google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Dia cheio e cansativo. Porém não quis deixar de colocar um post no ar. Esse é apenas para descontrair.


Explicação oficial sobre a origem ds nomes dos modelos da VW comercializados no Brasil.

FUSCA - O "V" em alemão tem som de "F", daí a sonorização "Folks". O povo brasileiro, pela simpatia que tinha pelo Volkswagen, carinhosamente rebatizou o veículo para Volks e posteriormente para Fusca, que foi adotado oficialmente pela Volkswagen, a partir de 1983.

BRASÍLIA - Foi adotado em homenagem à Capital Federal, que era símbolo de modernidade e beleza, coerente com o modelo na época.

VARIANT - Variação do aproveitamento e uso do espaço, tanto para carga como passageiro. Na Alemanha o termo é utilizado para designar peruas em geral.

GOL - Nome que encerra aspectos positivos como acertar, ser vitorioso, marcar pontos, rumo, direção, etc; além de ser uma palavra forte, vibrante e explosiva. Também pode ser entendido como meta a ser atingida - no caso do modelo Gol, ser líder de mercado, o que já ocorre há 21 anos consecutivos (desde 1987).

VOYAGE - Palavra francesa que significa viagem e traz conotação de charme, beleza, como o modelo em questão.

PARATI - Aproveitamento de uma palavra tipicamente brasileira que identifica uma cidade histórica do país, localizada no Estado do Rio de Janeiro, adequado a um veículo do tipo perua para passeios/turismo.

SAVEIRO - Embarcação de um ou dois mastros usada para transporte de passageiros para pesca e lazer, percebida pelo público como ideal para cargas e lazer/passeio jovem.

PASSAT - Vento alísio (persistente) que cruza a Europa, de leste para oeste. Traz, adicionalmente, o sentido de rapidez e velocidade, motivando o uso deste nome.

SANTANA - Um vento forte, quente e seco, que sopra nas montanhas Santa Ana, no sudoeste da Califórnia, proveniente do litoral. Significa, para o seu público alvo, um produto "top" de linha, moderno, luxuoso e confortável, como o carro.

QUANTUM - Palavra latina, empregada para definir volumes, uma determinada medida, quantidade indivisível da matéria, em Física, associada à tecnologia de ponta, como esta "station" sugeria ao público pesquisado antes do seu lançamento.

POINTER - Cão de caça de pelagem macia, branca com manchas negras ou castanhas, orelhas grandes, longas e pendentes, cauda longa e afilada, focinho largo, que é dotado de faro agudo e especialmente velocidade na corrida. Caso do veículo batizado com este nome.

LOGUS - Palavra de origem grega que significa centro de equilíbrio, a harmonia e o rítmo que regem o universo, adequada ao estilo bonito e equilibrado do carro VW que possui este nome.

KOMBI - Do alemão Kombinationsfahrzeug. Semelhante a Variant, quer dizer veículo combinado ou combinação do espaço para carga e passeio.

GOLF - Nome alusivo ao esporte, como o carro, que sugere não somente a esportividade, mas também o requinte desse esporte.

BORA - Vento que sopra no Mar Adriático, na Dalmácia.

APOLLO - Deus grego, o mais belo e forte dos deuses. Nave espacial norte-americana que aterrisou na Lua, relacionando esportividade e tecnologia como o próprio carro.

TOUAREG - O nome incorpora as características de resistência e versatilidade do povo nômade do deserto, que define o seu nome.

FOX - Raposa em inglês, incorpora as características de velocidade, agilidade, compacto e lembra beleza.

CROSSFOX - Um veículo Fox com os caracteres de um veículo off-road ou cross.

Só ficou faltando o Jetta. Se alguém souber por favor nos conte.


É incrível mas é verdade: o site da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), autarquia ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo do Estado de São Paulo, tem uma página onde quem quiser pode denunciar veículos a diesel que emitam fumança preta. Mas só fumaça preta (fuligem) de motores Diesel, qualquer outra fumaça entra para o famoso "Não é conosco".

