milhas por galão). Trata-se de inequívoca bitributação, já que lá também se paga imposto na gasolina comprada.
O imposto de gastador vai de US$ 1.000 para carros que consomem entre 21,5 (9,1 km/l) e 22,5 mpg a US$ 7.700 para os que fazem menos que 5,3 km/l. Coisa de doido, é como se -- de novo -- o governo pagasse pela gasolina que o carro gastador do cidadão consome.
Exija mas pague. Ou não pague e não exija.
BS
A foto de várias unidades do Opel Insignia perua, ou station wagon, em um pátio da GM em Oshawa, no Canadá, coloca um fio de esperança para o mercado brasileiro.

foto: Autoblog

Nos Estados Unidos, uma perua é algo raro de ser visto, e a GM está acordando para esse fato, e vai começar a vender o Insignia perua como uma variante do Buick Regal, um carro que tem recebido avaliações ótimas por parte da imprensa automobilística.
Isso me deixa feliz, pois a direção da empresa, que procura incansavelmente por novos produtos para recuperar sua participação no mercado, encontrou mais um bom carro para vender na América do Norte. O efeito dessa decisão pode ser difundido para outros países, e aí o Brasil entra com um modelo que poderia vender muito bem.
Claro que aqui a realidade é outra, bem mais pobre e não menos complicada do que a General Motors vem enfrentando no norte do continente, mas eu sou otimista, e explico.
Muitos anos atrás, a GM, pela sua única marca no Brasil, a Chevrolet, acostumou mal o consumidor de peruas.
Tivemos Caravan, Marajó, Suprema e Corsa Wagon, quatro modelos memoráveis, cada um com diferenças enormes, mas sempre atendendo quem gostava dos carros de base, mas com mais espaço para bagagem e mais versatilidade.

Depois disso, descambou-se totalmente para os monovolumes, Meriva e Zafira, seguindo uma tendência de carros com melhor aproveitamento de espaço, já que se pode crescer a carroceria para cima, fazendo os assentos dos bancos serem mais altos em relação ao assoalho e trazendo as pernas a uma posição mais próxima a que resulta quando nos acomodamos em uma cadeira. Além disso, uma propalada melhor visibilidade, pegando em cheio uma boa parcela do público feminino, que é o mais apoiador dos carros onde se senta mais alto que nos sedãs e hatches normais.
Essa característica de permitir uma dita maior segurança pela visibilidade ampliada, deveria ser a prioridade nesse tipo de carro, mas quem já dirigiu esses modelos com a janelinha entre o para-brisa e o vidro da porta, sabe que há um problema enorme de segurança, e não estamos falando apenas de GM, nesse caso. Basta dirigir um Meriva por pouco tempo em cidade, ou mesmo em estrada com muitas curvas, e se nota que a visibilidade para a esquerda, no "canto" é muito prejudicada.
Há alguns anos foi feita uma pesquisa na Europa, classificando os carros de grande produção no quesito visibilidade, e o Meriva foi o pior de todos, justamente por essa característica. No Zafira a situação é melhor, pois a janelinha acaba antes do meio da altura do vidro da porta.
Dessa forma, quem precisa de bom espaço para carga e quer um Chevrolet, não consegue ter uma perua, e parte para os dois modelos comentados.
Mas a GM tem um carro pronto, que só não é vendido aqui sabe-se lá por quê.
A pequena Corsa Wagon, desenvolvida no Brasil há alguns anos, baseada no Corsa hatch e sedan, agora chamada de Classic, ainda é produzida na Argentina com motor 1,4-litro, o mesmo do Corsa brasileiro, e muito superior em potência ao antigo 1,6 que foi usado aqui em nosso mercado.
No meu raciocínio, basta colocar o motor flexível em combustível do Classic na perua, e passar a vendê-la aqui na terra das maravilhas. Ou até mesmo o 1,4 dos Corsa, para aumentar o apelo do carro no mercado, com a opção de dois motores.
Por que será que a GM não pode atender a uma boa parcela de compradores que adorariam ter esse modelo de volta?
JJ

