google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
A dica é do amigo Rodrigo Leite: um BMW M3 E30 1988 será leiloado no próximo dia 16, no ginásio municipal Celso Morbach, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. A lista completa de automóveis pode ser vista no site da Receita Federal.

Destaque especial para alguns modelos realmente interessantes: Tempo Matador, Fiat Millecento, Simca 8 e um Cadillac 1958. Há ainda inúmeros Chevrolets, Fords, Plymouths, um curioso Opel Kadett 1985 (igual ao nacional) e dois escombros de Citroën Traction Avant.

FB



O FB, a julgar por seu post desta quarta-feira, como a maioria dos entusiastas que conheço, desespera-se ao encontrar amassadinhos nas portas de seu carro, a ponto de instalar ridículos borrachões nas portas de seu carro para tentar evitá-los.
Faz muito tempo que não tenho este problema. Os dois carros na minha garagem estão com as laterais devidamente decoradas, e não paro nem um minuto de minha vida para pensar nisso.
Imagine como é bom isso: nunca olhar as laterais ansiosamente quando se vai embora do shopping center, nunca pensar se o lugar é bom para parar. Nunca se estressar quando aquela velhinha dá uma bela portada nele, e desculpá-la com um sorriso quando ela pede desculpas. Nunca comprar briga, e ignorar completamente os idiotas que o fazem sem perceber.
E como eu consigo isso? Simples, é só constatar que é simplesmente impossível não ter amassadinhos na porta. Acidentes, por mais que ingênuas pessoas acreditem em utopias sem ação do imponderável, acontecem. E continuarão acontecendo.
Numa cidade grande ou numa pequena, com vagas grandes ou pequenas; sempre haverá alguém que por distração, pressa, descuido, imprudência ou mesmo falta de educação, vai inevitavelmente dar uma bela cacetada na porta de seu brilhante e reluzente possante. Desculpem-me por ser o mensageiro do apocalipse portístico para vocês, mas é inevitável, caro amigo. Chie, bufe, reclame quanto quiser: sua lateral está condenada!
Na vida existem apenas três coisas certas e inevitáveis: a morte, os impostos, e a portada do vizinho.
E se é inevitável, melhor se acostumar com a realidade, ou viverás sua vida em um stress constante, e infelizmente, inútil. Estresse útil te faz conseguir coisas e melhorar sua vida, sob custa da saúde física e mental; este tipo de stress te faz conseguir mais stress. A não ser que coloques seu carro em uma redoma de vidro impenetrável. É uma opção, mas se é para ter um objeto de arte imóvel, eu prefiro uma escultura.
Medidas de proteção são inúteis; borrachões não protegem todo tipo de portada. Um amigo que parou ao lado de um caminhão levou uma portada no teto outro dia! E falar que brasileiro é mal educado é piada: a portada é internacional e difundida globo afora. De novo: é um tipo de acidente. Pessoas educadas também erram.
Aliás o que vejo como característica regional é o excessivo cuidado do brasileiro para com suas jabiracas; até os mais humildes carros de uso diário estão sempre lisinhos, graças a um exército de “martelinhos de ouro” que ganham a vida consertando amassadinhos que em outros países ficariam lá mesmo. Não conheci outro lugar no mundo onde carros sem nenhum interesse maior, carros simples e baratos de uso diário, fossem tratados tão bem...
Sei que este tipo de desprendimento da aparência de sua amada condução é difícil, e eu mesmo já sofri muito deste mal. Mas depois que a pintura impecável de meu recém-reformado Opala 74 recebeu o segundo amassadinho bem na linha de caráter, a despeito de meu extremo cuidado com o treco, uma sinapse rompeu permanentemente em meu cérebro, e desencanei totalmente. Mesmo porque quem perpetrou o crime foi a minha filha, e a coitadinha ficou mais triste do que eu e até chorou. Carro nenhum vale isso.
E foi a melhor coisa que me aconteceu. Comprei meu velho Nissan já cheio de amassadinhos nas portas, e nem sei se aumentaram neste ano passado. Desconfio que um dos motivos que me permitiram pagar tão pouco nele foi a aparência triste, porque o carro estava muito bom em todos os outros aspectos. Apesar de todo mundo ficar falando que é baratinho arrumar, que tem um cara que conhece que faz isso fácil e jóinha, porque faria? Perda de tempo, dinheiro, vida...
O carro de minha esposa, mesmo comprado novo e reluzente, também viveu uma vida cheia até agora, de muito uso. Obviamente, tem suas cicatrizes de cinco anos carregando nossa família para cima e para baixo, uma vida de porta de escola, de viagens, shopping centers, parques de diversão e aeroportos, uma vida cheia de estacionamentos. Essas cicatrizes permanecerão nele; para mim é uma coisa que fala muito sobre o que passamos juntos. Quantas batidas de porta tem na lateral? Não sei dizer. Quantas passagens felizes temos juntos? Ah, me lembro de todas...
Não estou pregando aqui que não se cuide dos carros, e nem que todo mundo fique por aí abrindo portas sem cuidado. Apenas gostaria que as pessoas tivessem a real dimensão deste “problema”. Tem gente que cultiva sérios instintos assassinos por tamanha besteira e irrelevância. Uma coisa boba pode, assim, ficar realmente séria, ainda mais num mundo maluco como o de hoje... Mesmo que você não concorde comigo, vamos pegar leve, OK?
Carro é para ser usado e dirigido. Ficar preocupado demais com a aparência dá ruga e envelhece. Melhor que a aparência de velho fique no carro e não em você.
MAO
O título desse post me veio imediatamente à cabeça, ao saber que o Volkswagen New Beetle está deixando de ser produzido, após essa edição final lançada agora no Salão de Los Angeles.
Inutilia truncat é latim, e significa "cortar o inútil". Era o lema do movimento literário conhecido como Arcadismo, que substituiu o movimento Barroco.
De todas as opiniões que vi a respeito desse arremedo de Fusca, a melhor de todas para mim é do grande engenheiro Gordon Murray. Ele explicou o New Beetle como um Golf muito piorado, dizendo que o carro era uma "irresponsabilidade estilística".
Possa o bom e velho Fusca refrigerado a ar ter sua história desvinculada desse carro sem objetivo, a não ser o de gerar dinheiro a partir da forma arredondada do besouro verdadeiro.

