google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Interessante "raio-x" do nosso famoso Gol BX equipado com motor refrigerado a ar, ressaltando o "ótimo desempenho em qualquer temperatura", e a coluna de direção colapsível para segurança do motorista em caso de acidente.



Todo autoentusiasta que se preza tem alguma admiração pela Pontiac. Afinal, é a marca da GM com apelo mais esportivo para o mercado americano. Foi a marca que "oficialmente" inventou os muscle cars e usou a sigla italiana GTO para criar um ícone americano.

Com a crise global e a reorganização da GM, as marcas Hummer, Saturn, Saab e toda a operação da Opel (que a GM voltou atrás) foram colocadas à venda e a Pontiac será descontinuada em 2010. Já falei um pouco sobre isso nesse outro post: PONTIAC, AGUARDAMOS SEU RETORNO.

Na semana passada acabei visitando o site da Pontiac e vi que estão liquidando tudo, uma bela promoção de encerramento. Dá pra comprar um Pontiac em 72 vezes sem entrada ou pagar a vista com um belo desconto. Isso significa comprar um G8, o sucessor espiritual do GTO, pagando 400 dólares por mês. O que poderíamos comprar aqui com 400 reais mensais? Não precisa responder!


Fiquei com isso na cabeça por alguns dias e hoje pensei sobre os Pontiacs que já tive. Foram 4 os modelos, na verdade alugados, mas foram meus por um breve intervalo de tempo.

O primeiro deles eu nem gosto de lembrar! Foi uma Trans Sport. Isso, uma minivan, não muito mini. Foi em 1998, durante férias em Orlando. Estávamos eu, minha esposa e seus pais. Fiz uma opção pelo conforto dos passageiros e espaço para bagagens (e compras). Era um modelo V-6 3,4-L com 180 cv, uma barca macia e confortável. Alavanca do câmbio na coluna, nada de entusiasmo a não ser por estar dirigindo um Pontiac.


Na verdade, nessa viagem eu gostaria de ter alugado um Grand Prix, que teve a sexta geração lançada em 1997. Um sedã grande com um bom apelo esportivo e HUD (head-up display) que projetava os mostradores no para-brisa, mas infelizmente incompatível com as malas de quatro adultos. Resolvi esse problema dando algumas voltas a mais de 200 km/h como passageiro no Grand Prix 43 da Nascar, no autódromo de Daytona por “apenas” 100 dólares.


Na segunda perna dessa viagem fui a Detroit fazer um curso. Lá, para economizar, aluguei um compacto. Dessa vez um Pontiac Sunfire, derivado do Cavalier, mas com um visual, apenas visual, um pouco mais esportivo. De novo, quase nada de entusiasmo, pois o 4 em linha 2,2 com caixa automática não empolgava em nada. Lembro-me que em umas das monótonas viagens pelas highways alcancei 100 milhas por hora (160 km/h) apenas para me manter acordado brincando com o ponteiro do velocímetro. Nenhum xerife me apanhou!


Anos mais tarde, agora em 2008, estive de novo nos Estados Unidos, a trabalho. Estava com mais gente e tive que alugar de novo uma minivan, uma Chevy Venture. Argh! Um outro colega, de outra empresa, alugou um Charger, como o do Juvenal Jorge, o que me deixou mais frustrado.

Mas teve um dia em que precisamos nos dividir e aí aluguei outro carro. A trabalho, pedi o mais barato que estivesse disponível. Quando o carro chegou, uma grata surpresa. Um Bonneville GXP! Esse GXP estava baratinho, pois fora produzido em 2005 e ainda estava sendo alugado. Mas estava novíssimo, e o mais importante, com um V-8 4,6-L de 280 cv. Dirigi apenas umas 200 milhas, sendo grande parte com tráfego intenso. Mas em algumas retas e alças de acesso em curvas abertas deu pra brincar bastante. Lembrei do teste que li tempos antes sobre esse carro. O destaque do teste era o torque steer causado pela elevada potência despejada nas rodas dianteiras. Uma acelerada brusca em uma curva chega realmente puxar o volante.


O HUD em funcionamento: rumo norte, 65 mph e 66 °F (18,9 °C)
O carro tinha borboletas, na realidade botões, no volante para trocas de marcha em modo sequencial, que naquele carro não gostei. Acho que a caixa, de apenas quatro marchas, e a tração dianteira limitavam bem a performance do V-8. Também tinha o HUD, que não me deixava esquecer de respeitar o limite de velocidade. Mas esse Bonneville realmente me entusiasmou. Uma pena que eu não tenha feito fotos do exterior do carro.