Toda traquitana relacionada ao automóvel, mas que não é peça ou automóvel em si, é chamada pelo nome geral de automobilia.
Tenho alguns amigos cujas casas são totalmente decoradas com essas traquitanas, e as mais populares são sem dúvida nenhuma as miniaturas. Ao contrário da maioria, porém, eu não tenho quase nenhuma delas. Minha casa é quase completamente limpa de motivos automobilísticos, e mesmo as minhas 3.000 revistas e mais não sei quantos livros estão em duas estantes discretas, e você só percebe que são sobre carros olhando de perto.
Mas tem duas coisinhas que eu acho muito legais, e que queria dividir com vocês. A primeira, é esta latinha aqui embaixo
Trata-se de um lubrificante que veio em um comando de válvulas Iskenderian que comprei novo em 2001, mas foi fabricado em 1980, e portanto era uma legítima peça “New Old Stock”, uma das coisas mais cool que você pode por num carro antigo, ainda mais se for uma peça de preparação, e ainda mais ainda se for um comando de válvulas “de corrida” da Isky. Esta latinha veio dentro da caixa dele, uma peça criada para motor Chevrolet seis em linha 230-250 cid (pol³ de cilindrada) com 260/260 graus de duração “advertised”, e simétrico portanto, como todo Isky devia ser. Eu e meu mecânico velhinho montamos este comando em meu Opala 74 numa tarde modorrenta, num domingo qualquer em dezembro de 2002. Não usei o resto da lata nas válvulas e balancins, como reverso da lata pede (abaixo), porque não achei necessário.
Não sei se ainda existe essa latinha, mas duvido. E sei que deve existir um milhão dessas latas nos lixões americanos, mas eu guardei a minha como um tesouro. Só quem já montou um comando Isky antigo tem uma latinha assim, não é vendido ao público, como está escrito bem a vista nela. É uma lembrança constante de que eu realizei um sonho infantil.

Eu cresci durante os anos 70 e 80 (quando nada era importado, lembrem-se) andando em Opalas de meu pai, e lendo a revista Hot Rod americana. Para mim, um comando Iskenderian sempre foi algo tão inatingível quanto um Santo Graal, e já ter comprado um e usado em um velho Opala, é um sonho realizado. O mecânico se riu todo naquele domingo de 2002, me vendo tratar aquela reles peça de carro como algo sagrado e único, e de todos os meus gemidos de prazer ao descobrir adesivos, intruções técnicas e a latinha, lá dentro da caixa. Essa latinha pequenininha fica sempre em minha mesa de trabalho, e olhá-la longamente ainda me dá um prazer inexplicável, e me faz lembrar o prazer que tive naquele dia modorrento.
O meu segundo item de automobilia mais adorado (abaixo) representa, ao contrário da latinha, um sonho ainda a realizar. Trata-se de um punhado de sal.
Mas ah... este sal é também sagrado. É um presente que o meus amigos Belli e Egan me trouxeram do lugar mais cultuado pelos seguidores da religião da velocidade: Bonneville Salt Flats. Eu sou vidrado por este lugar, e pela semana de velocidade que lá ocorre todo ano há mais de 50 anos. Um dia, ainda pisarei neste solo sagrado, e ainda vou dirigir um carro lá.
Mas por enquanto, essa pequena amostra já me conforta o coração, e faz uma coisa que parecia quase irreal e inalcançável, um pouquinho mais fisicamente real e próxima.
MAO
P.S.: o quadro do Ferrari Enzo em Bonneville foi pintado pela minha esposa a partir de uma foto da revista Road & Track. Outro item de automobilia que me esqueci de comentar...
Foto: oglobo.globo.com
É mesmo inimaginável que um país que produza 2,3 milhões de barris de petróleo por dia, o equivalente a 365.570.000 de litros, dos quais hoje 25% ou 91.425.000 de litros, isso por dia, ou 33,370 bilhões de litros por ano, ante uim consumo anual do produto de 25 bilhões de litros, precise importar gasolina. É o fim da picada. Trazida da Venezuela num navio como este ao lado.
Tudo bem que é um volume irrisório, apenas 1,2 milhão de barris de  gasolina (produzimos aqui 575.000 barris por dia), mas o fato mostra como o governo/Petrobrás está atrapalhado, enfiando os pés pelas mãos quando o assunto é combustível, coisa aliás que vem fazendo há 35 anos, quando decidiu a se meter a produzir etanol por meio do programa chamado Proácool.
Não bastasse esse mini-imbroglio, há outro de proporções bem maiores: está faltando diesel em Goiás. E não aparece ninguém para explicar por quê.
Acredite se quiser, já dizia Jack Palance na antiga série televisiva homônima.
BS