Imagens: Google Earth
Não faz muito tempo falei de uma
armadilha no acesso à rodovia Ayrton Senna para quem vem do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, que infelizmente não é a única. Na foto vemos o Complexo Maria Maluf, um dos mais importantes entroncamento de vias da cidade de São Paulo. Vamos ver as quatro alças.
A de cima à esquerda, usado por quem sai do túnel e quer pegar a rodovia dos Imigrantes, rumo sul, é a única sem problema. O primeiro raio parece constante, há uma pequena reta e outra curva, com dois raios porém o segundo é maior, o que sempre é bem-vindo.
A de cima à direita é muito usada por quem vem do litoral e quer pegar a av. dos Bandeirantes. O segundo raio, a partir da metade, é visilmente menor que o primeiro, situação muito perigosa.
A seguir, abaixo, a alça para quem quer sair da av. dos Bandeirantes e quer seguir pela av. Abraão de Morais em direção ao Ipiranga. Notem o abre-fecha-abre dos raios de curva, outra vez uma situação que traz perigo.
Finalmente, a saída da av. Abraão de Morais para quem pegar o túnel Maria Maluf, em que a segunda parte tem raio menor.
Se o leitor ainda não percebeu esse erros ao percorrer essas alças, experimente fazê-lo, num dia de pouco tráfego e em velocidade adequada e note como é preciso mudar o ângulo de esterçamento, evidência do erro de traçado.
Há uma curva muito famosa que é ao contrário desses "acertos" dos nossos engenheiros rodoviários. Ei-la:
Alguns devem ter sacado qual é, outros não: é a Curva Parabólica, no Autódromo de Monza. Se os carros giram com os ponteiro do relógio, veja-se o raio pequeno na entrada que aumenta muito do meio em diante, o que a torna bem segura.
Não se exige que os acessos brasileiros tenham essa particularidade, que proporciona máxima segurança, mas que pelo menos tenham raio constante. Já seria um grande avanço.
Será pedir muito dos órgãos rodoviários?
BS