Isso significa só uma coisa: em vez de criar programa de fiscalização nas ruas e avenidas, com agentes fiscais olhando os escapamentos dos veículos a diesel e tomando as medidas administrativas cabíveis, a Cetesb partiu para o cômodo (mas condenável) esquema da delação, como se a autarquia não soubesse por onde trafegam os veículos que emitem fumaça preta.

Fiscal utiliza escala Ringelmann para avaliar intensidade da fumaça
Pior que isso, parece que não vale nada o dispostivo do Código de Trânsito Brasileiro, Art. 231 Inciso III, Transitar com o veículo: (...) Produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran. Ou seja, o que deveria ser fiscalizado pelos agentes de trânsito (foto acima) fica a cargo de uma autarquia de meio ambiente, que cruza os braços e fica contando com a "colaboração" de delatores.

Será que ninguém enxerga essa aberração?

BS


Bill outro dia disse no seu ótimo post SOBRE JEEPS E DESPEDIDAS: "Ninguém é realmente dono de um automóvel, sendo apenas seu portador durante algum período". No caso do carro acima, um Oldsmobile Cutlass 1967, isso só se aplica porque os donos anteriores faleceram.

Explico: o Olds foi importado pela avó da Ana Paula, minha esposa, há 42 anos. Pelo que pude apurar, foi utilizado regularmente, guiado por seu marido, até o final da década de 70, quando um Opala lhe tomou o lugar de carro do dia-a-dia. Cheguei a conhecer o avô da Ana, achava engraçado o jeito dele pronunciar o nome do carro, era sempre um 'kát-lass' bem acentuado.

Logo que comecei a namorar minha esposa, meu sogro me falou sobre esse carro. Fiquei interessadíssimo, afinal não era um carro qualquer que passou de mão em mão, ou que sofreu restaurações, e sim um exemplar que estava na família desde os primeiros km rodados. Nessa altura, meados dos anos 90, já não era carro para se usar toda hora. Meu sogro saía com ele de vez em quando, e à medida que fui ganhando a confiança dele, passei a guiar o carro também. Lento, mas suave, uma delícia. Carro para guiar sem pressa, suspensão bem macia, bancão inteiriço, ao melhor estilo sofá da sala de estar. O seizão lá na frente ronrona, sempre girando baixo, direção levíssima, que dá sempre a impressão de estar conectada a lugar nenhum. Hoje está conosco, e se depender de mim, só sai de nossa propriedade por herança.

É a antítese do muscle car, pois sob o capô há um seis-em-linha 250, igual ao nosso 4100 do Opala. 155 hp brutos, 1 tonelada e meia, caixa automática Powerglide (na linha Olds se chamava Jetaway) de 2 marchas e diferencial longo (abaixo de 3:1). Freio a tambor nas 4 rodas. Para completar, carroceria 4 portas com coluna, rodas aro 14". Totalmente sleeper, e não só no visual. Com pouco mais de 40 mil km rodados (o velocímetro em km/h foi um dos opcionais pagos à parte), porém com mais de 40 anos de idade, espanta pela confiabilidade. Tenho dificuldade de andar com ele toda semana, e já aconteceu de ficar meses parado por conta da correria do dia-a-dia. Isso não o abala, basta jogarmos um pouco de gasosa no carburador, e ao virar a chave, ele acorda na hora. A simplicidade mecânica dos carros americanos ajuda muito nisso.

Tenho dois meninos, e os dois adoram o carro. Portanto, acho que esse ainda fica sendo membro da família por muito tempo. E fica também como exceção à regrinha do Bill.


P.S. - Ainda pretendo ir com ele ao encontro de autos antigos de Águas de Lindóia. Ir navegando pelo asfalto tal como um couraçado americano, pronto para o embate caso algum cruzador japonês atravesse seu caminho.