JJ

São Paulo não anda se cairem três gotinhas de chuva do céu, isso é um fato mais que comprovado. Imagine então com os temporais dos últimos dias. Hoje aparentemente é um dia desses, caóticos, sem previsão de tempo para se chegar a qualquer lugar.

Um amigo meu certa vez me mostrou estudos científicos sobre causas de trânsito, e sem ser muita surpresa, a principal causa não é o excesso de veículos nas vias, mas sim a "inconstância de movimentação". Também conhecida como incapacidade de andar em velocidade decente e distância normal do carro da frente.

O Bob Sharp já comentou sobre isso algumas vezes, e volto a falar, por que diabos todo mundo reduz a velocidade pela metade com a pista molhada?? Falar que é mais seguro é mera enganação, pois as velocidades das vias já são baixas o suficiente para se trafegar seguramente com o piso bem molhado. Se não houver nenhuma obstrução na via, não há porque reduzir a velocidade drasticamente.

"Ah mas o carro da frente pode brecar bruscamente!" Quem já não ouviu isso? Se o carro da frente frear bruscamente, é porque ele está distraído e não está a uma distância segura do carro diretamente a sua frente, e isso pode acontecer com chuva ou com sol. E outra, se o carro a sua frente frear bruscamente, a distância de parada dele muito provavelmente será maior que a sua, que se estiver atento como deveria, vai frear melhor e parar seguramente antes.

Mas uma coisa não escapa de ser uma causa séria dos congestionamentos nos dias chuvosos. Alagamentos. Alguns são causados por erro de planejamento e/ou construção de sistema de escoamento de água, outros por falta de manutenção adequada, e outros por excesso de água mesmo.

O duro mesmo é ver a quantidade de alagamentos na cidade simultaneamente e em pontos cruciais de trânsito, como as Marginais, Radial Leste, o sistema 23 de Maio e Bandeirantes. Agora mesmo recebi notícia que boa parte das vias que devo passar estão com pontos de alagamento em direção ao centro da cidade.

É, esse é um dos preços a se pagar por viver na nossa Terra dos Congestionamentos.