E finalmente em julho desse ano tive a chance de dirigir um modelo de última geração, feito depois que o Senhor Lutz assumiu o planejamento de produtos da GM, um G6 sedã. O G6 era feito na plataforma Epsilon usada em vários carros médios da GM.

Na verdade, o carro original que me deram foi um PT Cruiser. Mas após quatro dias andando com um carrinho fraquinho e que estava bem baleado, não resisti, venci a resistência da minha mulher, e fui até o aeroporto tentar trocar de carro. E para minha sorte, de novo, o modelo disponível era o mais esportivo da linha, um GXP.

O G6 GXP, vermelho metálico, estava quase zero e era completo, incluindo bancos de couro e teto solar. Quando minha mulher e filha viram o carro e o meu sorriso, o mal-humor delas, e o meu, passaram na hora.


O visual do GXP é bem extravagante. Eu gosto bastante do desenho da carroceria do G6, que originalmente já é esportivo. O aerokit e muito cromado, inclusive as rodas R18, que fazem parte dessa versão, apesar de aumentar a esportividade são de gosto duvidoso. Eu até que gostei.


Por dentro o espaço é generoso e a quantidade de equipamentos também. Todo mundo gostou. A posição de dirigir é excelente e os comandos muito fáceis de usar. A sensação de qualidade, mesmo apesar do uso excessivo de plásticos pretos, melhorou muito. Fruto do trabalho do Senhor Lutz. Vale notar que a qualidade de carroceria, percebida pelos encaixes e vãos entre as chapas, também é muito boa.


O moderno motor V-6 3,6-L com duplo comando variável, 255 cv e 34,7 mkgf, e a caixa automática de seis marchas, garantiram a diversão pelo resto da viagem. O escalonamento das seis marchar e o gerenciamento eletrônico fazem o carro estar sempre disposto a acelerações mais vigorosas. Foi muito difícil ficar contido e evitar brincadeiras mais sérias.


Quando olhei as grandes rodas cromadas logo pensei que o conforto seria comprometido. O ajuste da suspensão é um pouco mais rígido e esportivo com McPherson na dianteira e torção four-link na traseira. No entanto, nos tapetões de lá, o conforto é muito bom. Aliás, já faz algum tempo que tenho notado que rodas grandes e pneus de perfil muito baixo nem sempre causam desconforto. O BMW M3 e o Audi R8 são bons exemplos.


Bem, essa foi a minha experiência com Pontiacs. Acho que a marca estava indo para um caminho melhor, voltando mais às origens e a esportividade perdida nas décadas de 80 e 90. Esse G6, o Solstice e o G8 são o reflexo disso. Realmente acho uma pena que a marca seja descontinuada. Ainda bem que existem autoentusiastas que nunca deixarão que ela morra ou seja enterrada!



Nota: em 2007 estive na California quando tive um Mustang. Mas lá comprei um cartão postal assim que o vi. Será que alguém me mata porque escolhi esse cartão?


Veja também: PONTIAC EM IMAGENS


Um video bem bacana com modelos Saab, nesta semana em que a Koenigsegg pulou fora da compra da melhor marca sueca. Seria a chance da Koenigsegg ficar mais conhecida, e expandir sua atuação, carregada por uma marca de mais tradição.

Só o futuro nos dirá o que aconteceu. Se minha bola de cristal funcionar, conto para vocês o que será da fábrica de carros mais fora do comum que existe.

JJ



Foto tirada no fim de tarde com a câmera do celular, quando fui à padaria da esquina. Este é o prédio onde moro, em Moema, bairro de São Paulo.
O trecho de calçada vai do portão de entrada da garagem do subsolo ao da garagem do térreo, da direita para a esquerda na foto. Cabem ali seis carros de até 4 metros ou cinco maiores, três-volumes, de 4,5 metros -- mas não do jeito que os carros da foto foram estacionados.
Para piorar, o carro cinza escuro, Fiesta 2 de um morador, está estacionado (há tempo) muito à frente do portão da garagem, é que não dá para ver nessa foto. Desperdiça enorme espaço, pois o portão atrás dele é o de entrada e quem adentra à garagem  passa longe da traseira dele mesmo que esteja alinhada com o limite do portão.
Já os motoristas dos outros três obviamente são do tipo que não estão nem aí para a melhor ocupação da rua, não querem saber de dar chance para outros estacionarem. Pode ser egoísmo, pode ser falta de educação. Ou ambos.
O único jeito é a autoridade de trânsito passar a demarcar os espaços para estacionamento e multar quem desrespeitar os limites. O bolso sempre educa.
Uma curiosidade: notaram que nada da dupla preto-prata defronte do prédio? Milagres acontecem!